sexta-feira, 26 de março de 2010

LIGA SAGRES - JORNADA DECISIVA

Grande jogo da Liga Sagres este fim-de-semana. Se o Benfica ganhar acredito que será campeão folgado e nesse cenário o FC Porto pode ressurgir na luta pelo acesso à Liga dos Campeões. Se perder teremos campeonato até ao fim e qualquer vaticínio pode morrer à nascença.

Mas a maior curiosidade que tenho é que papel poderá ter o meu Sporting na decisão final do título, já que nada mais me resta para me manter atento?

quarta-feira, 24 de março de 2010

OBRIGADO ZÉ...

Afinal a providência cautelar que o Zé (José Sá Fernandes) interpôs relativamente à construção do Túnel do Marquês, custou aos cofres do estado qualquer coisa como 18,5 MILHÕES DE EUROS.

A Câmara Municipal de Lisboa chegou a ser condenada por tribunal arbitral ao pagamento de mais de 23 MILHÕES DE EUROS para compensar o consórcio por trabalhos a mais e pelos sete meses em que a obra esteve parada. Depois do município ter pedido a anulação da decisão acabou por ser concluída a negociação com o consórcio para resolver o contencioso sobre a obra, criando-se condições para a conclusão do último ramo do túnel.

O acordo prevê a desistência de todos os processos judiciais sobre o assunto e o pagamento de 18,5 MILHÕES, sendo que a maior parte do dinheiro terá sido pago até ao final de 2009.

Pela parte que me toca e já que não estou nada farto de pagar impostos, deixo uma curta mas sentida mensagem:

Obrigado Zé.

COMISSÃO DE INQUÉRITO

PSD NO ARAME... SEM REDE

A recentemente criada Comissão de Inquérito para analisar o eventual negócio PT/TVI fez "entornar o caldo", mais uma vez, entre o PSD e o PS (e Sócrates). O facto da mesma ter sido sugerida por PSD e BE foi a cereja no topo do bolo para Sócrates fazer aquilo que realmente faz bem.

Eu duvido que da Comissão de Inquérito venham a sair respostas objectivas para a questão central, que está no auge deste debate e que é: Mentiu Sócrates ao parlamento a propósito desse negócio ou não? Todos temos muitas dúvidas. Muitos de nós suspeitamos que Sócrates sabia de tudo. O Presidente da República suspeita que Sócrates sabia de tudo. Todos os partidos da oposição suspeitam que Sócrates sabia de tudo. Será que se vai conseguir provar que, confirmando todas estas suspeições, Sócrates afinal, real e inequivocamente sabia de tudo? Pois eu acho que não.

E se assim for, Sócrates pode bem sair por cima e o PSD por baixo. E numa altura tão crítica (crise económica, problemas sociais, desemprego, etc) e onde matérias tão importantes estão em cima da mesa (PEC, orçamento de estado, etc), não esquecendo a fase de transição de liderança no maior partido da oposição, resta saber se o povo português está sequer interessado em saber na sua maioria se Sócrates mentiu ou deixou de mentir.

Nas últimas legislativas os portugueses não encaixaram questões destas, essência da "política de verdade". E se os resultados da Comissão de Inquérito forem inconclusivos quanto a esta matéria, alguém vai pagar esta factura. E esse alguém não vai ser Sócrates...

terça-feira, 23 de março de 2010

IPSS DEIXAM DE SER PENALIZADAS NO REEMBOLSO DO IVA

E VÃO PODER BENEFICIAR DE 0,5% DE IRS

O Ministro das Finanças anunciou recentemente pretender alterar a lei que obriga as IPSS, igrejas e comunidades religiosas a renunciarem à devolução do IVA caso se candidatem a beneficiárias de 0,5% do IRS pago pelos contribuintes.

Como é sabido, as instituições sem fins lucrativos, nomeadamente as que acima invoco, podem candidatar-se a ser beneficiárias daquela percentagem de IRS e podem todos os contribuintes escolher uma instituição a quem pretendam doar essa verba em vez de o entregarem aos cofres do Estado. Para o efeito, basta assinalar no anexo H (quadro 9) da declaração de IRS e inscrever o número de identificação fiscal da entidade para a qual pretendem contribuir.

Segundo Teixeira dos Santos, essas entidades não devem ver cerceado o direito ao reembolso do IVA ao candidatarem-se a ser beneficiárias de IRS, até porque as instituições inactivas acabam por beneficiar desta medida, ao invés das outras, decorrente da sua actividade, terão sempre IVA a receber.

Aplaudo a medida, que tem vindo de resto a ser reclamada à imenso tempo.

ELEIÇÕES DIRECTAS NO PSD

DEBATE A 4 NA TV

Com as eleições a realizarem-se já na próxima sexta-feira, os candidatos esgrimiram ontem na RTP os seus argumentos, no primeiro e último (julgo) debate a 4.

Vi e ouvi com atenção e partilho aqui a minha perspectiva do mesmo.

Em primeiro lugar, num debate desta natureza e televisionado, foi evidente a tentativa dos candidatos em falarem aos militantes e ao País ao mesmo tempo o que, dadas as circunstâncias, é matéria por si só suficientemente complexa.

Pedro Passos Coelho
A fazer fé nas sondagens publicadas no Sol deste fim-de-semana, chegou a este debate com vantagem sobre os adversários. Geriu-a bem na generalidade. A escaramuça entre Aguiar Branco (AB) e Paulo Rangel (PR) correu-lhe bem e teve a prudência de não se meter no assunto. Parece algo ambíguo nalgumas questões (talvez pela questão que acima invoco de ter que falar ao País e aos militantes), nomeadamente em relação à eventual queda do Governo: por um lado afirma não ter grande pressa (para fora), por outro parece colocar isso no topo das prioridades (para dentro). Pareceu-me mal na questão do Procurador Geral da República(PGR), tentando depois emendar, mas tarde demais. Ficou a ideia de querer partidarizar e politizar o cargo. Igualmente mal na questão do apoio à potencial candidatura de Cavaco Silva. Já tinha passado por isso no Congresso e não vi necessidade de repeti-lo. Quando afirma "...mas se ficam mais tranquilos, eu quero aqui dizer que, com entusiasmo apoiarei Cavaco Silva", dando a sensação de o dizer mais por pressão do que de forma espontânea. Quanto ao PEC defende voto contra. Em relação à actual liderança mostrou total desprendimento, parecendo querer dizer que não lhe deve fidelidade nem lealdade, coisa que o passado recente ajuda a perceber.

Paulo Rangel
Pegou-se com AB sobre a polémica das assinaturas, não conseguindo conter-se num ataque esperto do seu opositor. Destapou com isso um pouco a ideia que estarão a disputar uma franja de eleitorado comum. Muito bem na forma e no conteúdo como refreou a questão da eventual moção de censura, lembrando que o PSD sozinho não o conseguirá. Foi talvez o mais anti-governo de todos, o mais aguerrido contra Sócrates. Em termos tácticos muito bem ainda na questão do PGR, lembrando que isso poderá favorecer o PS e aliviá-lo de algumas responsabilidades - bateu aos pontos PPC nesta questão. Ainda assim talvez aquele com mais ideias para o País, que de resto foram pouco debatidas (o debate só durou 50 minutos). . Pareceu algo intermitente na relação de lealdade à actual liderança, ora atacando-a (via líder do grupo parlamentar - AB), ora defendendo-a, parecendo querer "sol na eira e chuva no nabal".

José Pedro Aguiar Branco
Muito esperto no despoletar da questão das assinaturas da candidatura face a PR, conseguindo tirá-lo do registo. Muito bem na pressão sobre PPC em relação à eventual recandidatura de Cavaco Silva. Excelente sentido de responsabilidade na questão do PGR, afirmando inequivocamente que o mesmo "não pode ser arma de arremesso político", reforçando mais a ideia da despolitização da justiça que os seus adversários. Foi mais concreto e mais assertivo em relação às eventuais consequências da comissão de inquérito ao caso PT/TVI. Quanto ao PEC, AB assume que, caso vença as eleições, o PSD se absterá em prol da estabilidade governativa - visão que me parece responsável, dada a actual conjuntura económica e política. Respondeu muito bem a PR nas críticas enquanto líder parlamentar, relembrando que exerce o cargo em sintonia com a direcção do Partido, procurando comprometer PR com uma crítica implícita à a actual Presidente. Manteve-se bastante leal à actual direcção do Partido e muito fiel aquela que foi a sua posição no passado recente. Na forma (a maldita questão da imagem...) sabemos que não é o melhor. No resto não me pareceu inferior em nada aos concorrentes.

Castanheira Barros
Ingenuidade já depois do final do debate dizendo que trazia trunfos na manga mas não teve tempo para os apresentar - um deles seria o facto de Marcelo Rebelo de Sousa ser o "seu" candidato a Primeiro Ministro. O único que não se assume como candidato a Primeiro Ministro, mas apenas a Presidente do PSD. Manifestou total apoio a Jardim e Cavaco. Contra o PEC, que apelidou de PIDE. Pouco mais a registar.

sábado, 20 de março de 2010

ALTERAÇÕES DE "MEIAS-TINTAS"

MELHORAS LIGEIRAS PARA AUTOMOBILISTAS
TRANSEUNTES QUE SE LIXEM

Já tinha aqui falado na necessidade da reabertura da Travessa da Misericórdia ao trânsito, embora integrada numa alteração substancial da Rua Agostinho Macedo, não apenas na adopção de um sentido único para viaturas, mas também alterando e melhorando as condições de acessibilidade a pedestres, com a eliminação de passeios, ao jeito de resto do que foi feito na Rua D. Afonso Henriques.

O objectivo do conjunto de alterações sugeridas visava o benefício das condições de mobilidade automóvel e, cumulativamente, o benefício das condições para os que andam a pé, numa artéria onde congestionamentos vários são mais que evidentes.

O artigo de que falo data de Junho de 2008. A Travessa da Misericórdia reabriu em finais Fevereiro de 2010.

Mas as alterações na Agostinho Macedo (mais conhecida entre nós pela Rua do Paiva) ficaram pelas "meias-tintas". E quando falo em "meias-tintas" falo no sentido figurado, mas também na sua verdadeira acepção. E porquê "meias-tintas"? Porque se proibiu o acesso a quem vem de Sul (Azinhaga) e de Norte (por detrás do antigo Hospital) mas não se restringiu o sentido Hotel/Praça, para quem vem do lado da Câmara. Em resumo, os problemas na Agostinho Macedo continuam como estavam. Só melhorou um pouco o acesso.

As razões invocadas para a alteração são evidentes. Virar para a Agostinho Macedo era complicado, pela reduzida largura da via, quando nessa estavam viaturas paradas no semáforo. A preocupação foi em relação aos automobilistas. Os transeuntes continuam com os problemas de sempre. As pessoas com mobilidade condicionada foram novamente esquecidas em mais uma demonstração clara de ausência de um plano que vise melhorar as acessibilidades, também na via pública. Foi pena.

E já agora que reabriu, façam lá o favor de colocar a sinalização como deve ser (ver foto no início). É só dar a cambalhota ao sinal... Está assinalado e tudo!

E esta foi de borla...

sexta-feira, 19 de março de 2010

MAIS UMA JORNADA EUROPEIA À SPORTING

ESFORÇO, DEDICAÇÃO, DEVOÇÃO E ... FRUSTRAÇÃO

Mais uma jornada europeia "à Sporting" dos últimos 30 anos. Morreu na praia, mas bateu-se bem. Teve carácter, teve personalidade e teve azar, à Sporting. O minuto 52 podia ter mudado a história, com duas oportunidades claras de golo. Mas não mudou porque tivémos azar. Tivémos problemas com ausências. Não puderam jogar por lesões e castigos Grimi, Carriço, Tonel, Yannick. À Sporting, houve um caso antes do jogo com Izmailov, que não se sentia bem. Depois houve Aguero (um portento de talento puro), que normalmente os outros têm e o Sporting não. Mas temos a consolação de termos uma equipa jovem, onde 6 dos titulares são produtos da "cantera" e isso só o Sporting tem. Os outros podem ter sucesso desportivo, mas não têm isso.

O público aplaudiu, mas saiu frustrado. À Sporting.

A frustração também cansa e desmotiva. É assim há anos demais.

Será sina, esta coisa de acabar sempre à Sporting?

quinta-feira, 18 de março de 2010

LEVAR ISTO AO PARLAMENTO?!

O Congresso do PSD fez asneira. Aprovou uma medida estatutária sem sentido. Mas pegar nessa coisa sem sentido e querer levá-la à discussão na Assembleia da República é de ir às lágrimas.

Francisco Assis não teria mais nada para dizer?

E o Sócrates, concorda? Sócrates ou Trócas-te? Dúvida decorrente dos lapsos do quarto poder...

quarta-feira, 17 de março de 2010

32º CONGRESSO NACIONAL DO PSD

Não tinha ainda tido a oportunidade de partilhar algumas breves sobre o Congresso, que segui com a máxima atenção no fim-de-semana passado.

Acho que tudo já foi dito, mas não queria deixar de partilhar aqui algumas ideias.

Positivo: o "clima" verificado a fazer lembrar os míticos Congressos do passado que as directas vieram aniquilar; a utilidade, porque me pareceu bem discutir o partido antes das directas de 26 próximo; o reaparecimento das anteriores lideranças - parece-me que Luis Filipe Menezes, Santana Lopes, Marques Mendes e Marcelo Rebelo de Sousa ainda não tinham participado em nenhum após terem liderado o partido - que intervieram com um forte apelo à serenidade, à moderação e à responsabilidade; as candidaturas, que debateram com elevação as suas propostas para o partido e para o País; a primeira parte do discurso de Pedro Passos Coelho; a capacidade de Paulo Rangel para "comícios";

Negativo: o facto de ser o 32º em 35 anos de "vida"; a apresentação da proposta da "lei da rolha" por parte de Santana Lopes; a descabida aprovação da mesma - acho sinceramente que imensos delegados nem tiveram noção do que estavam a aprovar e deram enorme "tiro no pé"; a falta de quorum na votação da proposta para eleição com segunda volta - seria importante para reforço da legitimação de lideranças futuras; o deslize infantil de Pedro Passos Coelho com Alberto João Jardim; Rui Manchete na confusão inicial quanto à duração do Congresso.

Outros relevos: discurso de Fernando Costa - basista, talvez popular mas extremamente eficaz e, já agora, bem disposto; a "ratice" de Alberto João Jardim depois do deslize de Pedro Passos Coelho, quando se sentou junto a Paulo Rangel; sobriedade de Manuela Ferreira Leite, a dar palco a quem tem que o ter; Verticalidade e coerência no discurso de José Pedro Aguiar Branco. E já agora, fidelidade e gratidão.

Genericamente gostei, mas aquele primeiro dia merecia um segundo mais feliz.