quarta-feira, 10 de novembro de 2010

terça-feira, 9 de novembro de 2010

ORA SIM, ORA NÃO. ORA QUEM SABE TALVEZ

Ministro Teixeira dos Santos

"E questionado sobre qual o limiar de taxa de juro que pode levar a que Portugal recorra ao Fundo Monetário Internacional (FMI), Teixeira dos Santos recusa dar um “um número certinho à décima, mas com taxas de juro que se aproximem dos 7% entramos num terreno onde essa alternativa começa a colocar-se”." - In Jornal Expresso

Ministro Vieira da Silva

"Não há nenhum limite objetivo, nem a fixação de nenhuma fronteira. A situação internacional tem evoluído muito rapidamente e as avaliações têm de ser feitas à medida que essa evolução se verifica", disse à agência Lusa o responsável pela pasta da Economia, referindo-se aos juros das obrigações soberanas a 10 anos, que hoje renovaram máximos e se aproximam da barreira dos sete por cento. ". In Jornal Expresso

A pergunta que se impõem é só uma: Se eles não se entendem, como querem que nós os entendamos?! E já agora, aproveitando a oportunidade, qual deles tem razão?!

Governo à deriva?!

NÃO FOI APENAS UM PASSO ATRÁS...

... FOI VOLTAR A DESCER UMA ESCADARIA IMENSA

Era simples. Ganhar ao Guimarães, subir ao segundo lugar, aproveitar uma semana negra do Benfica (que sofrera 8 golos em 2 jogos), mobilizar as hostes internas, motivar os sócios e adeptos. No fundo respirar um pouco de alívio após um início de época muito mau.

Mas qual quê! Bem ao jeito da nossa tradição (infelizmente tinha razão no post anterior) lá deitámos fora uma oportunidade de ascendermos à condição de vice-liderança e logo servida em bandeja de prata pelos nossos eternos rivais da 2ª circular.
Ontem não perdemos só um jogo, além de o perdermos por manifesta incompetência. Não. Perdemos muito mais. A duas semanas de recebermos o FC Porto em Alvalade, criámos todas as condições desfavoráveis possíveis e imaginárias para o grupo de trabalho, presidente e director desportivo incluídos. A onda de contestação popular está em crescendo e a oposição interna a Bettencourt não lhe irá dar tréguas, também na linha da "boa" tradição sportinguista de gerar de dentro manifestações de desestabilização.

Por tudo isto, o Sporting não perdeu apenas um jogo. Perdeu mais um pedaço da sua credibilidade. E os maus prenúncios anunciam-se. Como este:



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

AGORA É CONVOSCO

É já um dado histórico. (Quase) Sempre que algum adversário do Sporting perde pontos que podem beneficiá-lo directamente na mesma jornada, a nossa equipa acaba por não conseguir aproveitar e, regra geral, não ganha.

Cabe-lhes hoje inverter essa lógica. Basta para isso ganhar ao Guimarães para igualar o Benfica no 2º lugar.

E numa época como esta, a jogar tão pouquinho, ter hipóteses de chegar ao 2º lugar, pode ser coisa que não aconteça mais.

HÁ COISAS QUE DOEM

Como por exemplo ver João Moutinho jogar daquela forma gigantesca de azul vestido. Obrigado Dr. Bettencourt, por nos dares esta alegria...


CATACLISMO NO PORTO !!!

Daqueles que ninguém vira nos últimos 56 anos!





quarta-feira, 27 de outubro de 2010

ELES SABEM QUE É PRECISO MUDAR

MAS TÊM VERGONHA DE CONCORDAR
Diz-se hoje com bastante mais intensidade aquilo que já se dizia de forma mais envergonhada. O nosso modelo do Estado Social está em risco. Caminha para a falência. É por isso que o Estado, no sentido lato, que podia hoje ser pintado retratando um homem demasiado obeso chafurdado em comida, precisa ser redimensionado e reestruturado.

Eles, os do poder sabem-no, mas têm vergonha de concordar. Mais, eles estão a acabar com o Estado Social e, ao mesmo tempo, vêm com ar angélico proclamar a sua defesa segundo os cânones de uma cultura socialista moribunda, que a Europa pouco a pouco vai tratando de por de lado. Cá no burgo falta a coragem de concordar e por consequência a coragem de mudar.

É evidente que precisamos de rever um conjunto alargado da coisa constitucional. Face ao cenário dantesco, é evidente que o timing para a discutir é simplesmente quanto mais cedo melhor. Mas no Portugal político impera a tacticismo ao invés da lucidez. O interesse partidário sobrepõe-se sistematicamente ao interesse Nacional e este modelo socialista, sectário e corporativista, vai proliferando à pressa e insistentemente, como uma rosa que apesar de murcha é regada de hora a hora.

Se hoje, ontem, não é o timing de discutir o futuro do nosso Estado e o estado da nossa Nação, então é porque aprendemos nada com esta imensa crise, que veio para ficar, apesar da propaganda barata e do ilusionismo de ocasião.

Em toada de último suspiro, resta-me dizer que estou farto de ser enganado.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

ROUND III

Mais uma ronda de negociações entre Governo e PSD sobre o orçamento de estado, ainda sem conclusões.

Entretanto o CDS declarou já o voto contra o orçamento. O mesmo fizeram o PCP, Os Verdes e o BE.

Agora as soluções são mais restritas. De toda a maneira, parece-me já inevitável que o PSD vai de alguma forma ficar 'linkado' a este orçamento, o qual não irá com certeza deixar passar. Entre as opções de declarar asbtenção antes de conhecer o orçamento e a de impor condições para a viabilização, Passos Coelho escolheu porventura o caminho mais duro. Demonstrou ainda assim firmeza na sua posição e estofo na resistência a pressões diversas, inclusive de dentro do seu próprio partido e de pessoas que lhe são próximas. Se isso vai ser melhor para ele ou não, o tempo dirá.

sábado, 23 de outubro de 2010

E COMO VAI A CRISE POR CÁ?

Por cá, pela Golegã, a crise parece ainda não ter chegado aos cofres do erário público. Não se alivia a despesa com a redução de vereadores a tempo inteiro - perdendo-se uma excelente oportunidade para dar um verdadeiro exemplo de solidariedade - e a frota de viaturas novas vê-se agora renovada. Já em plena crise haviam sido os quadros a óleo no salão nobre, que está agora bem mais bonito, por sinal.

Um exemplo de gestão em contra-ciclo. Em nome da corporação...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

PRESSÃO ALTA

Termo vulgarmente aplicado no futebol, mas perfeitamente aplicável ao momento político actual. No recente Conselho Nacional, o PSD tomou final e oficialmente posição relativamente ao orçamento de Estado para 2011. Julgo que a tomou no timing correcto, e essa posição tem desde logo alguns indicadores positivos, especialmente sob o ponto de vista dos benefícios partidários.

Pedro Passos Coelho (PPC) conseguiu aliviar a enorme pressão que sobre ele recaíra face à expectativa criada em torno da abstenção ou do voto contra, transferindo-a directamente para o Governo, para José Sócrates e para o PS. É deles que estamos agora à espera, expectantes sobre a sua capacidade negocial. Digo a propósito que não tenho memória de um líder da oposição estar sob tanta pressão como esteve PPC; sob pressão de alguns quadrantes do próprio partido; sob pressão da comunicação social; sob pressão de um grupo de banqueiros (melhor, um banqueiro e três bancários, como alguém disse há dias); sob pressão de organismos internacionais e mais alguns, que não tardaram.

A pressão está agora "de lá". E depois de ter escolhido o caminho que escolheu, foi na verdade a melhor estratégia que podia ter arranjado.

Falta saber se José Sócrates quer realmente o orçamento aprovado...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

DOIS CAMINHOS

Parecem de facto duas portas abertas, a dois caminhos distintos.

«“A minha preocupação é que fiquemos numa situação muito difícil, se Portugal não tiver um orçamento para o próximo ano”, afirmou Passos Coelho ao matutino alemão Frankfurter Allgemeine

«...»

«Revelou também que, em caso de crise política, o PSD está disposto a aprovar uma emenda constitucional, para que não seja preciso esperar por Abril de 2011 para haver novas eleições, uma vez que de momento o Presidente da República está impedido de dissolver o Parlamento, por estar a menos de seis meses do fim do mandato. “Seria preciso, no entanto, que os socialistas também votassem a favor”, lembrou o presidente do PSD.»

Pedro Passos Coelho já havia dito recentemente que, caso pudessem realizar-se eleições rapidamente, apresentaria uma moção de censura ao Governo. E a dúvida vai-se desfazendo: se arranjarmos forma de ter eleições rapidamente, NÃO ao orçamento de Estado; se não arranjarmos, SIM (via abstenção) ao orçamento de Estado.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O QUE EU NÃO QUERO VER

O PSD a "chumbar" o orçamento de Estado para 2011, sujeitando Portugal á agressividade das instâncias internacionais e agências de rating.

O PSD afirmar que é possível controlar as finanças públicas apenas do lado da despesa sem apresentar um orçamento alternativo aos portugueses, realista e exequível.

sábado, 9 de outubro de 2010

PORQUE SERÁ...?

... que João Moutinho quis sair do Sporting? E Miguel Veloso? Porque será que Liedson quer sair? E Izmailov? Porque será que Morientes e Di Santo não quiseram vir?

Porque será que saem notícias fresquinhas do balneário directamente para os jornais? Porque será que acontecem casos como o de Izmailov? E porque será que Caneira anda a "tirar água à nora"? Porque será que a comunicação social "inventa" notícias sobre o Sporting? Porque será que Vuckcevic passou de dispensado a mais-valia, só porque o clube de destino se recusou a ficar com ele? E porque será que um clube com poucos recursos financeiros contrata um central (Torsiglieri) por 3,5 milhões para ser 3ª escolha? Porque será que se gastaram 6,5 milhões em Sinama-Pongolle? Porque será que o clube auto-intitulado "rei do ecletismo" não tem um pavilhão para as modalidades? Porque será que o caminho era o da sustentabilidade e o clube (ou as empresas do clube) está falido? Porque será que se pagaram 2 milhões por um guarda-redes (Stoikovic) que não jogou e porque será que ninguém o quer? Porque será que ter 20.000 adeptos em Alvalade já é boa casa?

... SERÁ DO GUARANÁ?!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

ATRACÇÃO IMPROVÁVEL

De repente tenho notado com uma repetida concordância de Mário Soares em relação às iniciativas e intervenções do Presidente da República.
Ainda me passou pela cabeça que esta atracção improvável, servisse essencialmente para dar uns beliscões no seu ex-amigo Manuel Alegre.

Mas, pensando melhor, não deve ser isso. É naturalmente o sentido de Estado do ex-Presidente a vir à tona, em detrimento das tricas eleitorais.

Mas se acharem o contrário, façam o favor de dizer...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

EXPLIQUEM-ME COMO SE EU FOSSE MUITO MUITO BURRO

Ás vezes, tenho que reconhecer, dificilmente percebo à primeira algumas coisas.

Por exemplo esta: o Governo sabia que o submarino seria entregue este ano, ou não sabia?; se sabia, saberia com certeza que teria que o pagar, ou não sabia?; se sabemos que temos contas para pagar a jusante, temos que poupar a montante e fazer conta com elas, ou não é assim? mas o Governo foi apanhado de surpresa com o pagamento do submarino, ou não foi?; logo a culpa do défice é de Paulo Portas e do Governo PSD/CDS, ou não será que foi isso que se insinuou?

Mas se o Governo sabia que tinha que pagar e disse que não sabia, mentiu não foi? E se mentiu, qual é a anormalidade?

No fundo é só a última pergunta que gostaria que me esclarecessem. As outras jamais terei a capacidade de as perceber...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

DAQUI A NADA, NEM NO SOFÁ...


Já aqui confessei o meu afastamento da equipa. Já aqui afirmei que substitui o estádio pelo sofá. Agora confesso que até no sofá tenho pouca paciência para aquilo.

OS DIFÍCEIS PASSOS DE COELHO

O País está na expectativa. Pedro Passos Coelho afirma repetidamente não viabilizar o orçamento de Estado para 2011, que é como quem diz contribuir para o inviabilizar, se o mesmo não contemplar uma forte redução da despesa e, ao mesmo tempo, se esse considerar um aumento de impostos. Passos Coelho disse mais. Afirmou que não iria pedir desculpa aos portugueses pela segunda vez.

Mas vamos por partes. Uma parte da questão é não termos orçamento e entrarmos numa crise política profunda, com todas as consequências que se avizinham por parte de instâncias e mercados internacionais, previsivelmente demolidoras para Portugal; outra parte da questão é o PSD viabilizar o orçamento (provavelmente abstendo-se) e o País entrar em recessão técnica por falta de estímulos da economia, para controle das finanças públicas. Apetece dizer venha o diabo e escolha.

Mas, feliz ou infelizmente não é ao diabo nem a outras figuras mais ou menos místicas que cabe tomar decisões. É dos nossos deputados, eleitos directamente pelo nosso voto, que sairá a decisão em relação a esta matéria. O que me parece claro é que o aumento da carga fiscal será (infelizmente) uma realidade inadiável, por isto: porque se não houver orçamento espera-se a intervenção do FMI e a carga fiscal aumenta; porque se houver orçamento aprovado (e partindo do princípio que o PS e o Governo não vão recuar nessa matéria, como não me parece que vão) o mesmo, como recentemente se evidenciou, prevê o aumento de impostos.

E é por tudo isto que acho difícil o caminho que Passos Coelho decidiu trilhar, porque me parece que o discurso tenderá a contrariar a acção, colocando-o numa posição de alguma fragilidade, perfeitamente evitável se tivesse contido o discurso em torno do não aumento de impostos, ao contrário da redução da despesa, onde parece levar o barco a bom porto. E por este andar, parece-me provável que irá pedir desculpa pela 2ª vez aos portugueses, contrariando novamente o seu discurso.

Para terminar, acho que o PSD deve viabilizar o orçamento, abstendo-se na sua votação, demonstrando assim sentido de Estado e postura de responsabilidade, na defesa dos interesses de Portugal, ainda que assente numa óptica de mal menor. Seja como for, o PSD jamais poderá deixar de apresentar um orçamento alternativo, com medidas realistas de redução de despesa suficiente para colmatar o não aumento de impostos, no sentido de demonstrar ao País que é possível controlar as contas dos Estado sem sobrecarregar as famílias e as empresas e sem afectar tanto a economia interna. Conseguindo-o, transferirá para o PS e para o Governo a responsabilidade dos efeitos anunciados da crise económica.

Se tudo isto se inverter, se o PS recuar no aumento de impostos, se aceitar as propostas do PSD em conseguir equilíbrio das finanças públicas só do lado da despesa e se tal for realmente possível e ainda se, simultaneamente, garantirmos a estabilidade política no País, terei que lhe tirar o meu chapéu.

Até lá, aguardemos.

sábado, 2 de outubro de 2010

AS CONFUSÕES DE MANUEL ALEGRE

O Sr. Presidente da República convocou os partidos para reunirem com o próprio, face à eventualidade do despoletar de uma crise política. O Dr. Manuel Alegre diz que fez bem, mas que foi tarde. Depois da reunião disse que o PR já estava em campanha eleitoral e que confundia o exercício da função para a qual está mandatado com a de putativo candidato, justamente à mesma função.

Eu percebo que para Alegre seja muito difícil ir contentando bloquistas e socialistas. Mas com estas tiradas (na minha opinião demasiado pobres) corre o risco de não ser levado a sério.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

É ISTO A DEFESA DO ESTADO SOCIAL?

Esta é na verdade uma pergunta que se impõe. É que desproteger e fragilizar a economia e as finanças públicas é justamente o melhor meio para acabar com ele.

Seria bom que se deixassem de dogmas doutrinários e que atendessem às reais necessidades do Estado Social, em especial aqueles que se julgam seus pais, mães e outros parentes próximos.

Sócrates poderá ficar na história como aquele de obrigou a mudar o paradigma do Estado Social, por tê-lo feito entrar em colapso.

Já agora, Manuel Alegre tem alguma coisa a dizer? Nem que seja uma frase feita, na linha de tudo o que tem dito.

BOA NOITE VERDE E BRANCA

Na Liga Europa, felizmente, o Sporting lá vai trilhando o seu caminho com sucesso, ao contrário da prestação no "Campeonato". 5-0 ao líder da liga Búlgara é na verdade um bom resultado.

SE EU FOSSE AMIGO DE PASSOS...

... e ele porventura me pedisse um conselho relativo à posição do PSD no orçamento de estado para 2011, dar-lhe-ía o seguinte: Não te rales, ó Pedro. Até porque já devias saber que o que lá vier não é p'ra cumprir...

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

ERA ISTO A POLÍTICA DE (IN)VERDADE

Um pouco em contraponto à publicação que aqui partilhei, importa, para completar, confrontar na realidade a "Política de Verdade" com a política do faz de conta, da visão ficcionada de um País à beira do abismo e em que para alguns a solução é dar um passo em frente. O decoro impede-me de colocar outro título, por isso preferi um eufemismo.

O que me irrita mais nestes governantes, no Sr. Primeiro-Ministro particularmente, é a criação da ilusão, o mascarar da realidade e a dificuldade na sua relação com a verdade e com a franqueza. É que ouvi-lo(s) hoje (ontem) e ouvi-lo(s) duas semanas, deixa-nos a sensação de passarmos de realidades tão distintas que tal viagem nos deixa embriagados pela velocidade imposta pelo golpe de magia.

Mas passemos a exemplos, com citações do Sr. Primeiro-Ministro: (retirado do blogue "31 da Armada")

24 de Novembro de 2009 – “A principal preocupação da política económica do Governo é a recuperação económica e o emprego. Nesse sentido, não é compaginável com esses dois objectivos um aumento de impostos”, afirmou

2 de Fevereiro 2010 – "Vamos fazer uma consolidação orçamental baseada na redução da despesa e não através de aumento de impostos, porque isso seria negativo para a economia portuguesa".

8 de Março 2010 – "O Governo vai concentrar-se na redução da despesa do Estado, tarefa que é provavelmente a mais difícil e exigente. Mais fácil seria aumentar impostos, mas isso prejudicaria a nossa economia".

30 de Abril 2010 – Sócrates garante que não há aumento de IVA. "O que vamos fazer é o que está no PEC. A senhora deputada vê lá o aumento do IVA? Não vê", disse o primeiro-ministro no debate quinzenal no Parlamento, perante a insistência da deputada do Partido Ecologista "Os Verdes", Heloísa Apolónia. "Estamos confiantes e seremos fiéis ao nosso programa. São essas medidas que importam tomar".

12 de Maio 2010 – "Portugal registou o maior crescimento económico da Europa no primeiro trimestre deste ano. Portugal foi o primeiro país a sair da condição de recessão técnica e o que melhor resistiu à crise".

16 de Junho 2010 – O primeiro-ministro, José Sócrates rejeitou, em Bruxelas, o cenário de redução de salários na função pública, afirmando acreditar que as medidas já adoptadas pelo Governo são suficientes para atingir os objectivos orçamentais em 2010 e 2011.

24 de Agosto 2010 – “Entre Janeiro e Junho, a nossa economia cresceu 1,4 por cento, face às estimativas de 0,7 por cento para o ano inteiro”. Nestes seis meses, o crescimento da economia que se verificou em Portugal foi o dobro do previsto pelo Governo no início do ano”, afirmou o primeiro-ministro em Vale de Cambra.

Terminei o outro artigo com o que abaixo transcrevo. Termino este exactamente da mesma forma:

"Portugal não quis a política de verdade. Preferiu outras políticas.

Agora aguente-se..."

JÁ DIZIA O OUTRO...

NÃO PEÇAS CLEMÊNCIA, Ó JOSÉ

A culpa do descontrole das contas públicas é da crise, afirma permanentemente José Sócrates e seus pares. O mesmo que para justificar os últimos aumentos de impostos (em Maio) afirmou que numa semana o mundo mudou, pese embora andasse a ser avisado de todos os lados que o mundo estava a mudar à vários meses. Não viu, porque não quis ver.

Entretanto gastara desmesuradamente e aumentou a despesa pública corrente em quase 13 MILHÕES DE EUROS EM 3 ANOS (2005/08). Em todos os anos o aumento da despesa foi real e superior a inflação e em todos os anos esse aumento foi superior ao do PIB o que significa que em cada ano que passava gastávamos mais do que produzíamos.

Cada um de nós, que tem que gerir os nossos orçamentos familiares ou das nossas empresas, sabe o que isto significa. Em 2004 a despesa corrente equivalia a 42,1% do PIB e volvidos 4 anos já representava mais de 43%. Isto foi na fase de pré-crise. Mas José, O Entusiasta, lá foi resolvendo o problema, procurando colmatar o buraco com o aumento da carga fiscal.

Antes da crise, o Governo gastava demais; veio a crise e continuou a gastar demais; em plena crise, gasta demais. E depois de anos sem reduzir nem tão pouco controlar a despesa pública, diz ao País que o PSD pode colocar em causa a estabilidade de Portugal, por não concordar com tamanho desgoverno!

José, O Entusiasta, faz-me lembrar o fulano que matou o pai e a mãe e depois pediu clemência ao Juiz por ser órfão.

Neste "julgamento", não peças clemência ó José! Espero que nenhum "juiz" te a dê.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

GOLEGÃ

Imagem retirada do blogue Abrupto

ERA ISTO A POLÍTICA DE VERDADE

Alguns acusaram-na de reclamar para si o dom da verdade, acusando-a deixar implícito que o seu adversário não seria seu grande apologista. Outros, especialistas em marketing político, criticaram o slogan. Outros, como eu, acreditaram nele e nela.

Mas o tempo é sempre o melhor conselheiro e hoje podemos perceber melhor o que era afinal a Política de Verdade.

Vamos a exemplos:

" A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, afirmou esta quinta-feira que se formar Governo riscará o investimento na rede ferroviária de alta velocidade (TGV) e estimou que o desemprego poderá atingir os dez por cento, escreve a Lusa". VERDADE!

"A presidente do PSD disse que estará «sempre contra» investimentos cujo benefício «não tenha nada a ver com a produção nacional, porque vai ser tudo importado, nem com a mão-de-obra nacional, porque vai ser toda importada ». VERDADE!

"Infelizmente eu admito que a taxa de desemprego seja capaz de subir mais de um ponto ou dois. Pode atingir os dez por cento e se não atingir os dez por cento é porque existe muito artifício". VERDADE!

"A ex-líder social-democrata alertou ainda para o facto de não haver "uma palavra em todo o relatório, uma só, sobre redução, por exemplo, de organismos públicos, sobre redução do Estado". VERDADE!

"Todas medidas são no sentido da despesa social, são no sentido do aumento de impostos, são no sentido de ver como as pessoas, cada um de nós, pagam a despesa, ou reduz a despesa mas aumenta a receita", alegou Ferreira Leite". VERDADE!

"Manuela Ferreira Leite sustentou que José Sócrates "não se importa de se envolver em grandes encargos, mesmo que eles nos endividem, desde que eles não tenham expressão orçamental". VERDADE!

"Se o senhor entra em encargos que implicam em défices externos, está a incorrer naquilo que é fatal para o país. Como é que quer que eu confie naquilo que o senhor está a propor se o senhor na apresentação do orçamento omite o grande problema do país e aquele em que se baseia a viabilização do orçamento por parte do PSD?", perguntou a ex-ministra das Finanças ao primeiro ministro. " VERDADE!

Estas são palavras de Manuela Ferreira Leite ou notícias sobre declarações suas, decorria o ano de 2009. Era verdade. Eram reais as suas preocupações e legítimas as suas recomendações.

Portugal não quis a política de verdade. Preferiu outras políticas.

Agora aguente-se...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

EDUCAÇÃO - É ESTE O CAMINHO?

Quando ouço José Sócrates falar com entusiasmo sobre a Educação (ele fala com entusiasmo de tudo... o que lhe convém) e no crescimento do número de licenciados, etc., etc., etc., confesso que nem sempre apreendo a mensagem da melhor forma.

Será a isto que ele se refere?

Bem, entre isto e exames de inglês por fax ao domingo também não há grande diferença...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

ADEUS. ATÉ PARA O ANO.

Pode ter significado isso mesmo. Um adeus ao título, em Setembro de 2010, quando o campeonato termina lá para Maio de 2011. Não me peçam para não ser pessimista. Passei mais de duas décadas a não sê-lo. Tinha expectativas e esperanças. Acreditava.

Acreditava antes que 10 pontos à 6º jornada eram perfeitamente recuperáveis. Sonhava que seria possível festejar o título no final da temporada. Foi assim durante mais de 20 anos. Mas nunca acontecia. Devido à ilusão, vinha mais tarde a desilusão.

Agora dificilmente me desiludo quanto ao desfecho final, o que não significa que não sinta frustrações repetidamente, semana após semana.

Dez pontos de atraso em 18 possíveis não é mau. É péssimo.

E um qualquer destes dias começará a discutir-se (em relação ao futebol, a força motriz dos clubes) se faz sentido falar em 3 grandes, ou em 2 grandes + 1.

IRONIAS DO DESTINO

José Sócrates e o seu Governo têm, parece-me quase consesual, gasto à "grande e à francesa". Têm depauperado os cofres do Estado Português. Têm endividado o Estado até à raiz dos cabelos. Têm-no feito sozinhos.

Agora precisam da companhia do PSD para aumentarem impostos?!

domingo, 26 de setembro de 2010

E ESTA, HEIN?!

"O Presidente iraniano, Mahmmud Ahmadinejad , voltou hoje a questionar a autoria dos atentados de 11 de setembro em Washington e Nova Iorque e também voltou a desafiar os Estados Unidos a apresentarem provas.

Ahmadinejad, que falava à chegada a Teerão, proveniente de Nova Iorque, onde interveio na Assembleia Geral da ONU, insistiu que o governo norte-americano não deve esperar que os outros acreditem nas suas declarações.

"Se tudo que o que dizem é verdade, devem apresentar as suas provas contra os terroristas", disse.

Ahmadienjad renovou igualmente a acusação que fez há dias perante as Nações Unidas: os ataques de 11 de setembro serviram para lançar uma guerra contra o terrorismo e ressaltou a necessidade de ser criada uma comissão que investigue o que se passou.

"Este assunto requer mais estudos e deve ser feito por intermédio de um comité independente, que permita chegar à verdade", sublinhou.

Durante o seu discurso na Assembleia Geral da ONU, o presidente iraniano acusou os Estados Unidos de terem organizado os atentados, o que motivou a reprovação da maior parte da comunidade internacional, com os representantes norte-americanos e da União Europeia a abandonarem o hemiciclo."


in Expresso, 25/09/2010

E SE O FMI VOLTASSE A PORTUGAL?

Já cá esteve na primeira metade dos anos 80. Todos desejamos que não volte. Mas afinal, que aconteceria se eles cá viessem meter ordem na casa?

Dizem os especialistas que acabariam de imediato as SCUTS; que o subsídio de natal dos funcionários públicos não seria pago, entre outras medidas de austeridade face aos mesmos; que nas empresas públicas deficitárias (são tantas e tão deficitárias) haveriam despedimentos em massa; que haveriam aumentos de impostos; que algumas das prestações sociais seriam alvo de reajustamentos. Dizem ainda os especialistas que enfrentaríamos então uma forte recessão, para nos reerguermos mais estruturados. Mas isso dizem os especialistas.

Eu para já nem digo nada...

sábado, 25 de setembro de 2010

AO TAPETE

Já vem um bocadito a destempo, mas cá fica. O Sporting foi ao tapete na Luz frente ao Benfica. No fundo, um resultado normal num derby desta natureza.

Menos normal a falta de arte, de engenho, de entrega e de classe. Enorme falta de dinâmica nos processos ofensivos, estranho desacerto nos processos defensivos, os menos difíceis de trabalhar. Este Sporting é nitidamente para consumo interno e apenas para lutas de segunda linha. É triste, mas é assim. Não dá para mais.

Paulo Bento errava porque jogava sempre em 4x4x2 losango e não tinha sistemas alternativos; Paulo Sérgio tem uns 3 ou 4 sistemas e durante um só jogo chega a utilizá-los todos. Ora temos um 4x4x2 clássico, ora um 4x2x3x1 para aproveitar Matias Fernandes que não cabe noutro, ora um 4x3x3 ineficaz. Ganhar rotinas assim não parece fácil. E o Sporting da pré-época? Anda onde? Ela serviu para quê?

Ainda desejo não ter razão, mas cada vez mais me convenço que tenho. Convenço-me no sofá, claro.

sábado, 28 de agosto de 2010

MATANÇA SELVAGEM E BRUTAL

Em nome das crenças religiosas, do lado mais obscuro e radical do Islão, numa interpretação à letra do Alcorão, Sakineh Mohammadi Asthian está prestes a ser executada por lapidação, acusada de adultério e cumplicidade de assassínio do marido.

A mulher de 43 anos, está presa um par de anos, aguardando por uma pena verdadeiramente bárbara, que só na cegueira do radicalismo religioso islâmico pode encontrar justificação.

Mas o requinte de malvadez não pára por aqui. Será enterrada, ficando apenas com a parte superior do corpo de fora e apedrejada com pedras não demasiado grandes, para não morrer rapidamente, nem com demasiado pequenas, que não lhe criem mossas. Eu não consigo sequer imaginar tamanha barbaridade de um acto totalmente selvagem.

Entretanto o advogado de defesa, após tentativa de silenciamento por parte do regime, está de momento exilado na Noruega e garante que a "confissão" da mulher iraniana foi conseguida após tortura, constando ainda que a sua esposa e alguns familiares já foram detidos "temporariamente" pelo regime da República Islâmica do Irão. Há ainda notícias que mais de uma dezena de mulheres aguardam no corredor da morte por igual e brutal destino.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

FUTEBOL AO RUBRO. MAIS UMA BOA NOTÍCIA

Depois de uma boa jornada europeia das equipas portuguesas e de dois sorteios bem bonzinhos para as mesmas, eis que as boas notícias não param por aqui. É que Simão decidiu deixar a Selecção...

MAS PASSOU

Eu confesso que não acreditava, mas o Sporting passou os dinamarqueses do Brondby, com um excelente resultado de 0-3. Não sei se sou eu que estou a ficar exigente de mais, mas a verdade é que estou mais contente do que propriamente entusiasmado. Acho que ao contrário dos últimos jogos, ontem tudo correu bem ao Sporting, que em meu entender revelou ainda défices de organização, dinâmica, sistematização de processos e classe de alguns jogadores, que (ainda) não me entusiasmam para o curto-prazo. E arrisco-me também a afirmar, que afinal de contas eliminámos apenas uma equipa de 3º ou 4º nível europeu.

Em suma, bem melhor o resultado que a exibição. O heroí do jogo acabou por ser Yannick, que talvez cansado de fazer asneiras durante 89 minutos, decidiu brindar-nos com um golo enorme.

Escolhi o título, ou melhor, plagiei o título de um artigo do Record de hoje, de Daniel Oliveira, no qual me revejo totalmente (deve ser a 1ª vez que me revejo em alguma coisa que o dito escreve ou diz!!).

Bom fim de semana a todos.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

HIPOCRISIA COM JOSÉ SARAMAGO

Não é novidade o falecimento de José Saramago, amplamente divulgado pelos órgãos de comunicação social. Infelizmente, também não é novidade a hipocrisia da classe política (ou de alguma classe política) no aproveitamento da morte do nosso distinto prémio Nobel da literatura. Quer no âmbito nacional quer local, assistimos agora à súbita moda de sermos afinal (quase) todos apreciadores de José Saramago. Mesmo quando na realidade o sujeito até nos irritava e andava a anos luz das nossas convicções ideológicas, especialmente dessas.

Todo o homem ou mulher que atinjam o patamar de excelência que José Saramago por direito próprio conquistou, devem obviamente ser reconhecidos. Pelo seu País, pelas suas terras e pelas suas gentes.

Outra coisa é a hipocrisia de transformar aqueles de quem afinal até nem gostávamos nada, num oportuno e oportunista referencial político, que na hora do desaparecimento funciona sempre como um sensível apelo às emoções, em especial daqueles que realmente gostavam.

Como diria o inesquecível diácono Remédios, "não havia necessidade".

José Saramago teve o previlégio de ser quem quis ser e como quis ser. E tenho a certeza que jamais pretendeu ser bajulado por aqueles que até nem gostavam dele.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

CENTRO ISLÂMICO POLÉMICO PERTO DO GROUNDZERO

Está instalada a polémica em Nova Iorque, devido à previsível construção de um centro islâmico pertíssimo do local onde justamente radicais islâmicos atentaram contra as Torres Gémeas, em 11 de Setembro de 2001, matando cerca de 3.000 pessoas, zona também conhecida desde então como groundzero.

Entretanto, verificaram-se já alguns protestos de rua, uns contra e outros a favor da construção do centro islâmico, num cruzamento entre a tolerância e liberdade religiosa, pilar desde à muito defendido pelos Estados Unidos e a revolta pelos trágicos acontecimentos do 11 de Setembro.

Barack Obama, em nome da liberdade religiosa garantida na Constituição norte-americana reiterou já a sua adesão à construção, não obstante algumas críticas de que foi alvo.

Presumo que entre aqueles que se opõem à construção do centro islâmico tão próximo da zona do atentado, não sustentem o seu sentimento por questões de maior ou menor tolerância religiosa. Fá-lo-ão sobretudo pela dor e pela revolta dos acontecimentos, em especial todos aqueles que perderam familiares ou amigos, como é o caso de Jim Riches, um bombeiro reformado que viu o filho morrer no combate às chamas após o atentado: "Defendo a liberdade religiosa, mas a mesquita deve ser construída mais longe.". Falta-me ainda perceber o que está mais em causa, se a construção na proximidade (apenas a 2 quarteirões) se a construção do centro islâmico em si, pelo que representa para a comunidade muçulmana.

As mais recentes sondagens indicam que 56% dos habitantes de Nova Iorque se opõem à construção do centro islâmico sendo que a nível nacional a percentagem aumenta para 68%.

Nos meandros políticos, até elementos do Partido Democrata, insuspeitos quanto à islamofobia, já colocaram sérias reservas sobre a localização do centro islâmico. É o caso do governador de Nova Iorque, David Paterson, que defende a implantação da mesquita num espaço que suscite "menos emoções".

Contudo e apesar do imenso ruído de fundo, alguns dos mais destacados promotores do projecto - como o imã Feisal Abdul Rauf, garantem no entanto que este irá mesmo por diante, contra ventos e marés.

Assumo-me como um profundo defensor da liberdade religiosa e da iniciativa privada, acreditando que são duas pedras basilares numa sociedade culturalmente evoluída. Aceito porém as reservas quanto à proximidade, atendendo à brutalidade do atentado e às suas gigantescas consequências, especialmente daqueles que viveram de perto, directa ou indirectamente, um dos maiores dramas do Séc.XXI. Caberá pois aos Estados Unidos darem uma resposta aos fundamentalistas: com uma luva branca, ou com um travão.

Um tema que fica aberto aos vossos comentários, como não podia deixar de ser.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

DESPESA DO ESTADO CONTINUA A SUBIR

"Mais apoios sociais e transferências para a saúde explicam o aumento de 3,8% da despesa do Estado. Um aumento superior à subida de 3,6% da receita. A diferença entre os dois mostra um défice de 8,9 milhões de euros, mais 347,1 milhões face ao período Janeiro-Julho de 2009.

A Direcção-Geral do Orçamento (DGO) publicou, ontem, a Execução Orçamental relativa aos primeiros sete meses do ano. O défice do subsector Estado, que inclui as contas da Administração Pública e da Segurança Social, cresceu e está perto dos nove mil milhões de euros negativos (8,9 mil milhões).
Ou seja, as contas públicas agravaram-se em 347 milhões de euros. Mesmo assim, as Finanças dizem que o agravamento (inferior ao de Junho) não põe em causa os objectivos para 2010.

O relatório relativo a Julho - mês em que aumentaram todas as taxas do IVA - mostra um agravamento da despesa total do Estado em mil milhões de euros desde Janeiro, uma subida de 3,8% face a 2009.

Em termos de despesa corrente primária, o aumento é de 5,7%. Mais apoios sociais e transferências do Orçamento do Estado (OE) para o Serviço Nacional de Saúde é a justificação dada pelo Ministério para o agravamento das contas públicas.

"Excluindo as transferências correntes e de capital para as Administrações Públicas, a variação homóloga da despesa efectiva seria apenas de 0,5%", salienta o comunicado. Apesar do congelamento de salários e de admissões, os gastos com pessoal subiram 1,7% até Julho.

Mais IVA na receita

O crescimento da despesa ainda está acima da subida dos 3,6% da receita. Do lado da receita, o IVA, que é o principal imposto, gerou mais 844 milhões de euros ao Estado até Julho, chegando aos 6,6 mil milhões de euros. A variação de 14,6% do IVA é explicada por "um aumento da receita bruta em consonância com o crescimento da actividade económica, bem como por um efeito base associado ao esforço de diminuição do prazo médio de reembolso iniciado em 2009", explicam as Finanças.

Já o Imposto de Selo apresentou uma variação negativa, e rendeu menos 81,5 milhões do que nos primeiros sete meses do ano passado. No global, a receita fiscal subiu 5,9% nos primeiros sete meses do ano, "que compara com o objectivo de 1,2% inscrito no relatório do OE 2010"."

In Jornal de Notícias On-Line (ver aqui)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

MAIS UMA NOITE NEGRA

VALE MAIS RECORDAR O QUE VALE A PENA RECORDAR

Mais uma noite amarga (passada no sofá, graças a Deus!!) a ver o meu Sporting a perder com uma equipa Dinamarquesa. E foi por de repente me lembrar de alguém natural desse belíssimo País, que senti uma certa nostalgia, de tempos idos, em que na equipa do Sporting pontificavam jogadores de excelente qualidade, ao invés da vulgaridade actual.

Se quiserem recordar comigo, façam o favor de assistir ao vídeo. Vocês e todos os aprendizes de guarda-redes que pelas bandas de Alvalade têm aparecido.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

JANE MONHEIT

Simplesmente fantástica

PSD NÃO APROVA ORÇAMENTO DE ESTADO SE...

... Governo não diminuir a despesa pública e/ou aumentar impostos.

Por acaso não tenho as contas de cor, mas dá para trocar por um queijo? Seja lá ele limiano ou simplesmente de cabra?

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

ESTE ANO OUTRA VEZ. UM SPORTING "À SPORTING"

Não sei se é fado ou castigo, nem tão pouco se será uma questão de código genético, mais ou menos abstracto, a verdade é que a época futebolística que ainda agora começou não foi nada verde, muito menos esperança.

Não acho nada que por termos perdido o jogo inaugural tenhamos deitado fora a possibilidade de sucesso. Seria incapaz de tamanha palermice. Se o problema fossem 3 pontos perdidos, apenas três pontinhos, resolvia-se num ápice. Mas o problema é outro, estrutural quiçá, ou outra qualquer coisa mística que fez do SCP três vezitas campeão nos últimos 30 anos. Isso mesmo, 3 vezes em 30 anos!!

Primeiro foi a inacreditável venda de João Moutinho ao FC Porto, passando de jovem modelo de responsabilidade e profissionalismo a maçã podre sem se perceber bem como nem porquê; depois Miguel Veloso, finalmente fora do Sporting como era seu desejo, vendido ao todo-poderoso Génova em promoção de verão (o mesmo preço que o V.Guimarães vendeu um desconhecido Bébé ao Manchester United); Yannick, ou lá como se escreve, bem muda de penteado, ora escorrido ora afro, mas a produção é sempre a mesma, pouca; 25 mil espectadores passou a ser "boa casa"; levar 500 adeptos ao norte passou a ser imagem de marca dos indefectíveis adeptos sofredores; afinal ultrapassámos um impronunciável clube dinamarquês com o coração nas mãos, mas parece que até tinham uma grande equipa; lá fomos buscar uns reforços, alguns para curto-prazo, dos que sobraram no mercado. Enfim.

Outra época que começa verde, como as listas da camisola, mas que antevejo se finalize negra, como os calções.

E como eu gostava de estar enganado e de aqui ver-me obrigado a retratar-me!

P.S.: (Este ano, pela primeira vez desde 2003, não quis o meu habitual lugar em Alvalade. Quando o Sporting perceber que é hora de dar - aos adeptos - e não de pedir - aos adeptos -, lá estarei de novo. Até lá, abençoado sofá!)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

DEPOIS DAS FÉRIAS

Depois das sempre desejadas (e já agora, digo eu, merecidas) férias de verão e depois também de não ter cumprido a promessa de voltar a dinamizar o Golegã XXI com mais assiduidade, cá estou, desta vez prometendo apenas tentar vir muitas mais vezes, desejando que venham também (e também por isso) mais amiúde.

Entretanto e para já, deixo-vos apenas duas sugestões de leitura, de um autor português de quem fiquei incondicionalmente fã e que "me acompanhou" com duas das suas excelentes obras no meu curto mas muito bem passado retiro de férias (desta vez sem telemóvel e sem portátil - tinha feito uma promessa solene à minha mulher nesse sentido). Refiro-me ao sobejamente conhecido José Rodrigues dos Santos (JRS), que nos "entra" diariamente em casa via RTP, com o mesmo brilhantismo como pivot quanto aquele que manifesta enquanto autor.

Quanto aos livros, falo de "A vida num sopro" e "Fúria Divina". No primeiro, um retrato do Portugal conservador dos anos 30, sob o regime ditatorial de Salazar, em pleno auge do Estado Novo, brilhantemente romanceado por JRS. Daqueles que dá gosto ler até esgotar as cerca de 600 páginas.
Quanto a "Fúria Divina", sou incapaz de me manifestar sem parafrasear o autor, que disse aquando a apresentação do livro "gostaria que os meus livros fossem ao mesmo tempo um passatempo e um ganha tempo". Resume na perfeição a minha visão da obra. Um entretido e entusiasmante passatempo e um valoroso ganha tempo. Um romance inquietante sobre o fundamentalismo islâmico, num romance que cruza na perfeição a ficção com a relidade. Revisto por Abdullah Yusuf, um dos principais operacionais da Al-Qaeda (consta que próximo de Bin Laden e autor de um atentado daquela organização) atesta sobre o realismo do islão ortodoxo e no cumprimento "á letra" de um Alcorão que apela fortemente à jyhad, numa cruzada contra o mundo não muçulmano e até contra aqueles que, segundo os mais radicais, não o serão totalmente, conforme a shari'ah, a lei divina do Alcorão. Inquitante por tantas coisas e até pela possibilidade de colocar uma célula adormecida da Al-Qaeda bem debaixo do nosso nariz. Por exemplo já ali, em Lisboa...
Mais 600 páginas de puro prazer e, acima de tudo, do tal ganha tempo.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A DESTEMPO, MAS CÁ FICA

Pelas razões invocadas no post anterior, este vem naturalmente a destempo, mas cá fica para a posteridade.
A amável convite de O Mirante, foi publicado um artigo da minha autoria no Suplemento Especial 25 de Abril, no mês passado.
Partilho aqui, uma vez que grande parte da mensagem resume artigos já aqui publicados e que por isso fazem parte do arquivo deste blog, logo da sua história.
Não podia perder a oportunidade de deixar uma mensagem contundente aqueles que insistem em condicionar as liberdades fazendo uso ilegítimo dos poderes legítimos que a própria lhes conferiu, num sistema cada vez mais corporativista e sectário. E porque não podia perder essa oportunidade, também aqui seria inimaginável não reforçar essa mensagem.
Aqui fica portanto.
Abraços.

terça-feira, 18 de maio de 2010

GOLEGÃ XXI AO RITMO DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

Juro que não foi de propósito, mas apenas coincidência. Desde a sua criação, o Golegã XXI - Um Olhar Atendo não tinha ainda conhecido uma fase tão acentuada de inactividade (o último post dista quase de 2 meses!!), mas razões de força maior têm impedido que por cá venha, como era habitual. Confesso-vos que tinha saudades de aqui vir deixar alguma coisa, fugindo ainda assim à presunção de pensar que alguém possa ter ficado triste disto estar sempre na mesma.

Mas quero aqui deixar claro que só uma azáfama tão grande, numa fase tão difícil (quando tudo está bem temos tempo para tudo) que tanto tem exigido da minha atenção, poderia justificar esta "suspensão temporária", quanto mais não fora pelo imenso prazer que sinto cada vez que alimento este espaço.

Mesmo assim, importa registar, as visitas ao Golegã XXI continuam a ser às dezenas em cada semana que passa, o que me obriga por consideração aos visitantes a retomar a dinâmica aqui desenvolvida ao longo dos últimos anos.

Esta é sobretudo e por isso uma mensagem que visa apresentar um pedido de desculpas a todos aqueles que cada vez que aqui entram não vêm nada de novo.

Como diz o outro, ainda me arrisco a deixar passar a crise; entretanto o Benfica já foi campeão; Sua Santidade já veio e já foi; temos o Mundial à porta; a liderança do PSD vai de vento em popa; o PS e o Governo nem por isso; o casamento gay foi promulgado pelo Presidente da República; o concurso do Hyppos voltou para trás; a austeridade nas medidas fiscais deixa-nos todos de calças na mão; etc, etc etc. E eu calado!!!

Voltarei em breve, prometo, esperando como sempre a vossa contribuição.

Abraços.

sexta-feira, 26 de março de 2010

LIGA SAGRES - JORNADA DECISIVA

Grande jogo da Liga Sagres este fim-de-semana. Se o Benfica ganhar acredito que será campeão folgado e nesse cenário o FC Porto pode ressurgir na luta pelo acesso à Liga dos Campeões. Se perder teremos campeonato até ao fim e qualquer vaticínio pode morrer à nascença.

Mas a maior curiosidade que tenho é que papel poderá ter o meu Sporting na decisão final do título, já que nada mais me resta para me manter atento?

quarta-feira, 24 de março de 2010

OBRIGADO ZÉ...

Afinal a providência cautelar que o Zé (José Sá Fernandes) interpôs relativamente à construção do Túnel do Marquês, custou aos cofres do estado qualquer coisa como 18,5 MILHÕES DE EUROS.

A Câmara Municipal de Lisboa chegou a ser condenada por tribunal arbitral ao pagamento de mais de 23 MILHÕES DE EUROS para compensar o consórcio por trabalhos a mais e pelos sete meses em que a obra esteve parada. Depois do município ter pedido a anulação da decisão acabou por ser concluída a negociação com o consórcio para resolver o contencioso sobre a obra, criando-se condições para a conclusão do último ramo do túnel.

O acordo prevê a desistência de todos os processos judiciais sobre o assunto e o pagamento de 18,5 MILHÕES, sendo que a maior parte do dinheiro terá sido pago até ao final de 2009.

Pela parte que me toca e já que não estou nada farto de pagar impostos, deixo uma curta mas sentida mensagem:

Obrigado Zé.

COMISSÃO DE INQUÉRITO

PSD NO ARAME... SEM REDE

A recentemente criada Comissão de Inquérito para analisar o eventual negócio PT/TVI fez "entornar o caldo", mais uma vez, entre o PSD e o PS (e Sócrates). O facto da mesma ter sido sugerida por PSD e BE foi a cereja no topo do bolo para Sócrates fazer aquilo que realmente faz bem.

Eu duvido que da Comissão de Inquérito venham a sair respostas objectivas para a questão central, que está no auge deste debate e que é: Mentiu Sócrates ao parlamento a propósito desse negócio ou não? Todos temos muitas dúvidas. Muitos de nós suspeitamos que Sócrates sabia de tudo. O Presidente da República suspeita que Sócrates sabia de tudo. Todos os partidos da oposição suspeitam que Sócrates sabia de tudo. Será que se vai conseguir provar que, confirmando todas estas suspeições, Sócrates afinal, real e inequivocamente sabia de tudo? Pois eu acho que não.

E se assim for, Sócrates pode bem sair por cima e o PSD por baixo. E numa altura tão crítica (crise económica, problemas sociais, desemprego, etc) e onde matérias tão importantes estão em cima da mesa (PEC, orçamento de estado, etc), não esquecendo a fase de transição de liderança no maior partido da oposição, resta saber se o povo português está sequer interessado em saber na sua maioria se Sócrates mentiu ou deixou de mentir.

Nas últimas legislativas os portugueses não encaixaram questões destas, essência da "política de verdade". E se os resultados da Comissão de Inquérito forem inconclusivos quanto a esta matéria, alguém vai pagar esta factura. E esse alguém não vai ser Sócrates...

terça-feira, 23 de março de 2010

IPSS DEIXAM DE SER PENALIZADAS NO REEMBOLSO DO IVA

E VÃO PODER BENEFICIAR DE 0,5% DE IRS

O Ministro das Finanças anunciou recentemente pretender alterar a lei que obriga as IPSS, igrejas e comunidades religiosas a renunciarem à devolução do IVA caso se candidatem a beneficiárias de 0,5% do IRS pago pelos contribuintes.

Como é sabido, as instituições sem fins lucrativos, nomeadamente as que acima invoco, podem candidatar-se a ser beneficiárias daquela percentagem de IRS e podem todos os contribuintes escolher uma instituição a quem pretendam doar essa verba em vez de o entregarem aos cofres do Estado. Para o efeito, basta assinalar no anexo H (quadro 9) da declaração de IRS e inscrever o número de identificação fiscal da entidade para a qual pretendem contribuir.

Segundo Teixeira dos Santos, essas entidades não devem ver cerceado o direito ao reembolso do IVA ao candidatarem-se a ser beneficiárias de IRS, até porque as instituições inactivas acabam por beneficiar desta medida, ao invés das outras, decorrente da sua actividade, terão sempre IVA a receber.

Aplaudo a medida, que tem vindo de resto a ser reclamada à imenso tempo.

ELEIÇÕES DIRECTAS NO PSD

DEBATE A 4 NA TV

Com as eleições a realizarem-se já na próxima sexta-feira, os candidatos esgrimiram ontem na RTP os seus argumentos, no primeiro e último (julgo) debate a 4.

Vi e ouvi com atenção e partilho aqui a minha perspectiva do mesmo.

Em primeiro lugar, num debate desta natureza e televisionado, foi evidente a tentativa dos candidatos em falarem aos militantes e ao País ao mesmo tempo o que, dadas as circunstâncias, é matéria por si só suficientemente complexa.

Pedro Passos Coelho
A fazer fé nas sondagens publicadas no Sol deste fim-de-semana, chegou a este debate com vantagem sobre os adversários. Geriu-a bem na generalidade. A escaramuça entre Aguiar Branco (AB) e Paulo Rangel (PR) correu-lhe bem e teve a prudência de não se meter no assunto. Parece algo ambíguo nalgumas questões (talvez pela questão que acima invoco de ter que falar ao País e aos militantes), nomeadamente em relação à eventual queda do Governo: por um lado afirma não ter grande pressa (para fora), por outro parece colocar isso no topo das prioridades (para dentro). Pareceu-me mal na questão do Procurador Geral da República(PGR), tentando depois emendar, mas tarde demais. Ficou a ideia de querer partidarizar e politizar o cargo. Igualmente mal na questão do apoio à potencial candidatura de Cavaco Silva. Já tinha passado por isso no Congresso e não vi necessidade de repeti-lo. Quando afirma "...mas se ficam mais tranquilos, eu quero aqui dizer que, com entusiasmo apoiarei Cavaco Silva", dando a sensação de o dizer mais por pressão do que de forma espontânea. Quanto ao PEC defende voto contra. Em relação à actual liderança mostrou total desprendimento, parecendo querer dizer que não lhe deve fidelidade nem lealdade, coisa que o passado recente ajuda a perceber.

Paulo Rangel
Pegou-se com AB sobre a polémica das assinaturas, não conseguindo conter-se num ataque esperto do seu opositor. Destapou com isso um pouco a ideia que estarão a disputar uma franja de eleitorado comum. Muito bem na forma e no conteúdo como refreou a questão da eventual moção de censura, lembrando que o PSD sozinho não o conseguirá. Foi talvez o mais anti-governo de todos, o mais aguerrido contra Sócrates. Em termos tácticos muito bem ainda na questão do PGR, lembrando que isso poderá favorecer o PS e aliviá-lo de algumas responsabilidades - bateu aos pontos PPC nesta questão. Ainda assim talvez aquele com mais ideias para o País, que de resto foram pouco debatidas (o debate só durou 50 minutos). . Pareceu algo intermitente na relação de lealdade à actual liderança, ora atacando-a (via líder do grupo parlamentar - AB), ora defendendo-a, parecendo querer "sol na eira e chuva no nabal".

José Pedro Aguiar Branco
Muito esperto no despoletar da questão das assinaturas da candidatura face a PR, conseguindo tirá-lo do registo. Muito bem na pressão sobre PPC em relação à eventual recandidatura de Cavaco Silva. Excelente sentido de responsabilidade na questão do PGR, afirmando inequivocamente que o mesmo "não pode ser arma de arremesso político", reforçando mais a ideia da despolitização da justiça que os seus adversários. Foi mais concreto e mais assertivo em relação às eventuais consequências da comissão de inquérito ao caso PT/TVI. Quanto ao PEC, AB assume que, caso vença as eleições, o PSD se absterá em prol da estabilidade governativa - visão que me parece responsável, dada a actual conjuntura económica e política. Respondeu muito bem a PR nas críticas enquanto líder parlamentar, relembrando que exerce o cargo em sintonia com a direcção do Partido, procurando comprometer PR com uma crítica implícita à a actual Presidente. Manteve-se bastante leal à actual direcção do Partido e muito fiel aquela que foi a sua posição no passado recente. Na forma (a maldita questão da imagem...) sabemos que não é o melhor. No resto não me pareceu inferior em nada aos concorrentes.

Castanheira Barros
Ingenuidade já depois do final do debate dizendo que trazia trunfos na manga mas não teve tempo para os apresentar - um deles seria o facto de Marcelo Rebelo de Sousa ser o "seu" candidato a Primeiro Ministro. O único que não se assume como candidato a Primeiro Ministro, mas apenas a Presidente do PSD. Manifestou total apoio a Jardim e Cavaco. Contra o PEC, que apelidou de PIDE. Pouco mais a registar.

sábado, 20 de março de 2010

ALTERAÇÕES DE "MEIAS-TINTAS"

MELHORAS LIGEIRAS PARA AUTOMOBILISTAS
TRANSEUNTES QUE SE LIXEM

Já tinha aqui falado na necessidade da reabertura da Travessa da Misericórdia ao trânsito, embora integrada numa alteração substancial da Rua Agostinho Macedo, não apenas na adopção de um sentido único para viaturas, mas também alterando e melhorando as condições de acessibilidade a pedestres, com a eliminação de passeios, ao jeito de resto do que foi feito na Rua D. Afonso Henriques.

O objectivo do conjunto de alterações sugeridas visava o benefício das condições de mobilidade automóvel e, cumulativamente, o benefício das condições para os que andam a pé, numa artéria onde congestionamentos vários são mais que evidentes.

O artigo de que falo data de Junho de 2008. A Travessa da Misericórdia reabriu em finais Fevereiro de 2010.

Mas as alterações na Agostinho Macedo (mais conhecida entre nós pela Rua do Paiva) ficaram pelas "meias-tintas". E quando falo em "meias-tintas" falo no sentido figurado, mas também na sua verdadeira acepção. E porquê "meias-tintas"? Porque se proibiu o acesso a quem vem de Sul (Azinhaga) e de Norte (por detrás do antigo Hospital) mas não se restringiu o sentido Hotel/Praça, para quem vem do lado da Câmara. Em resumo, os problemas na Agostinho Macedo continuam como estavam. Só melhorou um pouco o acesso.

As razões invocadas para a alteração são evidentes. Virar para a Agostinho Macedo era complicado, pela reduzida largura da via, quando nessa estavam viaturas paradas no semáforo. A preocupação foi em relação aos automobilistas. Os transeuntes continuam com os problemas de sempre. As pessoas com mobilidade condicionada foram novamente esquecidas em mais uma demonstração clara de ausência de um plano que vise melhorar as acessibilidades, também na via pública. Foi pena.

E já agora que reabriu, façam lá o favor de colocar a sinalização como deve ser (ver foto no início). É só dar a cambalhota ao sinal... Está assinalado e tudo!

E esta foi de borla...

sexta-feira, 19 de março de 2010

MAIS UMA JORNADA EUROPEIA À SPORTING

ESFORÇO, DEDICAÇÃO, DEVOÇÃO E ... FRUSTRAÇÃO

Mais uma jornada europeia "à Sporting" dos últimos 30 anos. Morreu na praia, mas bateu-se bem. Teve carácter, teve personalidade e teve azar, à Sporting. O minuto 52 podia ter mudado a história, com duas oportunidades claras de golo. Mas não mudou porque tivémos azar. Tivémos problemas com ausências. Não puderam jogar por lesões e castigos Grimi, Carriço, Tonel, Yannick. À Sporting, houve um caso antes do jogo com Izmailov, que não se sentia bem. Depois houve Aguero (um portento de talento puro), que normalmente os outros têm e o Sporting não. Mas temos a consolação de termos uma equipa jovem, onde 6 dos titulares são produtos da "cantera" e isso só o Sporting tem. Os outros podem ter sucesso desportivo, mas não têm isso.

O público aplaudiu, mas saiu frustrado. À Sporting.

A frustração também cansa e desmotiva. É assim há anos demais.

Será sina, esta coisa de acabar sempre à Sporting?

quinta-feira, 18 de março de 2010

LEVAR ISTO AO PARLAMENTO?!

O Congresso do PSD fez asneira. Aprovou uma medida estatutária sem sentido. Mas pegar nessa coisa sem sentido e querer levá-la à discussão na Assembleia da República é de ir às lágrimas.

Francisco Assis não teria mais nada para dizer?

E o Sócrates, concorda? Sócrates ou Trócas-te? Dúvida decorrente dos lapsos do quarto poder...

quarta-feira, 17 de março de 2010

32º CONGRESSO NACIONAL DO PSD

Não tinha ainda tido a oportunidade de partilhar algumas breves sobre o Congresso, que segui com a máxima atenção no fim-de-semana passado.

Acho que tudo já foi dito, mas não queria deixar de partilhar aqui algumas ideias.

Positivo: o "clima" verificado a fazer lembrar os míticos Congressos do passado que as directas vieram aniquilar; a utilidade, porque me pareceu bem discutir o partido antes das directas de 26 próximo; o reaparecimento das anteriores lideranças - parece-me que Luis Filipe Menezes, Santana Lopes, Marques Mendes e Marcelo Rebelo de Sousa ainda não tinham participado em nenhum após terem liderado o partido - que intervieram com um forte apelo à serenidade, à moderação e à responsabilidade; as candidaturas, que debateram com elevação as suas propostas para o partido e para o País; a primeira parte do discurso de Pedro Passos Coelho; a capacidade de Paulo Rangel para "comícios";

Negativo: o facto de ser o 32º em 35 anos de "vida"; a apresentação da proposta da "lei da rolha" por parte de Santana Lopes; a descabida aprovação da mesma - acho sinceramente que imensos delegados nem tiveram noção do que estavam a aprovar e deram enorme "tiro no pé"; a falta de quorum na votação da proposta para eleição com segunda volta - seria importante para reforço da legitimação de lideranças futuras; o deslize infantil de Pedro Passos Coelho com Alberto João Jardim; Rui Manchete na confusão inicial quanto à duração do Congresso.

Outros relevos: discurso de Fernando Costa - basista, talvez popular mas extremamente eficaz e, já agora, bem disposto; a "ratice" de Alberto João Jardim depois do deslize de Pedro Passos Coelho, quando se sentou junto a Paulo Rangel; sobriedade de Manuela Ferreira Leite, a dar palco a quem tem que o ter; Verticalidade e coerência no discurso de José Pedro Aguiar Branco. E já agora, fidelidade e gratidão.

Genericamente gostei, mas aquele primeiro dia merecia um segundo mais feliz.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O URBANISMO COMO FACTOR DE COMPETITIVIDADE

É público para os visitantes do Golegã XXI que defendo uma "abertura" em termos urbanísticos, nomeadamente no que diz respeito a edificações de carácter habitacional. É todavia igualmente público que defendo (ao mesmo tempo e em igual escala) a preservação da nossa indentidade urbanística, especialmente a arquitectónica. Escrevi-o já neste blogue, num artigo onde tive a oportunidade de enunciar aquelas que seriam, na minha perspectiva, as vantagens do equilíbrio e coabitação entre a tradição e modernidade.

Falei nesse artigo também de factores de competitividade. Cabe aos autarcas definirem as linhas de desenvolvimento procurando gerar nos seus concelhos essa competitividade. Várias vectores devem naturalmente ser equacionados, como a oferta turística, a exploração dos ex-libris, o desenvolvimento do tecido económico, a dotação estrutural para eventos diversos desde actividades desportivas e de lazer até às culturais e recreativas. Eu se fosse autarca, procuraria incessantemente não desdenhar nenhum deles, mas antes procurar em cada um a forma de complementação dos outros, numa perspectiva sistémica, jamais isolada ou avulsa.

No sector imobiliário, parece-me evidente que um constrangimento demasiado rígido em termos arquitectónicos, especialmente no segmento habitacional, traduz-se numa perda de competitividade face a concelhos limítrofes, que podem colocar no mercado "produtos" mais consentâneos com as tendências actuais, logo com a procura. Perante isto e se considerarmos que qualquer Concelho que acuse sintomas de interioridade, como o nosso, terá que desenvolver uma estratégia não só de fixação populacional, mas também e talvez acima de tudo de captação de novos residentes, torna-se óbiva a importância da competetividade nesse segmento que, de "mãos dadas" com vectores que antes enunciei, ajudarão a criar condições mais consolidades de combate ao êxodo e mais apelativas a potenciais novos residentes. É de um processo estruturante e integrado que surgirá essa consolidação, daí ter afirmado que nada deve ser desdenhado.

Sabe-se que no mercado imobiliário (como noutros, especialmente o financeiro) as expectativas e os sinais são demasiado importantes. Sabe-se que o discurso político influi nas opções dos agentes desses mercados de uma forma cada vez mais decisiva.

E é a propósito dessas expectativas e desses sinais que vos deixo uma descrição cronológica, por assim dizer, acerca desta matéria:
O artigo que no início vos falo foi publicado aqui em Abril de 2008 e constatei com agrado (em Dezembro de 2008) que da parte do executivo municipal começavam a haver sinais dessa abertura, até então nada evidenciados. Dizia então o Sr. Presidente da CMG que veria com bons olhos "...fazer construções de arquitectura mais arrojada e moderna porque não vale a pena andar sempre a fazer casas do século passado.".
Mas isto foi em Novembro de 2008, porque em Novembro de 2009 o mesmo Presidente afirma sobre o mesmo assunto que "...não pactuamos com políticas passageiras e não deixamos que os materiais que nada têm a ver connosco possam ser aqui empregues, não faz sentido.".

Ora, sabe-se que nas chamadas "construções contemporâneas" - adianto que não gosto da expressão - um dos aspectos de diferenciação é justamente a utilização de materiais ... diferentes. Não mudaram apenas os conceitos, nem tão pouco as formas. Com eles mudaram também os materiais.
Assim, construir "arquitectura mais arrojada e moderna" e ao mesmo tempo "não deixamos que os materiais que nada têm a ver connosco possam ser aqui empregues" parecem-me dois conceitos antagónicos, com dificuldade de se encaixarem. Diria mesmo que são duas visões totalmente incompatíveis. E nem vou falar outra vez (para já) na exclusividade que a CMG tem reservado para si em termos de inovação arquitectónica, usando precisamente esses "materiais que nada têm a ver connosco".

Já o disse, o Presidente da CMG tem na minha opinião um apurado bom gosto, que se nota em muitos cantos e em muitas das intervenções onde sei que tem tido papel preponderante. Partilho até dos seus gostos na maioria dos casos, digo-o com à vontade. Politicamente falando, no reforço da importância das tais expectativas e sinais e na forma como procurei demonstrar que influenciam os mercados, parece-me ser necessária uma definição da estratégia. É que assim ficamos sem perceber por onde ir.

Por aqui, o que está dito está dito. Em relação ao artigo de 17 de Abril de 2008 está bem como está. Ontem, como hoje.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

ESTRADA NACIONAL 365 - Um problema que já não é de hoje

Sobre a EN365, já aqui foram feitas algumas abordagens. O link que vos deixo refere-se a um artigo publicado em 18 de Fevereiro de 2008.

Como recordar é viver, aqui fica o meu comentário à época, a uma notícia do RCE:

"Apenas um comentário: O Sr. Deputado Nelson Baltazar (PS) deve ter ido verificar in situ outra estrada! Porque considerar que a N365 (que liga Golegã a Azinhaga) tem função de dique só pode ser mesmo distracção do zeloso senhor, ou por pura brincadeira, cujo sentido de humor não tive ainda capacidade de entender... ".

Sugestão: os subscritores do abaixo-assinado podem ligar ao Sr. Deputado, explicar-lhe que a lama trepou o dique e provocou um acidente. E já agora, peçam-lhe para assinar também.

E se descobrirem quem lhe deixou as dicas sobre o "dique", solicitem também o favor da sua assinatura. Esta já é mais difícil! Ou não?!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

AFINAL ELE É O PIOR...

... E NÓS NÃO SABÍAMOS
É oficial. Portugal tem as contas públicas numa das maiores lástimas de que há memória. Parece que alguém se enganou nas contas e afinal o défice anunciado à umas semanas, não é na realidade o défice real.

tivemos um ministro que apregoou o fim da crise, tivemos outros que se enganaram nas contas do Estado, outros que fizeram subir a despesa pública em vez de a descerem, outros ainda que dizem que não vão aumentar impostos, quando todos sabemos que vão. Tivemos ainda um entusiasmado candidato a 1º ministro que prometeu criar 150.000 postos de trabalho, quando o resultado foram muitos mais desempregados quando veio efectivamente a ser 1º ministro. Enfim, temos tido de tudo.

O que nós pensávamos que não tínhamos, era o pior ministro das finanças da Europa, mas afinal, para os que nos olham de fora, até temos.

É sempre bom sabermos coisas novas.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

AINDA A ASFIXIA DEMOCRÁTICA

Ainda um pouco na sequência do artigo anterior, mas num outro contexto e numa outra escala, quero partilhar convosco um artigo assinado por Henrique Raposo, no Expresso, já em Novembro passado.

"No Verão, o Expresso disse logo que Sócrates sabia que a PT estava a comprar a Media Capital. Ninguém desmentiu esta notícia. Assim, temos toda a legitimidade para fazer a pergunta indigesta: o primeiro-ministro (PM) mentiu ao país? Aliás, o omnisciente cata-vento do regime, o professor Marcelo, disse várias vezes que não acreditava que Sócrates não tinha conhecimento do negócio. Portanto, temos no poder alguém que é percepcionado como, vá, um Pinóquio aprumadinho. Mas o pior nem sequer é a - possível - mentira de Sócrates. O pior é mesmo a inércia da elite 'comentadeira'. Perante o - hipotético - nariz XXL de Sócrates, esta malta mediática encolhe mediaticamente os ombros.

Quando a inércia chega a este ponto, o problema já não está no PM. O problema está, isso sim, na cobardia da dita elite. Estamos a falar da gente que sovava Santana Lopes todos os dias (e Santana, ao pé de Sócrates, é um menino). Esta indignação selectiva tem uma explicação: bater em Santana não tinha custos; bater em Sócrates tem um preço alto. É por isso que ninguém quer ver o óbvio ululante: se mentiu, Sócrates não tem condições para continuar a ser PM.


E os factos que namoram a demissão de Sócrates acumulam-se. Aparece um todas as semanas. Num trabalho da "Sábado", ficámos a saber que empresas públicas retiraram publicidade de jornais que incomodavam Sócrates. No centro desta publicidade selectiva até está um banco - teoricamente - privado: o BCP, onde Armando Vara tinha o pelouro da publicidade, cortou 75% de publicidade no "Público" e 68% no "Sol" (um facto eloquente).

Depois, José António Saraiva afirmou que alguém próximo do PM tentou subornar o "Sol" no sentido da não-publicação de notícias sobre o Freeport; como não aceitou o suborno, o jornal sofreu uma retaliação económica liderada pelo BCP. Perante a gravidade destas acusações, o Ministério Público (MP), e não a ERC, tem de entrar em cena. Esta não é uma mera questão técnica de regulação dos media. Esta é uma questão política e potencialmente criminosa.

O MP só tem dois caminhos: ou prova que Saraiva é um 'ser' inimputável, ou descobre que Saraiva está mesmo a dizer a verdade. Mas, claro, o MP vai ficar quieto. E nós, mais uma vez, vamos ficar sem uma resposta para a pergunta que paira no ar: o nosso PM é um perigoso Berlusconi de esquerda, ou é uma pobre vítima de uma cabala cinematográfica saída da mente de Dan Brown?

Apesar de tudo, no meio deste pântano de impunidade e cobardia, há uma coisa que me dá prazer em doses tântricas: Sócrates já é o pior primeiro-ministro da democracia. Ninguém tem coragem para o demitir agora, mas Sócrates já foi demitido pela nossa memória colectiva.

O povo português associará sempre o nome de Sócrates a coisas pouco recomendáveis. Uma enorme e legítima desconfiança irá sempre pairar sobre o nome de Sócrates. E isso, meus amigos, dá-me um enorme prazer. Deus pode dormir, mas a história não.

O "B-A, BA"

Quando um ministro acusa magistrados de "espionagem", só tem duas saídas: ou tem o ás e a manilha de trunfo (isto é, prova o que diz) ou demite-se. Se não tiver a dignidade para se demitir, tem de ser demitido pelo PM.
"

Henrique Raposo
Texto publicado na edição do Expresso de 28 de Novembro de 2009

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

GOLEGÃ JOVEM DE FACE OCULTA

O anonimato não é de todo a forma que entendo mais correcta para qualquer intervenção, nomeadamente a cívica. Numa sociedade de pleno direito, democrática e aberta, ainda hoje me espanto com o receio de assumir posições, de emitir opiniões, de escolher, de optar, de criticar. Ou melhor, como diria Sá de Miranda, m'espanto às vezes, outras m'avergonho.
Da juventude, regra geral irreverente, menos sensata às vezes, não se espera anonimato. Espera-se coragem e determinação para dar rosto às causas em que acredita, espera-se audácia e acutilância. Não medo. Jamais anonimato.

Surgiu à uns tempos, sob a forma de movimento sensibilizador para a acção da juventude goleganense o "Golegã Jovem". Segundo informações veiculadas em O Riachense, o movimento reclama-se apartidário e, pasme-se, prima pelo anonimato por ter "receio de ser asfixiado antes mesmo de se impor". E isto meus caros merece naturalmente uma reflexão.

Antes de mais deixa subentendido que na Golegã existe na realidade um défice democrático. Se bem se lembram já aqui coloquei um artigo sobre esta matéria, num artigo intitulado de "O Poder Local condiciona as liberdades?" Foi em 4 de Outubro e, sem surpresa mas com desilusão, constatei que as centenas de visitantes do Golegã XXI nesse mês não tiveram uma única palavra para o tema. Por receio, por desinteresse ou por qualquer outra razão, a verdade é que não mereceu, ao contrário de outros assuntos, a "vossa" atenção.

Mas importa referir, ainda em relação a esse artigo, que os exemplos que deixei (Veiga Maltez, Carlos Simões e Conceição Contente) assinaram por baixo as suas opiniões de que o poder local condicionaria as liberdades. Sem subterfúgios, sem capas, tudo às claras. Como de resto deve ser.

Mas há mais coisas que me inquietam no anonimato do Golegã Jovem (GJ). A escolha do caminho mais fácil. A escolha da obscuridade, que é geralmente reveladora de falta de carácter. A escolha de ter medo, a escolha de se esconderem num blogue na web, de corroborar naquilo que consideram ser a asfixia democrática na Golegã. O GJ pactua assim com esse estado de coisas, se é que tal existe na realidade. Mais, este tipo de comportamento não é o que desejo para os jovens da minha terra. Não quero uma Golegã Jovem de Face Oculta. Não quero. Quero jovens com capacidade de intervenção cívica, política, associativa e empreendedora. Mas também quero jovens sem receio de se mostrarem, de opinarem, de criticarem e sentirem que com isso enriqueceram a democracia local. O GJ, enquanto continuar assim, contribui inequivocamente para o seu empobrecimento. Enquanto for assim poucos o levarão a sério, muitos questionarão a sua verdadeira razão de existir. E é pena, porque o blogue até tem algumas matérias interessantes e pertinentes.

Far-me-ão o favor de não me considerarem totalmente ingénuo. Sei que tudo tem um preço. Só que a questão, se me permitem, nunca deve ser essa.

A questão é simples e tem que ver apenas com o quanto estamos dispostos a pagar.