quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

RESULTADOS DO PRIMEIRO INQUÉRITO - Concelho bem ou mal desenvolvido?

Findo hoje o primeiro inquérito deste blogue, cujo objectivo foi aferir a opinião dos visitantes, relativamente ao desenvolvimento genérico do Concelho da Golegã.

Naturalmente que o rigor do inquérito vale o que vale e os critérios da amostra não obedeceram a nenhum procedimento particular. Apenas se abriu a via para que as pessoas pudessem expressar a sua opinião. Registaram-se ainda assim 36 votos, dos quais se apuraram os seguintes resultados:

Pessoalmente, caracterizaria o desenvolvimento do Concelho como insuficiente. Talvez de forma mais precisa, como assimétrico.

É verdade que crescemos em várias áreas. É notória a dotação de estruturas importantes para o bem estar das populações, ainda que me pareça que em relação a algumas, a sua sustentabilidade não foi devidamente acautelada. A aposta passou essencialmente por obra física, numa perspectiva vincadamente de património edificado. Ainda assim, interessante a estratégia da projecção do Concelho no exterior, com a não menos interessante auto-proclamação da agora "Capital do Cavalo". Todos nós gostamos de viver num Concelho onde tenhamos estruturas de natureza diversa ao pé da porta e nas freguesias. A questão hoje é saber se as podemos ter. Ou, mais importantes, se as devemos ter todas, ainda que para isso seja necessário comprometer a capacidade de investimento futura.

As necessidades de à dez anos, não são necessariamente as necessidades de hoje e muito menos as de amanhã. Ao Concelho impõem-se novas respostas a novos desafios e por isso, julgo que deve haver uma reorientação estratégica, com a introdução de novas concepções políticas de desenvolvimento sustentado. Agora, para rentabilizar as estruturas criadas, torna-se absolutamente primordial assentar o modelo de desenvolvimento numa perspectiva bem mais estruturante, que permita inverter a tendência dos últimos anos relativamente à perda de população (como aqui já referi noutros artigos), mas que permita também captar novos residentes e fixar população em especial a mais qualificada, aquela cujo êxodo mais tem afectado. É imperioso que, na medida do possível e também dependente de uma conjuntura nacional e até internacional, o Concelho possa desenvolver e consolidar nas próximas décadas a sua classe média. É imprescindível uma estratégia integrada de desenvolvimento do tecido económico, pela via de uma cultura dinamizadora da iniciativa empresarial.

É necessário alargar os vectores de desenvolvimento. Da educação à cultura, do desporto ao lazer, do ambiente ao turismo. Criar uma simbiose entre componentes de bem estar das pessoas e as reais capacidades de resposta ás suas carências.

De todos os vectores estratégicos de desenvolvimento que o Concelho terá que promover, há um que deve rapidamente ser colocado no centro do debate político: a habitação. Falo de habitação social, ainda que rompendo com o velho paradigma do "bairro social". Uma habitação a preços controlados, tendo como público alvo essencialmente camadas mais jovens, à procura da sua primeira casa, numa conjuntura, como sabe, difícil. Esta seria uma medida estruturante fundamental que, integrada com outras, poderá evitar, ainda, o futuro não muito risonho das nossas terras nas próximas décadas.

É esta a minha opinião. Temos acima de tudo um Concelho com claras assimetrias de desenvolvimento, sendo necessárias novas respostas para novos desafios.

Abro aqui este tema, colocando-o à vossa consideração.

Até breve.

ASSOCIAÇÃO PROTECTORA DOS ANIMAIS DA GOLEGÃ

A Associação Protectora dos Animais "Os Bons Amigos" da Golegã aprovou no sábado, dia 160/02/08, o relatório de contas do exercício de 2007 e o plano de actividades para o ano 2008.

As receitas foram obtidas através de subsídios da Câmara Municipal e Junta de Freguesia da Golegã, donativos, quotas e apadrinhamento de animais. As receitas destas duas últimas ficaram aquém das expectativas e as despesas foram direccionadas em grande parte para o salário da funcionária do canil municipal, bem como para alimentação e tratamento médico dos animais ali "alojados".

A associação, que existe há mais de dez anos, tem como grande responsabilidade a gestão do canil municipal da Golegã, localizado na zona da Quinta da Labruja. "Os Bons Amigos" actualmente contam com cerca de 90 sócios e têm sido um parceiro da autarquia na manutenção do concelho isento de animais vadios. A grande prioridade é, depois de capturados os animais, fazer com que rapidamente encontrem uma família que os adopte. Para isso, têm sido promovidas diversas campanhas de adopção e têm sido divulgados na Internet, em www.osbonsamigos.blogsptot.com, os animais em condições de serem adoptados. Tem sido política da associação evitar ao máximo o abate dos animais e têm sido feitas esterilizações a cadelas, para evitar que a população cresça dentro do canil.

Para 2008 a associação tem preconizado a realização de novas campanhas de adopção, denunciar maus-tratos sobre os animais e vai procurar apoio (alimentar ou material) junto de empresas da região. É ainda objectivo da Associação Protectora dos Animais da Golegã, promover junto da população infantil e juvenil acções de sensibilização acerca dos direitos dos animais.

Deixo aqui o meu apelo, em especial àqueles que gostam de animais, para que sejam sensíveis a esta causa e possam de alguma forma associarem-se à sua protecção e defesa.

A partir de hoje, aqui fica também um link para o blogue de "Os Bons Amigos".

RUA D.JOÃO IV - Uma questão de mobilidade

Na nossa vila, temos assistido nos últimos anos a várias introduções de medidas reguladoras de trânsito, que se impunha de facto, devido a dois factores essenciais: o primeiro porque essas medidas reguladoras eram francamente insuficientes, com ausência de sinalização e ordenamento de circulação, em especial no período após a construção em larga escala de infraestruturas, nomeadamente ao nível da rede pública de distribuição de água; o segundo porque se tem acentuado na última década, pese embora a redução de população, numa cada vez maior utilização de transporte individual, na resposta quotidiana à satisfação das necessidades de mobilidade da generalidade das pessoas, atendendo às relativamente escassas opções em termos de transportes públicos, característica aliás comum a comunidades análogas.

Por isso, a alteração da rede viária, seja ao nível da reformulação das ditas medidas reguladoras, seja ao nível da extensão e até construção de novas vias, deve equacionar de forma ponderada os problemas das acessibilidades e das mobilidades numa perspectiva integrada e sustentada.

Uma das questões, no nosso contexto, que considero importante é a do descongestionamento do núcleo mais urbano, mais denso e de acessibilidade e mobilidade mais dificultada. A Rua D.João IV, também conhecida como "Rua Nova", serviu em tempos como via absolutamente estruturante desta zona, fazendo a ligação a Riachos, Entroncamento e Chamusca, sendo que à época, trânsito de toda a natureza por aqui circulava. Com a construção da variante externa, hoje denominada Avenida D.João III, o trânsito passou por aí a fluir, desagravando a outra em termos de tráfego rodoviário, libertando-a para trânsito local e acessos ao interior da vila, uma vez que a partir dela se entrava e saia para praticamente todos os pontos da Golegã. Era pois uma via fundamental no descongestionamento das zonas mais internas da vila.

À cerca de uma ano, foram adoptadas medidas de constrangimento, limitando a um sentido a Rua D.João IV, desde o quartel dos bombeiros até ao Equuspólis, na zona do antigo matadouro. Isso obriga a que todo o trânsito que aflua por essa via e independentemente da sua natureza, seja forçado a utilizar depois vias internas, mais estreitas, com cruzamentos e entroncamentos mais problemáticos, acrescendo as dificuldades impostas pelas zonas de estacionamento. Esse trânsito é também "empurrado" para uma zona com frequência bastante mais elevada de ciclistas e pedestres, grande parte deles idosos. É também "empurrado" para zonas mais densas em termos residenciais, com todos os inconvenientes que desse facto resultam.

Quem circula diariamente na Golegã, sente seguramente que esse constrangimento trouxe mais problemas de mobilidade do que soluções. Aqueles que circulam diariamente no desempenho das suas actividades profissionais, como sejam agentes da agricultura, construção, transportes, comércio, etc, sentem naturalmente mais dificuldades. Muito mais dificuldades.

Por tudo isto, considero um erro a opção das alterações de tráfego à Rua D.João IV. Talvez um, eventualmente futuro, plano de mobilidade sustentada, venha demonstrar à evidência esse erro, sendo que estamos sempre a tempo de o corrigir.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

A NECESSÁRIA CREDIBILIDADE DA OPOSIÇÃO

Ser e fazer oposição num cenário político desfavorável, não em termos das características sócio-ideológicas dos eleitorados, mas acima de tudo pela descompensada representatividade nos órgãos decisores é, como se sabe, tarefa difícil.

Na política local, fazê-lo numa absoluta lógica de amadorismo, significa um esforço, uma entrega, uma dedicação e um espírito de missão e sacrifício notáveis. Significa muitas vezes, o prejuízo da vida pessoal, profissional e familiar, tudo em prol de convicções e do objectivo claro de bem servir. Esse esforço nem sempre é devidamente reconhecido, muitas vezes pelas populações e mais ainda por aqueles que diariamente, num enquadramento de profissionalização, executam no seu quotidiano a política. Alguns deles até, que nunca passaram por essa experiência, a do amadorismo puro por amor à causa, jamais saberão o que isso é.

Ainda assim e perante tais dificuldades, as estruturas da oposição não deixam de ter as suas obrigações. Para com elas próprias, para com os seus partidos e, em especial, para aqueles que os elegeram, ainda que em minoria.

Demonstra o histórico da política local, que nem sempre os mais organizados, mais empenhados e com mais provas dadas saem "premiados" com a escolha dos eleitores. Demonstrou também já a nossa comunidade que é imune, talvez pela sua complexidade sociológica, às dicotomias entre esquerda e direita, fazendo da sua volatilidade uma característica a reter.

Pese embora tudo isto, torna-se num desígnio primordial para as oposições a sua credibilização. Pela organização interna, pela manifestação pública das suas acções, pelo exercício da sua actividade política em sede própria, pelo seu relacionamento político-institucional com os restantes intervenientes. A credibilidade colectiva da oposição, advém também da credibilidade individual dos que a compõem e a personificam. A cada uma das partes que a compõem, à oposição, cabe naturalmente fazer as opções estratégicas que entendam, mas todas cairão por terra sem a necessária organização estrutural e a devida credibilização. Cabe-lhes pois escolher o caminho, o estilo, a forma e o conteúdo.

No estilo, cabe-lhes tomar opções entre assumir apenas o seu papel fiscalizador e meramente reaccionário, ou, ao invés, constituírem-se elas próprias como alternativa, adicionando a esse papel uma postura pró-activa, participativa, numa conjuntura de, como disse, organização sustentada. Cabe-lhes optar entre aguardar por soluções salvíticas ou estruturarem-se de forma consistente. Cabe-lhes destrinçar aquilo que é a credibilidade e o populismo.

Redutora é a ideia que a política é um cenário de guerra e que para a demonstração da nossa qualidade é indispensável que consideremos os nossos adversários como inimigos. Muitas vezes vejo incitamentos a ataques, cercos, extermínios e outras adjectivações, como se de um relato sobre o desembarque na Normandia se tratasse.

Às oposições pede-se "agressividade positiva", pede-se uma actuação fiscalizadora, mas pede-se acima de tudo uma postura com elevado sentido de responsabilidade, organização e credibilidade.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

RECOLHA DE ÓLEOS ALIMENTARES USADOS - PSD reclama iniciativa


Registo com sincero agrado o anúncio por parte do Município da Golegã no sentido de promover a recolha domiciliária dos resíduos do óleo alimentar usado no nosso dia adia. Essa medida, propiciará que aquilo que é olhado normalmente como um simples resíduo doméstico, seja reciclado e utilizado para outros fins, com claros benefícios. Desses destacam-se três, que tenho como fundamentais: o primeiro, pelo seu potencial de reciclagem e elevada valorização energética; o segundo, pela protecção clara dos meios hídricos, destino desses resíduos após tratamento devido em ETAR, para não falar da redução de custos operacionais destas; o terceiro mas não necessariamente o menos importante, porque o município dá um bom exemplo influindo assim positivamente na criação de uma cultura de participação activa junto dos seus munícipes, na reciclagem de resíduos e consequentes mais valias ambientais. Louvo então esta iniciativa, que me apraz aqui publicar e que vem no seguimento de medidas adoptadas por vários municípios.

Todas as medidas adoptadas por qualquer executivo estão intimamente ligadas a opções políticas e todos procuram exaltar as suas iniciativas, no sentido de credibilizar a sua acção junto dos seus munícipes, também eleitores de vez em quando. Confesso que acho legítima essa intenção, desde que assente em critérios de rigor, naquilo que constitui a verdadeira origem das soluções encontradas e publicitadas. Os poderes e as oposições interagem numa espécie de acção/reacção e receiam, na maioria dos casos, reconhecer os méritos alheios, fazendo parecer que são seus, ainda que o não sejam. O poder aqui, tem acusado bastas vezes os seus críticos de desonestidade intelectual, aplicando-se tal adjectivação a todos os que ousem tecer crítica, seja ela bem ou mal fundamentada, seja ela mais ou menos pertinente. Mas a honestidade intelectual, que não é propriedade e característica exclusiva de ninguém, a não ser de todos os que a praticam, não pode ser argumento que se use em função de qualquer conveniência. Por coerência, deve ser praticada, indiferenciadamente e perante qualquer questão.

Sustentado por inequívoca comprovação documental (ver acta de reunião de câmara em http://www.azinhaga.net/), o PSD da Golegã reclama, legitimamente, a iniciativa da promoção de tal acção, por via de proposta apresentada em sede própria (reunião de Câmara) em 27 de Junho do ano passado, pelo seu vereador, Carlos Simões. À época, a reacção da Câmara Municipal foi a de recusa da solução apresentada pelo PSD, pela alegada inviabilidade da recolha domiciliária. Recusa aliás confirmada dias depois, em entrevista à RCE, onde o vereador do ambiente se mostra sensível à questão, mas onde afirma e passo a citar "... mas nunca passará, nunca passará, porque não é um sistema de forma nenhuma sustentável, por uma recolha ao domicílio...". Vejo com agrado que o executivo mudou a sua opinião relativamente a essa possibilidade, alterando o seu posicionamento anterior "de forma nenhuma sustentável" para um agora finalmente sustentável e apresentado como "uma vez mais, Golegã, Concelho na dianteira!".

Congratulo-me com os factos que comprovam que as oposições podem, com a pertinência e a correcta fundamentação das suas propostas, influir favoravelmente no bem estar das populações. Foi o que aconteceu.

Agora, aguardarei apenas que, em defesa da devida honestidade intelectual, tenha a maioria do executivo a elevação de reconhecer publicamente a mais valia da proposta apresentada pelo vereador da oposição Carlos Simões. Também por uma questão de clareza, importa ainda que o executivo justifique publicamente o que fez com que uma solução passasse, em oito meses, de insustentável para o contrário, para que não fiquem os munícipes a pensar que a insustentabilidade não passava afinal de uma simples resistência política aos legítimos contributos da oposição, sendo certo que dificilmente entenderiam que, por tal coisa, tivessem que esperar mais de meio ano para serem brindados com esse privilégio.

CAMPANHAS ELEITORAIS - OS PRIMEIROS INDÍCIOS

Sabendo-se que 2009 será um ano com eleições legislativas e autárquicas, notam-se já algumas movimentações partidárias de preparação atempada desse processo.

Veja-se por exemplo a renovação governamental levada a cabo pelo primeiro ministro, em áreas sensíveis como por exemplo a da saúde, onde, pese embora o discurso de "saiu o ministro mas mantêm-se as políticas", se prevê um abrandamento de medidas impopulares, geradoras de manifestações de desagrado generalizadas, oriundas de vários sectores da sociedade. A saída de Correia de Campos e a entrada de Ana Jorge, conotada com a "facção" de Manuel Alegre, visa acima de tudo dois objectivos claros. O primeiro de promover um abrandamento da contestação popular, adoptando um estilo mais low profile nas políticas de saúde; a segunda de "agarrar" a nível interno, uma ala do PS que apesar de estrategicamente discreta, apresenta, sobretudo do ponto de vista ideológico, clivagens evidentes com o Governo e José Sócrates. Claro é que as manobras de renovação são um forte indicador de preparação atempada das eleições do próximo ano.

Por cá, com a recente promoção de um "jornal" municipal, de publicação bimestral, juntando-se ao já existente boletim informativo de publicação anual, sob pretexto das actividades do município serem de tal ordem que carecem de um veículo informativo mais permanente, mostra à evidência que o PS, lá como cá, não dorme na forma. Por cá, numa fase que pode ser de transição ao nível do protagonista na liderança da futura lista do PS à C.M., o partido sabe que é tempo de preparar devidamente o caminho, para que a meta seja passada em primeiro lugar.
Ténue é a linha que separa as acções de promoção do PS enquanto estrutura política, da maioria do mesmo no Município e, por isso, vou escusar-me de discutir, pelo menos para já, se os meios usados nessa promoção são, sob o ponto de vista ético, aceitáveis ou não. Isso conduzir-nos-ía a um caminho de discussão e reflexão sobre a construção dos partidos pelo poder, ou seja, na sua consolidação pelo exercício do mesmo, que é justamente o caso do PS/Golegã. Iremos ter tempo de lá chegar.
Mas é também aqui evidente a manifestação de uma estratégia de comunicação, visando como objectivo claro a vitória nas eleições autárquicas próximas.

Quanto aos partidos da oposição, PSD e CDU, continuam a assobiar para o ar, expectantes de que melhores dias virão, sabendo-se que se não provocarem em si próprios uma inflexão estratégica urgente, serão, de novo, figurantes neste filme.

PSD E PS TRAVAM ACORDO SOBRE LEI AUTÁRQUICA

PSD deixa cair acordo com PS para alteração da Lei Autárquica. Segundo notícias surgidas hoje na comunicação social, um dos factores decisivos foi o entendimento divergente relativo ao papel dos Presidentes de Junta de Freguesia. Enquanto PSD defende que deverão ter direito de voto no plano e no orçamento, o PS entende que não. A composição dos executivos municipais e número de membros dos partidos da oposição contribuiu também para deitar por terra um acordo que estava em cima da mesa desde a liderança anterior do PSD, com Luís Marques Mendes.

Uma vez que a alteração da Lei eleitoral autárquica carece de aprovação em Assembleia da República por 2/3, parece ter caído por terra qualquer possibilidade para a sua alteração.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

FOZ DO ALMONDA ALVO DE LIMPEZA


Ainda na ordem do dia, o Rio Almonda começou no passado dia 11 a ser alvo de intervenção de desassoreamento da foz, de forma a permitir o seu normal desaguamento do Rio Tejo, cujo estrangulamento, aliado ao baixo caudal e à existência de material lenhoso, tem propiciado a proliferação do jacinto-de-água.

Boas notícias para o ambiente no Concelho.


PSD CONTESTA REDUÇÃO DE INVESTIMENTO NA REGIÃO

O Grupo do Partido Social Democrata na Assembleia da Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo (CULT) manifestou o seu repúdio através de um voto de protesto pelos escassos investimentos que o Governo e a Administração Central pretendem levar a efeito, em 2008, na Lezíria do Tejo, através do Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC).
De referir que a CULT está maioritariamente inserida na área geográfica do distrito de Santarém.
Este é assim o distrito que mais perdas de investimento registará a nível nacional (menos 47,9% relativamente ao PIDDAC de 2007), sendo apenas superado pela negativa pelo distrito de Aveiro.
Esta redução não é contudo uma novidade, verificando-se tendencial desde que o Partido Socialista assumiu funções de Governo (menos 35,7% em 2006, menos 38,1% em 2007 e menos 47,9% para 2008), resultando numa perda real de 300 milhões de euros de investimento, com as inerentes e inevitáveis perdas de potencial de desenvolvimento, com a não menos inevitável redução de influência no contexto nacional.
O plano de investimentos enferma ainda de omissões gravosas, nomeadamente no que à Segurança Social e Saúde dizem respeito, sendo que relativamente à primeira, simplesmente não existem quaisquer investimentos previstos para a região; sobre a segunda é totalmente omissa qualquer informação relativa a investimentos no Hospital Distrital de Santarém.
Também projectos da Residência e da Cantinha da Escola Superior de Desporto de Rio Maior foram esquecidos, referindo-se que haviam sido considerados em PIDDAC em 2005 pelo Governo PSD, porém retirados pelo PS, após assumir funções.
Irrisória ainda a verba considerada para o Concelho de Santarém: 1000 euros para o Polis...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

ASSEMBLEIA DO PSD DA GOLEGÃ CANCELADA

A Assembleia de Secção do PSD da Golegã, marcada à mais de um mês para o passado sábado, foi subitamente cancelada via SMS e por e-mail, pelo Presidente da mesa, alegadamente por indisponibilidade simultânea de todos os elementos que a compõem, havendo sidas apresentadas justificações de carácter pessoal, que me escuso aqui, de reproduzir.

Tal medida, julgo que inédita, não deixou de causar alguma preplexidade nos militantes, ao receberem a dita informação, pelas referidas vias.

Acresce a esta informação, que o Presidente da Comissão Política Distrital, se havia deslocado à Golegã e posteriormente à Azinhaga, local da realização do plenário, justamente com a intenção de assistir à reunião magna da secção, dando então conta do seu adiamento, por informação do Presidente da CPS, demissionário à mais de três meses.

Aguarda-se agora pela marcação de nova reunião.

FEZ ONTEM UM MÊS

Assim é. Fez ontem um mês que dei início à actividade deste blog.

Foram entretanto e até este, publicados 20 artigos, sobre diversas matérias. Procurou-se a abordagem de temas e notícias relacionadas com o Concelho da Golegã, mas não só. Falámos de política local, da alteração da lei autárquica, de problemas emergentes como a poluição do Rio Almonda e da estrada N365. Falámos ainda de associativismo, noticiando-se e opinando-se sob diferentes pontos de vista. Muias coisas ficam ainda por dizer, em relação a muitos outros temas. Mas lá iremos.

Aos 20 artigos publicados, registam-se 27 comentários a cujos remetentes agradeço desde já a participação.

Da "sondagem" colocada à disposição de todos temos já 33 votos, idependemente do rigor da "amostra".

Foi apenas um mês, mas o suficiente para ter provado e ter gostado. O objectivo inicial do lançamento deste epaço mantém-se pois inalterado, reforçado agora com a grata constatação prática de que será possível fazê-lo crescer e ver aumentada a sua qualidade, assim continuem os meus caros amigos a brindar este espaço com o brilhantismo e a relevância dos vossos comentários.

Um grande bem haja a todos.

Até já.

PSD INTERVÉM NA DISCUSSÃO DA ESTRADA NACIONAL 365

In RCE-Golegã On Line

"Era para ter sido discutido esta terça-feira, em sede da Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações, na Assembleia da República, o futuro da EN 356 mas, entre a Golegã e Ribeira de Santarém, mas a pedido dos deputados social democratas, o assunto foi agendado para a próxima terça-feira, dia 18.
Em causa estava a apreciação e votação do relatório que contém as propostas do deputado socialista Nelson Baltazar, à cerca da intervenção a operar na estrada nacional 365, surgiu na sequência de uma petição assinada pelos autarcas de Azinhaga. O deputado Nelson Baltazar falou à RCE sobre a possibilidade de diversas intervenções, mas o levantamento da cota e alargamento da estrada, serão duas obras que dificilmente se concretizarão, porque a estrada está inserida na bacia do rio Tejo e o facto de funcionar como dique, deverá impedir intervenções dessa ordem. Para além disso, o assunto "mete" não só a Estradas de Portugal mas também o Instituto da Água. A concretizarem-se essas obras, teriam primeiro que ser feitas intervenções de fundo na construção de infraestruturas que protegessem as populações das cheias."

Sobre esta matéria podem ler mais desenvolvimentos em http://www.azinhaga.net/ e também sobre a intervenção do vereador do PSD, Carlos Simões.

Apenas um comentário: O Sr. Deputado Nelson Baltazar (PS) deve ter ido verificar in situ outra estrada! Porque considerar que a N365 (que liga Golegã a Azinhaga) tem função de dique só pode ser mesmo distracção do zeloso senhor, ou por pura brincadeira, cujo sentido de humor não tive ainda capacidade de entender...

INAUGURADA EXTENSÃO DE SAÚDE DE AZINHAGA

"Cerca de 100 mil euros, mais do dobro do calculado pela Câmara da Golegã, foi o custo total das obras de alargamento e requalificação da extensão de saúde de Azinhaga inaugurada domingo, dia 10, após cerca de dez meses de trabalhos. O arrastar das obras, que tiveram início em Abril de 2007, já havia sido contestado por parte do presidente da Junta de Freguesia de Azinhaga."
Assim inicía O Mirante a sua notícia relativa à inauguração da agora alargada extensão de saúde de Azinhaga.

Refira-se a propósito e por coincidência, que a ampliação da extensão de saúde de Azinhaga, agora inaugurada com pompa e também com circunstância, fazia parte do programa eleitoral do PSD, sendo bastante contestada pelo então candidato e hoje presidente da Câmara, sendo a ideia até ridicularizada, como nos recordamos todos por certo, no debate final de campanha, no Cine-Teatro Gil Vicente.

São as contigências da política. Entre o ontem, o hoje e o amanhã.

Ainda assim, saúda-se o benefício para a população de Azinhaga.

NÚCLEO SPORTINGUISTA EM ASSEMBLEIA ANIMADA

Conforme já havia aqui noticiado, o Nucleo Sportinguista do Concelho da Golegã reuniu em Assembleia Geral na passada sexta-feira, 15 de Fevereiro.

Numa das mais participadas e agitadas reuniões magnas de sempre, a Assembleia aprovou por unanimidade o relatório e contas do exercício de 2007, merecendo a Direcção elogios por parte da generalidade dos associados, tendo inclusive merecido um voto de louvor colocado a votação e aprovado por unanimidade.

Das matérias analisadas relativas ao ano de 2007, destaca-se a consolidação da sua situação financeira, para além das actividades do Núcleo na vertente do cicloturismo e da BTT, passando ainda por iniciativas diversas de manifestações de apoio ao Sporting, nomeadamente com as constantes viajens organizadas a Alvalade. Ainda em matéria relativa à questão financeira, refira-se a impressionante eficácia na receita proveniente da quotização dos associados, que findo o ano de 2007, ficou totalmente realizada, sendo, senão um caso singular, muito raro em organizações desta natureza. A este propósito, diga-se ainda que foi igualmente aprovado por larga maioria um voto de louvor ao associado António Sampaio, no reconhecimento do excelente trabalho efectuado na cobraça das quotas.



A ordem do dia, previa ainda a análise e discussão de um projecto apresentado em sede de Direcção pelo associado Martins Lopes, com duas ideias base: a primeira que consiste na construção da sede própria do Núcleo; a segunda, na reformulação da prova de cicloturismo anualmente realizada, e que garantiu já, por mérito próprio, uma importância relevante no panorama cicloturístico da região e do país. Destaco aqui também o empenhado e profícuo trabalho desenvolvido pelo associado e membro da Direcção, Jaime Rosa. Este ponto, assente na primeira ideia, gerou alguma controvérsia, constantando-se algumas resistências por parte da Assembleia relativamente à intenção. Ainda assim, Martins Lopes referiu a importância do projecto, na consolidação futura da organização, apelidando-a de iniciativa ambiciosa e arrojada, mas exequível, desde que cumpridas determindadas condições indispensáveis, como sejam, por exemplo a cedência de terreno por parte da Câmara Municipal. Martins Lopes focou ainda aquilo que na sua perspectiva são as grandes questões estruturais para o futuro da colectividade, diferenciando-as dos aspectos conjunturais, demonstrando a validade deste passo. Referiu ainda que estaria disposto para, em colaboração com a Direcção, liderar aquilo que apelidou de "comissão de obras" e garantir financiamento externo, sem encargos para o Núcleo, de cerca de 50% dos custos totais com a construção, ficando idêntica e remanescente parcela a cargo daquele. Refira-se que a proposta havia já sido recusada pela Direcção, pelo menos a curto prazo, baseando-se numa informação de que a Câmara Municipal não estaria disposta a ceder qualquer terrreno, verificando-se todavia que nenhum contacto formal fora efectuado com aquela entidade. A Assemleia, durante a discussão deste ponto agitou-se, mas tal revelou-se útil na primeira abordagem em reunião magna de tão relevante tema para a colectividade, provando ainda a enorme vitalidade desta associação.

A título informativo, realço e transcrevo excerto do progama eleitoral do PS, partido que viria a sair vencedor das eleições autárquicas de 2005, que vai ao encontro da ideia defendida por Martins Lopes:

"ASSOCIAÇÕES - COLECTIVIDADES - INSTITUIÇÕES:
Emprenhamento na construção/remodelação dos edifícios sede, à semalhança do executado com a Sociedade Filarmónica Goleganense, o Rancho Folclórico "Os Campinos de Azinhaga", a Sociedade Recreio Musical 1º de Dezembro - Azinhaga, o Clube de Pesca "Os Amigos de Alverca", o Clube de Ténis..."

LÍDER DISTRITAL DO PSD CUMPRE PROMESSA

Aquando das últimas eleições internas para a Comissão Política Distrital (Novembro de 2007), Vasco Cunha (na foto) e a sua equipa, então candidatos, reuniram na Golegã com alguns militantes apoiantes da sua candidatura. Nesse jantar/reunião, onde Vasco Cunha deu conta do seu programa, prometeu que, em caso de vitória nesta secção, voltaria para agradecer e reconhecer o apoio então manifestado, com a cortesia de pagar o jantar aos militantes então presentes.

Assim, no cumprimento da palavra, volta então, com a sua equipa, na próxima terça-feira para novo jantar com os seus apoiantes.

De referir a importância desta política de proximidade entre as estruturas regionais e locais dos partidos, neste caso o PSD, na procura da constante motivação e apoio das suas bases.

Refira-se ainda a propósito que, na prossecução dessa política de proximidade, a Comissão Política Distrital do PSD e os seus deputados eleitos pelo Distrito, têm mantido uma actividade intensa nos contactos com a sociedade civil, no sentido de diagnosticar as realidades e contribuir em sede própria para a resoução dos problemas emergentes.

Em relação ao nosso Concelho, destaca-se a intervenção relativa à poluição do Rio Almonda, sabendo-se que o grupo de Deputados continua a trabalhar no sentido de contribuir na busca de soluções.

Um bom exemplo, pois.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

ANAFRE CONSIDERA LEI MEDÍOCRE E INACEITÁVEL

Decorreu no passado sábado a Assembleia-Geral das Freguesias do Distrito de Lisboa.

O coordenador do Conselho Directivo da Anafre/Lisboa (Associação Nacional de Freguesias), José Fidalgo, que é também o presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira, considera a nova lei autárquica sinónimo de “crescimento medíocre e a uma desigualdade verdadeiramente inaceitável”.

"Não podemos continuar com esta ambiguidade sobre as competências a exigir em matérias de interesse público. É indispensável reconhecer o papel das Juntas de Freguesia no sistema governativo do país e a correspondente responsabilidade”, reforçou, adiantando que há um descontentamento generalizado dos autarcas de freguesias quanto à posição dos principais partidos políticos portugueses, o PS e o PSD, e quanto à intervenção da ANAFRE nacional junto da Assembleia da República.
A ANAFRE está decidida a alertar as populações através de comunicados oficiais por parte das juntas de freguesia. “Mais importante do que ter assento, ou não, nas assembleias municipais, importa reafirmar, inequivocamente, as responsabilidades, os deveres e as competências das juntas de freguesia, agindo localmente à luz de uma estratégia global”.

MISERICÓRDIAS INSATISFEITAS COM O GOVERNO

Tal como aqui noticiei, realizou-se no passado sábado um Conselho Distrital da União das Misericórdias Portuguesas, reunião liderada pelo Goleganense Martins Lopes, na qualidade de Presidente do Secretariado Regional de Santarém daquele órgão.

Também como havia referenciado, esta reunião foi solicitada pela Comissão Política Distrital do PSD, cuja iniciativa foi amplamente elogiada na referida reunião, por representantes de algumas Misericórdias, salientando-se a propósito a importância de uma política de proximidade dos Deputados e dos partidos que representam com a sociedade civil da sua área eleitoral. Mais relevância assume o facto, se considerarmos que não estamos em período eleitoral, altura em que é frequente este tipo de "visitas".

Vasco Cunha, líder da CPD do PSD e Deputado na Assembleia da República, referiu que o objectivo fundamental desta acção visou ouvir as Misericórdias do Distrito, no sentido de diagnosticar o actual estado de coisas. Referiu ainda que esta é uma área que merece a maior atenção por parte do PSD, atendendo à actual situação do País na vertente económica bem como as decorrentes repercussões na área social, evidenciando as situações conjunturais e estruturais que nela influem.

Quanto às Misericórdias, destacaram-se as críticas ao Governo na sua abordagem à vertente social, destacando-se a crítica generalizada do estado de "divórcio" latente.

Os protocolos de cooperação celebrados entre o Estado e a União das Misericórdias Portuguesas, têm sido, na opinião destas, incumpridos por parte do Governo, nomeadamente ao nível da transferência de apoios técnicos e financeiros, que inviabilizam que as instituições possam fazer face às constantes exigências, por manifesta falta de capacidade económica.

Segundo as Misericórdias, é urgente a renovação do modelo de regulamento das comparticipações aos utentes/famílias, tal como previsto no Pacto de Cooperação mas nunca cumprido. Reclamam ainda alteração legislativa, que permita ás instituições a verificação de rendimentos dos agregados familiares dos seus utentes, através das últimas notas de liquidação do IRS.

Note-se ainda que, transversalmente, as Misericóridas afirmam que os custos efectivos de cada valência ficam bastante aquém das comparticipações financeiras do Estado, acrescidas das contribuições dos próprios utentes, colocando já algumas instituições em situação financeira bastante débil, constrangindo o assegurar da qualidade dos serviços que pretendem prestar.

A tudo isto, soma-se a constante exigência, quer em termos logísticos quer em termos de quadros qualificados, exigência essa emanada pelo Estado, sem que as Misericóridas sejam envolvidas no processo.

O "retrato" deixado pelas Misericórdias do Distrito, foi pois um "muro de lamentações" e protesto sobre a forma como o Estado tem abordado a vertente social, determinante, como se sabe, na actual conjuntura.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

CONSELHO DISTRITAL DA UMP

Realizar-se-á amanhã, dia 09/02 na sede do Secretariado Regional da União das Misericórdias Portuguesas (Clube Vida, ex-Casa Vaz, em Golegã), o Conselho Distrital desse órgão.

A reunião tem como objectivo essencial o debate e a análise em torno de temáticas relacionadas com as preocupações das Misericóridias relativamente às parcerias com o Estado.

Saliento que a reunião foi solicitada pela Comissão Política Distrital do PSD, liderada pelo Deputado Vasco Cunha.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

AGENDA CULTURAL

Aqui bem ao lado, em Torres Novas e desde a sua reabertura, o Teatro Virgínia tem proporcionado uma agenda cultural de qualidade.

Da oferta, variada, destaco, já no próximo dia 09, "Os melhores sketches dos MONTY PYTHON". Com encenação de António Feio, tradução e adaptação de Nuno Markl e com os actores António Feio, Bruno Nogueira, Jorge Mourato, José Pedro Gomes e Miguel Guilherme. Um espectáculo imperdível para os fans dos Monty Python.
Destaque especial para o concerto de Mário Laginha e Bernardo Sassetti (15 de Março), dois dos pianistas mais consagrados do país. O concerto será baseado em originais de ambos e algumas canções de Zeca Afonso.
Realce ainda para o excelente documentário de Graça Castanheira, "Logo Existo" (05 de MArço), que se debruça sobre a vivência da doença após um ataque de AVC e sobre a capacidade humana de regeneração das aprendizagens, dos afectos e das memórias.

Para os amantes de poesia, poderá assistir a um "espectáculo-recital", por Escola da Noite, com poemas de Sophia de Mello Breyner Andressen, Adélia Prado, Manoel de Barros, Carlos de Oliveira e Alexandre O´Neil.
O Cáfé Concerto tem ainda uma oferta musical variada, desde o jazz ao fado, interpretações de saxofone e piano ou selecções musicais de DJ's locais.
Por último, destaco ainda, na Golegã, de 22 de Fevereiro a 13 de Abril, a exposição de pintura e desenho de Fernando Pereira, na galeria de Arte João Pedro Veiga, no Equuspólis.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

8º ANIVERSÁRIO DO NÚCLEO DO SPORTING

Para a comemoração do seu 8º aniversário, o Núcleo Sportinguista do Concelho da Golegã vai promover a realização de um jantar para assinalar a data, no próximo dia 07 de Março. Conta-se, como vem sendo hábito, com a presença de dirigentes e outras personalidades do Sporting Clube de Portugal.

Parabéns portanto a todos os que têm contribuído para a consolidação e evolução desta colectividade, desde os seus fundadores, aos seus quadros dirigentes e, em especial, aos seus associados.

Para os interessados, informo que no dia 15/02/08, realizar-se-á uma Assembleia Geral, na sede do Núcleo.


Para mais informações aceda a http://www.nucleoscpgolega.pt/



ANTÓNIO RODRIGUES, O PS E O ALMONDA

Segundo notícia avançada no Jornal Torrejano On-Line, o Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, António Rodrigues (PS) reconheceu finalmente um sub-dimensionamento da ETAR de Riachos, uma das importantes causas de poluição do rio Almonda, sabendo-se o resultado a jusante, no nosso Concelho.

Veicula a notícia, que uma deputada da CDU despoletou esta discussão em sede de Assembleia Municipal e levou o responsável máximo daquela autarquia a assumir esse facto, que antes havia sido pelo próprio sempre desmentido. Perante a “pressão” da bancada da CDU, sobre o facto das reclamações da Golegã, António Rodrigues “garantiu que nunca houve um contacto da Golegã no sentido de resolver as coisas…”.

Confesso que o Sr. Presidente da edilidade de Torres Novas não é dos que me inspiram mais confiança, mas a fazer fé no que afirma, compromete claramente o executivo da nossa autarquia o que nos pode levar a acreditar que nos últimos dez anos, muito pouco foi feito pela recuperação do rio.

Apenas a título de curiosidade, refira-se que o Sr. Presidente da Câmara de Torres Novas é também Presidente da Federação Distrital do PS tendo merecido, ao que sei, o apoio da estrutura local da Golegã, aquando da sua candidatura.

Faço questão de referir que o comentário que fiz relativo à necessária capacidade de intervenção dos partidos da oposição, aplica-se inteiramente e a dobrar no que ao partido do poder diz respeito.

Como diz e bem o Carlos Simões, este problema não se resume a querelas político-partidárias e tem sido uma lacuna transversal a todos, nas últimas décadas.

Assim saibam todos humildemente reconhecê-lo na altura devida.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

ACHADOS HISTÓRICOS EM AZINHAGA

(in RCE Golegã On-line, 30/01/2008)

"Há importantes achados históricos no concelho da Golegã que carecem de um maior aprofundamento. A ideia foi transmitida na última reunião de Câmara, pelo vereador social democrata, Carlos Simões.
Em causa está património arqueológico do Concelho com a existência de vestígios de uma eventual villa romana, na zona de Azinhaga e Pombalinho. O Vereador considera que seria benéfico para o Concelho que se revitalizasse o interesse da população, sobretudo mais jovem, pelo património arqueológico da Golegã e Azinhaga, pelas origens das gentes da terra. Carlos Simões disse ter tido acessoa alguma informação publicada em 2005 pelo investigador Júlio Manuel Pereira, que fez uma apresentação do "sítio arqueológico de Riba-Rio", localizado na margem direita do Rio Almonda, á entrada de Azinhaga. Para o Vereador, poderá ser possível conhecer muito melhor a história da Golegã. O executivo socialista, terá ficado agradado com as informações prestadas por Carlos Simões, que sugere agora parcerias, por exemplo, com o Instituto Politécnico de Tomar
".

O sempre atento e empenhado Carlos Simões! Parabéns.

(BONS) EXEMPLOS DE ASSOCIATIVISMO


Esta semana, um residente na Golegã, no caso o Sr. Dr. João Abreu prepara-se para receber o prémio de “O Mirante”, “Personalidade do Ano 2007”, na vertente do associativismo. Aproveito para lhe endereçar os meus sinceros parabéns pelo facto, pese embora a sua valorosa participação associativa não haja sido desenvolvida no nosso Concelho. Não é menos meritória por isso.
Já antes, o ano passado, (e aqui perdoem-me uma ponta de parcialidade), um goleganense havia sido reconhecido pelo trabalho desenvolvido ao longo de décadas, nas mais diversas áreas associativas, da desportiva à social, da lúdica à cultural. Falo naturalmente, não sem confessar uma ponta de vaidade, mas principalmente bastante orgulho, no meu pai.
Isto revela, que nas nossas terras, vão surgindo nesta matéria quadros de enorme valor, merecedores de reconhecimento público, acrescido pelo facto de o serem, integrados numa tão vasta região, como acontece.
O associativismo, em terras como as nossas, continua a assumir uma grande importância na vida das nossas comunidades. É uma das imagens de marca das sociedades da província.
Regra geral, estas actividades são desenvolvidas com grande espírito de missão, com sacrifício pessoal, familiar e até profissional dos que decidem dar algo de si mesmos às coisas das suas terras. Por consequência, aos outros.
Mas há, normalmente, uma característica que permite que esta “classe”, a dos voluntários e “carolas”, vá insistentemente resistindo às constantes mutações sociais: a paixão pelas causas. É por isso que, ao longo de muitos anos e enquanto crescia, fui aprendendo, justamente com o meu pai, que, como diz ainda repetidamente, “um voluntário não se queixa”, isso é “conversa” para os profissionais.
Mas os tempos foram mudando. Os ritmos de “vida” foram aumentando e cada vez as associações vão encontrando mais dificuldades em garantir a necessária e desejável renovação, até geracional, dos seus quadros dirigentes. Depois, os mais qualificados, integrados nas suas actividades, vão “sofrendo” uma tendencial maior exigência, fruto da cada vez maior competitividade dos mercados onde se inserem.
A par disto e não menos importante, tem sido a forma como o Estado “olha” para o associativismo, transportando, de forma por vezes questionável, uma responsabilização excessiva para os dirigentes, mesmo sendo claro que, em muitos casos, algumas associações acabam por constituir-se como solução a muitos problemas que o próprio Estado não consegue resolver. Este é mais um factor que vai contribuindo para o afastamento de quadros, em especial os mais jovens, das associações e colectividades das suas terras.
Mas, em particular neste Concelho e como se vê, vamos tendo ainda excelentes exemplos, que podem, os que quiserem, ir seguindo.

NOVA LEI AUTÁRQUICA E O NOSSO MUNICÍPIO

Relativamente à alteração da lei eleitoral dos órgãos das autarquias locais, devo confessar que mantenho algumas das reservas que já manifestei publicamente.

Cresci com a ideia de que modelo político estabelecido para as autarquias locais, enquanto contributo para a implantação e consolidação da democracia bem como para o desenvolvimento dos níveis de bem estar das populações, assentava num carácter de proporcionalidade representativa, justamente pelo seu carácter de poder local, bem mais “perto” das respectivas comunidades.

Essa proporcionalidade tem sido para mim pois, uma mais valia do modelo até agora em vigor, porque retrata de forma relativamente fiel a vontade expressa pelas populações, pelo exercer do seu dever cívico de eleger. Ou seja, quer as maiorias, quer as minorias, têm-se visto até aqui representadas nos organismos executivos de poder local. Com os benefícios e malefícios que isso tem vindo a causar, é certo.

Tem sido essa, para mim, a justificação das diferenças dos modelos adoptados para os órgãos executivos de poder loca e poder central.
Confesso que me sinto hoje seduzido pela possibilidade das alterações à lei, permitirem o assegurar de garantias de governabilidade e a prossecução da execução do programa eleitoral que sustentou a candidatura vencedora, o que até hoje nem sempre acontecia por imperativos de estratégias de oposição que, bastas vezes, tem colocado no seu posicionamento questões assumidamente de interesse partidário, em detrimento dos reais interesses da causa pública. Acho ainda que o acautelar da homogeneidade, da estabilidade e confiança na constituição do executivo municipal, são argumentos credores de atenção.

Por outro lado, desconfio desta maioria “administrativa” uma vez que proliferam, ainda em quantidade preocupante, executores do poder local, onde o caciquismo, o maqueísmo partidário e a manipulação dos órgãos em proveito de coisa que não a devida. Nesses casos, abrem-se portas para potenciar e permitir a proliferação dessa maleita.

Um dilema, pois.

Quanto ao órgão deliberativo, neste caso a Assembleia Municipal, estão também propostas alterações que merecem alguma análise. Pode ler-se na “exposição de motivos”, que “órgão deliberativo vê, por sua vez, reforçados os seus poderes de fiscalização e controlo.”. Mas, das que verifiquei, a que salta mais à vista é a possibilidade de aprovação de moções de rejeição do executivo.

Em relação à alteração do papel dos Presidentes de Juntas de Freguesia e atendendo à realidade de muitos Concelhos, não me parece sinceramente uma mais valia. Atenção pois aos partidos ou organizações concorrentes, para garantir a representação, enquanto deputados municipais, das diferentes Freguesias, no sentido de acautelar os seus interesses, ainda que colidindo pontualmente ou não, com os interesses dos partidos ou organizações pelos quais hajam sido eleitos.

Voltando ainda ao executivo (leia-se Câmara Municipal), garante-se a representação das forças políticas não vencedoras nesse grupo. Ora, em Municípios com menos de 10.000 eleitores isso não se verificará, mas sim a representação da força política não vencedora, segunda mais votada nas eleições. Porquê? Porque, se bem interpretei e tomando como referência o nosso caso, o Presidente eleito nomeará a maioria de 4 vereadores “disponíveis”, 3 portanto (vide a propósito o ponto 4 e seguintes, do Artigo 228.º). Assim, a alínea e) do ponto 3, Artigo 226º, prevê para este Município 1 vereador para a oposição.

Olhando para a história das nossas eleições, jamais se repetirá o acontecido em 1985 (PS –3 mandatos; CDU – 1 mandato e PRD – 1 mandato) e em 1989 (CDU – 3 mandatos; PSD – 1 mandato e PS – 1 mandato), estando três partidos e/ou coligações representadas no executivo.
Também o verificado em 1993 (CDU – 3 mandatos; PS - 2 mandatos), ou em 1997 (PS – 3 mandatos; CDU – 2 mandatos), será uma miragem enquanto esta lei, a ser aprovada, como se avizinha, vigorar.

Os cenários de 2001 e 2005, são pois para perpetuar. Independentemente dos seus protagonistas.

P.S.: Apenas 10% das Autarquias são governadas em maiorias relativas, sendo que parece que esta revisão legislativa, visa essencialmente os Municípios de maior dimensão e, por isso, de maior complexidade.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

SER OU NÃO SER POLÍTICO. EIS A QUESTÃO.

Num país em dificuldades e com a classe política em enorme descrédito, faço um esforço por continuar a acreditar na política e nos políticos.

Acredito no poder da política como instrumento de intervenção.

Sei que tem vícios, que nem sempre respeita os princípios da defesa exclusiva do bem público. Sei que a política é cada vez mais encarada com distanciamento e desconfiança. Sei que os laços que ligam eleitos e eleitores são cada vez mais frágeis, sem dúvida por maior culpa dos primeiros, sem eliminar contudo algumas responsabilidades dos segundos. Mas esforço-me por continuar a acreditar.

Não será porventura fácil combater a impopularidade dos políticos e diminuir o fosso que os separa dos que os elegem. Confesso que é para mim inquietante essa realidade.

É necessária pois uma conduta necessariamente diferente. Uma “revolução cultural” naquilo que é o exercício do cargo público elegível. É imprescindível a recuperação da necessidade de participação que resultará por certo na valorização do seu estatuto.

Torna-se por isso urgente que os partidos políticos promovam uma cultura de exigência, sendo que o mesmo defendo para os que elegem. Sou, ideologicamente, um social-democrata e revejo-me no projecto de Sá Carneiro que, atendendo à idiossincrasia do País, concebeu um projecto de social democracia, assente num modelo reformista e personalista. Acredito na teorização e na construção de uma comunidade com elevada intervenção individual e tenho como verdade que as questões económicas e morais promovem a resolução de problemas estruturais sociais.

Vejo hoje, com alguma tristeza, que políticos de facto se procurem alhear da classe. Que procurem ficar fora do sistema. Que insinuem não ser o que realmente são. Políticos, pois claro!

Felizmente muitos existem ainda, que assumem a colagem à classe, prestigiando-a com a sua dedicação à coisa pública e que por ela se batem. Ou seja, assumem-se no interior do sistema, sem deixarem de se bater por valores primordiais de conduta. É esse, na minha opinião, o caminho para a moralização do sector.

Os Srs. Presidentes da República e do nosso município são dois paradigmas do que acima descrevo. O primeiro com o auto-retrato de “político não profissional”, o segundo reclamando para si o epíteto de “médico-autarca”. Ambos não querem ser políticos, nem conotados com tal classe. Sendo-o no entanto. Compreendo melhor o primeiro, sendo que depreendi dessa posição uma manifestação clara de não dependência de cargos públicos aquando do seu abandono da política activa. Não foi nomeado para governador de coisa nenhuma; não foi enviado como alto comissário de coisa qualquer; foi destacado para nada. Afirmou-o ainda enquanto candidato e não em pleno exercício do cargo. Talvez hoje não diga o mesmo, porque, agora, é político profissional. E dos bons!

Já o segundo, em pleno exercício de funções, tem procurado alhear-se da tal classe denegrida e desprovida de crédito. Percebo-o, porque “leio” na sua atitude o reclamar de diferenciação na postura. Mas a realidade é que o “médico-autarca”(verdade insofismável, diga-se) é político. Porque pratica e exerce diariamente um cargo político; porque tem competências executivas num organismo do estado, em cargo elegível pela via política; porque, como o próprio assumiu, teve intervenção partidária no PS, em especial na, cito, “introdução de método e cultura organizacional”. Por este conjunto de razões, o Sr. Presidente da Câmara é, como não podia deixar de ser, político.