segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

UM SANTO NATAL PARA TODOS



Que todos o possamos passar com saúde, junto daqueles de quem gostamos e que gostam de nós.
Desta vez é que já não consigo desejar um próspero 2012 !!!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A TRETA





Jorge Jesus, à época treinador do Belenenses, celebrizou a frase "O fair-play é uma treta".

Não é, de facto, se considerarmos a ética desportiva aplicada ao jogo, na tentativa de potenciar a sua verdade, a sua lealdade de o restringir à tentativa da supermacia de um oponente face ao outro, sem subterfúgios menos lícitos ou habilidades eticamente questionáveis.
Por essa razão e procurando preservar a verdade desportiva, as instâncias internacionais do futebol (neste caso) têm-se preocupado em fomentar os valores do respeito e da lealdade inerentes ao “fair-play” entre todos os agentes envolvidos na prática desportiva.

Na prática, sabemos que o bem português adágio popular "faz o que eu digo, não faças o que eu faço" fala muitas vezes bem mais alto que a teorização da verdade e lealdade desportivas. Não, não vou falar do apito dourado ou de casos de corrução em vários organismos, nacionais e internacionais. Vou apenas falar de Jorge Jesus.
E tenho que lhe dar meia-razão em relação ao facto desta coisa ser uma treta. Pela simples razão de, com persistência, veriricarmos que o fair-play se resume aos momentos de mandar a bola para fora quando um adversário está no chão e mesmo assim depende das circunstâncias desses momentos. É uma treta realmente.

E vai continuar a ser uma treta por muitos anos, tantoS mais quantos "Jorges Jesuses" forem aparecendo e proliferando por aí.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

1º CONGRESSO DISTRITAL DO PSD

Vasco Cunha


Realizou-se no passado sábado em Santarém o 1º Congresso Distrital do PSD, organizado pela Comissão Política Distrital liderada por Vasco Cunha, em colaboração com todas as 21 Comissões Políticas Concelhias do distrito, bem como com todas as suas estruturas autónomas, a Juventude Social Democrática (JSD), os Trabalhadores Sociais-Democratas (TSD) e os Autarcas Sociais-Democratas (ASD).

Durante mais de um ano e após 21 sessões Concelhias e 7 sessões de natureza supra-municipal, com 2 reuniões organizadas em Fátima e no Cartaxo e dezenas de reuniões informais com os 21 Grupos de Trabalho, contando com a presença de mais de 600 militantes e cidadãos independentes, esta iniciativa inédita e pioneira na vida do PSD culminou neste Congresso Distrital, que viria a aprovar por unanimidade a moção apresentada pela CPD.

Seria injusto não realçar o trabalho de Vasco Cunha, na qualidade de presidente da Distrital e de todos os que o acompanharam neste trajecto. Esta é uma forma séria de fazer política, diagnosticando problemas, abrindo as estruturas intermédias do Partido às Concelhias e independentes, promovendo o diálogo, a discussão e o estudo sobre o estado da nossa região em geral e de cada um dos nossos Concelhos, em particular.

Como referiu o Presidente da Mesa da Assembleia Distrital, o também Ministro Miguel Relvas, a tendência dos partidos que estão no poder tem sido, ao longo dos anos, a de se fecharem sobre si mesmo. Esta iniciativa representa também a inversão dessa tendência.

A moção aprovada aponta caminhos que visam solucionar as situações diagnosticadas, numa lógica integrada e também isso representa uma mais valia desta iniciativa. Espero e desejo que este trabalho não se tenha esgotado com a realização do Congresso e que possa ser aproveitado pelas concelhias, que dispõem agora de um auxílio precioso para elaboração das suas estratégias e das suas propostas, elevando certamente o nível do debate político local na substância e na pertinência. Sai a ganhar o Partido mas também cada um dos municípios do nosso Distrito.

Este trabalho constituiu na minha opinião um marco político relevante na história do PSD Distrital, que o futuro se encarregará certamente de confirmar.

PERDER CUSTA SEMPRE...

Mas nem sempre custa o mesmo.


Longe de ser apologista das chamadas vitórias morais, o desempenho demonstrado pelo Sporting na Luz este fim-de-semana evidencia o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido desde o início da época pela estrutura do futebol e, por consequência, a qualidade dos jogadores e treinador, num claro rompimento com o passado recente.

É diferente claro ter Pongolle ou ter Van Wolfswinkel, como é diferente ter Maniche ou Elias, Onyewu ou Torsiglieri, Diego Capel ou Vukcevic e por aí fora. Ter Domingos como treinador também não será o mesmo que ter Paulo Sérgio, como ter Carlos Freitas não é a mesma coisa que ter Costinha. Tudo mudou, para melhor.

Usando a velha frase feita, "se houvesse justiça no futebol, o Sporting não teria perdido na Luz". Mas os resultados fazem-se de golos e o adversário marcou e nós não. A diferença mais marcante foi essa, os três pontos ficaram nos da casa e a distância aumentou para 4. Mas isso, sendo o mais importante, não apaga a forma determinada e organizada como o Sporting jogou na Luz. Não apaga a qualidade demonstrada, obrigando o Benfica a abdicar dos seus princípios de jogo e a alterar a sua estrutura táctica habitual, também motivada pela expulsão de Cardozo.

E é importante reforçar que defrontámos em sua casa um adversário que atravessa um momento de elevado rendimento, sem esquecer a qualidade do seu plantel e do seu treinador.

Ainda assim e depois de um início de época conturbado, a equipa encontrou um modelo, um rumo, uma estratégia, personificada por jogadores de grande qualidade, como são (além dos que referi em cima) Schaars, Insúa, Polga, João Pereira, Carrillo, Rinaudo, Matias Fernandes e Rui Patrício.

Resolvendo os problemas clínicos (crónicos?) de Izmailov, Rodriguez e Jeffren, o treinador ficará com um plantel à disposição que lhe dará certamente garantias de uma boa época, que, desejamos, seja traduzida em títulos quando se fecharem as contas.

Aliás, a comunicação social deu antes do derby eterno muito mais enfoque ao facto do Benfica não ter Luisão, do que ao facto do Sporting não ter, além dos três que acima refiro, também Rinaudo, todos potenciais titulares na equipa, que lhe confeririam certamente mais soluções, designadamente nos processos ofensivos.

Perdemos o jogo, é certo, e perdemos (outra vez) Matias Fernandez - lesão muscular - e Schaars - 4º cartão amarelo -, que eleva provavelmente para 6 o número de indisponíveis para o próximo jogo do campeonato. Cerca de meia equipa de jogadores de qualidade indiscutível. Por muita criatividade e competência que Domingos tenha, não será fácil manter o nível elevado com tanta mão-de-obra tão valorosa de fora.

Em relação à "gaiola", ao penalti de Jardel sobre Onyewu ou aos critérios que determinaram a expulsão de Cardozo, não tenho muito a dizer já que vêm no seguimento das características dominantes do futebol português, sempre muito cheias destes detalhes.

Desejo apenas que, quando nos voltarmos a encontrar e Alvalada a história se possa repetir (em termos de desempenho) mas que o resultado nos seja favorável, como pode ser.

sábado, 15 de outubro de 2011

OE MAIS DURO DE SEMPRE !

Parece reunir consenso esta observação.
Como parece reunir consenso a prespectiva da uma fortíssima contracção do consumo e da economia.
Não há um só português que possa ter ficado indiferente ao recente anúncio de Pedro Passos Coelho sobre as medidas de austeridade, nem um apenas que tenha ficado contente com elas.
São medidas duríssimas, penalizadoras para funcionários e pensionistas da função pública como julgo que jamais foram.

Mais do que relembrar o buraco imenso cavado pelo anterior governo - duplicou a dívida soberana em apenas 6 anos - ou recordar como em 2009 se aumentaram irresponsavelmente esses mesmos funcionários públicos em 3% - que ao que parece o estado não sabe bem quantos são ao certo - e que se reduziu o IVA para ganhar eleições, ou ainda questionar para que servem os mais de 30 milhões gastos no aeroporto de Beja, que ainda nem sequer atingiu a marca de 800 passageiros, importará procurar alternativas diferentes das agora anunciadas.

Todos percebemos que temos objectivos a atingir para garantir a continuidade do financiamento acordado com a troika, sem o qual não nos sustentávamos. Todos já percebemos que na Madeira afinal não haviam só túneis nas estradas, mas também nas finanças regionais. Todos já entendemos que também por cá, pelo continente, haviam um conjunto de despesas não quantificadas que desagravavam e mascaravam o défice.

É líquido também que estas medidas vão ter efeito recessivo. Preocupa-me o facto de ser eminente uma redução substancial da receita fiscal prevista - por redução no consumo e aumento da economia paralela - que possa obrigar a um orçamento rectificativo ainda mais austero e assim sucessivamente.

E a banca. A banca que não tem liquidez para financiar a economia, facto que me preocupa na mesma medida. Milhares de micro, pequenas e médias empresas estão já a cumprir planos de amortização de dívida à banca - por ela impostos - porque ficaram entretanto numa situação difícil. Isso mesmo. Já não se trata apenas de não ter acesso ao crédito, como de devolver o crédito acordado, numa fase de declínio gritante de actividade, o que acarreta problemas acrescidos aos que a conjuntura actual por sí já impõe. Antevejo mais uns milhares de falências e outros tantos milhares a engrossarem as filas do desemprego.

Tinha a expectativa de que medidas austeras viriam. Estavam de resto anunciadas como tal desde a concretização do acordo de financiamento com a troika. Mas tinha também a expectativa de que a redução da despesa fosse de ordem tal que atenuasse a austeridade do lado da receita. Não foi bem assim, apesar de terem sido dados passos nesse sentido. Também percebo que em 3 ou 4 meses não se podem fazer milagres.

Sabemos que temos um financiamento acordado e que a sua concretização dependerá do cumprimento dos objectivos. Sabemos que temos que os cumprir porque o seu contrário fará com estas medidas de austeridade pareçam afinal soft se comparadas com o que aí viria.
O problema está nas alternativas às medidas para atingirmos os rácios negociados. Ainda não vi ou ouvi alternativas de facto que viablizem uma solução interna que permitam atingir os objectivos sem que tão violentas medidas sejam necessárias. Questiono até se elas existirão, no plano interno nacional.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

E AGORA VAMOS TIRAR UM VEREADOR - Pode ser?

A austeridade chegou ao nosso município, como haveria de chegar. Eles diziam que não, mas cá chegou.

Reduzidas algumas receitas importantes, nomeadamente ao nível das transferências da administração central, a CMG não teve outro remédio senão emendar a mão e apertar o cinto.
Se já eram desaconselháveis gastos excessivos em quadros a óleo, ou coisa que o valha, agora nem se fala. Se já teria sido prudente avaliar o impacto de alguns investimentos, nomeadamente em património edificado, agora não há nada p´ra ninguém. Muitos deles estão lá, com muitos custos para suportar, durante muito tempo. Ao ponto de aparentemente termos que entalar o novo Centro de Saúde num beco de um estacionamento.
A redução de custos parece agora ter chegado ao pessoal, atendendo às pessoas que têm vindo a sair no terminus dos seus contratos, dando mais um empurrãozinho à taxa de desemprego.

E as receitas. Não parece haver margem para reduções. Nem no IMI, nem na derrama, nem no IRS, nem em lado nenhum. Sabemos que uma gestão prudente não deve ser populista mas antes realista e rigorosa. Sabemos que atravessamos tempos difíceis e que medidas austeras são necessárias para garantir o necessário equilíbrio financeiro, de forma a não comprometer a sustentabilidade.

Mas mesmo a ter essa noção perfeita, não posso deixar passar sem que fique aqui esta questão: se saem trabalhadores para redução de custos; se não há margem para aliviar receitas - algumas com possibilidades de terem impacto directo na carteira dos munícipes - não seria uma boa oportunidade para reduzir os custos com o executivo municipal?

É que se já era escandalosa a quantidade de vereadores a tempo inteiro - máximo absoluto da história da nossa democracia local - é agora um atentado moral que o executivo rosa se vire para todos os lados, menos para dentro de si mesmo. Existe aqui um claríssimo controle partidário da instituição local e parece que isso nos passa ao lado, como senão andássemos todos a dar para esse peditório.

E seria importante que o PS/Golegã clarificasse a sua posição: está a favor ou contra esta enormidade? Estará apenas sujeito à vontade do líder da autarquia, independente, como se sabe, ou corrobora desta situação? É que como diz o povo, quem cala consente e nem que seja por omissão, a ideia que fica é que os socialistas locais nada têm contra o facto, estando por dedução, a favor.

Se existem momentos em que os políticos devem dar exemplos, não encontro nenhum melhor que este para que o PS assuma de vez o seu erro e reduza rapidamente os custos com o executivo municipal. Por uma questão de solidariedade política e social, para com aqueles que também contribuem para alimentar este "badocha" que é o Estado Português e, como se vê, os seus tentáculos locais.

Se vier, a medida vem tarde. Mas antes tarde que nunca.

RESULTADOS ELEITORAIS - GOLEGÃ

Aqui ficam os resultados das Eleições Legislativas de ontem, no Concelho da Golegã.


Ao nível do Concelho o PSD saiu vencedor, registando a subida mais significativa relativamente aos resultados obtidos em 2009, ainda assim abaixo dos resultados nacionais, o que não é de estranhar, dado o seu "tendão de Aquiles", Azinhaga.
PS com pior resultado dos últimos 24 anos, foi o grande derrotado.
CDS com boa votação, acima dos seus resultados nacionais e a melhor de sempre no Concelho.
CDU manteve praticamente o seu eleitorado, como é habitual.
BE também perde mais de metade dos votos obtidos em 2009.

Na freguesia da Golegã PSD acentuou a sua supremacia, crescendo mais de 13% face a 2009 e é o grande vencedor.
PS com perde mais de 8% em relação a 2009.
CDS cresce relativamente às eleições anteriores e obtém muito bom resultado.
CDU mantém praticamente o seu eleitorado, perdendo apenas cerca de 1.5%.
BE perde mais de 50%.

PS vence em Azinhaga, com apenas mais 3 votos que a CDU, caindo quase 7%. Na desgraça que foram os resultados salva aqui a "honra do convento".
CDU igual a si própria em Azinhaga onde faz a mesma percentagem que em 2009.
PSD é o partido que mais cresce em Azinhaga (5.6%) mas ainda assim não consegue descolar do 3º lugar.
CDS também cresce (4.3%) e faz um bom resultado num eleitorado que também lhe é hostil.

Assim e resumindo, por aqui nada de novo:
PSD é o claro vencedor;
CDS a seguir;
CDU fica praticamente igual;
PS com queda estrondosa;
BE com maior perda de votos de todos.

PS EM OPOSIÇÃO - Como será agora?

Portugal unido e forte é justamente o que todos nós desejamos e, mais importante, necessitamos. Portugal unido passará desde logo pela abordagem política no parlamento ao nível da concertação social, fundamental para a estabilidade de qualquer governo.

Eu tenho receio que tal não seja possível nesse âmbito. Já nem falo da colaboração do PS em matérias carentes de alteração, algumas que necessitarão claramente de revisão constitucional. Olho o PS e lembro-me do partido da última metade da década de 80 e primeira metade dos anos 90. Lembro-me bem da sua participação na contestação social ao então governo de Cavaco Silva. Lembro-me bem do aproveitamento do caso das portagens da ponte 25 de Abril, dos acontecimentos na fábrica Pereira Roldão e muitos outros casos.

As cúpulas do PS bem avisaram na campanha que PSD e CDS terão mais dificuldade em conter a contestação social que se avizinha num futuro próximo. Imagino que João Proença e a socialista UGT não terão a partir de agora mãos a medir, imaginando ainda o corropio que deve andar por ali.

Estou expectante quanto à posição do PS oposição vs. PS governo em relação ao cumprimento do acordo que o próprio PS assinou com a troika estrangeira. É que esse acordo assume que Portugal terá que assumir medidas de austeridade no sentido de alguma liberalização em matéria económica, do emagrecimento do Estado e do controle das finanças públicas também pelo lado da receita, leia-se provável aumento de impostos. Segundo julgo saber, o PS assumiu ainda com a troika rever a lei laboral, desagravando por exemplo os valores das indemnizações nos despedimentos. Entre muitos objectivos constantes do memorando de entendimento, aguardemos pela diferença do antigo PS para o novo PS.

Não espero ainda assim uma transformação imediata. O PS vai necessitar de algum tempo. Tempo para eleger a nova liderança; tempo para que essa liderança vença o fantasma de Sócrates; tempo para digerir uma derrota mais substancial que esperava; tempo para adaptar o aparelho partidário à nova realidade; tempo para deixar esquecer que foi o outro PS que assinou o acordo de ajuda externa. Esse será também o tempo do estado de graça de Passos Coelho e do PSD, que antevejo mais curto que o normal.

A partir daí teremos um renovado PS, firme na contestação social, agressivo na crítica ao governo, procurando demonstrar que não teve nada que ver com a governação dos últimos 15 anos. Teremos um PS que irá contradizer muito daquilo que defendeu na campanha eleitoral no que diz respeito ao diálogo partidário e à necessidade premente da estabilização do ambiente político pela supremacia do supremo interesse nacional.

Digo-vos com a mesma sinceridade que espero estar enganado, porque Portugal precisa de um PS forte e responsável, actuando no sentido de dar a sua colaboração de grande partido que é ao desenvolvimento do País.

AÍ ESTÁ A MUDANÇA



Passos Coelho e o PSD protagonizaram ontem a tão desejada mudança, através do voto inequívoco dos portugueses.
Numa vitória que apesar de não ter sido de maioria absoluta - faltaram 8 deputados, prevendo o que pode vir de fora ainda - foi expressiva o suficiente para clarificar o peso político que o PSD deverá assumir na governação de Portugal, juntamente com o CDS que obteve igualmente um bom resultado.
A propósito, deixem-me sublinhar o facto pouco habitual de ambos os partidos terem crescido na mesma eleição, facto esse que explicará quase na totalidade o porquê do PSD não ter obtido a maioria absoluta.
Aí está pois a mudança.
Espero agora que além daquilo em que não tenho muitas dúvidas que irá mudar - um conjunto de políticas em sectores nevrálgicos da nossa sociedade - o PSD tenha também o mérito de conseguir mudar algo fundamental no nosso sistema: resistir à tentação do aparelhismo partidário, dos jobs for the boys e do controle da sociedade pela via da intervenção do e no Estado.
É pois de extraordinária importância conter o apetite de todos aqueles que do interior do partido, se aprestam para espreitar qualquer oportunidade que possam vislumbrar para o tal exercício de aparelhismo.
Se Passos Coelho conseguir orientar o seu partido e o País para esse rumo, poderá escrever na história uma página importante, que a própria história tratará de perpetuar.
Espera-se que Passos Coelho não falhe, pela razão simples de que não tem margem para falhar. Espera-se do PSD a prática do que defendeu em teoria nos últimos anos.
Espera-se que Portugal encontre agora nos seus governantes uma postura de verdade e honestidade política, mas também competência e coragem para mudar efectivamente em Portugal muitas coisas que devem ser rapidamente alteradas.
Eu tenho esperança que tal possa suceder, mais do que o receio de que tal não seja possível.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

TRAGICOMÉDIA NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA GOLEGÃ

"Queixa-crime “caricata” contra autarca da Golegã protagonizada por Veiga Maltez

A polémica surgiu no dia 29 de Abril durante a sessão da Assembleia Municipal da Golegã. Na altura a eleita Vera Moreira, da bancada do GIGA – Grupo de Independentes da Golegã e Azinhaga, criticou de forma veemente o discurso feito dias antes pelo presidente da câmara, Veiga Maltez (PS), na assembleia comemorativa do 25 de Abril. O autarca não gostou da forma nem do conteúdo das críticas da eleita e resolveu apresentar uma queixa-crime no Ministério Público, “por se sentir ofendido na sua honra e consideração”.

A discussão dessa situação na sessão do dia 29 prolongou-se por mais tempo do que o previsto e um problema técnico impediu na altura a transmissão da gravação do discurso do presidente no 25 de Abril. Depois de discutidos os primeiros pontos da ordem de trabalhos foi decidido interromper a reunião, que prosseguiu no dia 2 de Maio. E já com o problema técnico resolvido e com uma televisão montada no salão da assembleia, foi ouvido o discurso feito por Veiga Maltez que originou a controvérsia.

A determinada altura Veiga Maltez diz: “portanto deixo essa maledicência e deixo esse derrotismo para que todos aqueles, esses e outros a nível nacional, regional e local possam alimentar os seus discursos, na maioria cínicos e hipócritas, plenos de insultos pessoais e ataques injuriosos. Não só a eles, que não têm sentido de Estado, reparem o que se passou hoje (dia 25 de Abril) aqui, não há sentido de Estado pelas ausências, pelos tais rostos do povo que estão no café a espalhar cartas, a baralhar cartas, se calhar contra mim, contra os que estão aqui a lutar pelos interesses da Golegã, mas é lá que eles devem continuar, nos cafés, porque há determinados níveis e graus que só aos cafés pertencem, não pertencem a outras salas”.

Perante o teor do discurso, a eleita Vera Monteiro questionou Veiga Maltez se os dois vereadores e o presidente da assembleia eleitos pelo PS que faltaram a essa sessão do 25 de Abril também estavam abrangidos pelas críticas do presidente. “Porque o senhor presidente da câmara relacionou que as pessoas que ficam em casa, que estão nos cafés a jogar cartas são uns medíocres, uns mentirosos, porque deviam estar aqui a assistir e não estão. Será que o senhor também englobou a sua elite política na secção dos medíocres? Como goleganense não gostei disso”:

Quem também não gostou foi Veiga Maltez, que se levantou dizendo que a eleita estava a faltar à verdade e que ia buscar o discurso. A discussão azedou com Vera Moreira a acusar o presidente de falta de respeito. O presidente da assembleia interrompeu a discussão garantindo que logo que o problema técnico estivesse resolvido seria reproduzida a gravação de voz do discurso do presidente.

Situação que aconteceu na sessão de 2 de Maio, onde foi apresentado um documento do Gabinete de Apoio à Presidência da Câmara da Golegã que considera as críticas de Vera Monteiro falsas, inverdadeiras e ofensivas da honra e consideração do presidente. “Críticas que o atingiram na sua estrutura pessoal, extravasando todo o conteúdo do direito à liberdade de expressão característico das discussões políticas”, enfatizava.

E acrescentava que “considerando que os factos em causa deverão encarar-se graves e difamatórios e tendo ocorrido na assembleia municipal, informam-se, desde já, os membros deste órgão que será iniciado o respectivo procedimento criminal, contra a autora dos mesmos e que na queixa a apresentar indicar-se-ão como testemunhas presenciais todos os deputados municipais presentes”. Segundo o vice-presidente da câmara, Rui Medinas (PS), a queixa crime vai ser apresentada a nível pessoal pelo presidente Veiga Maltez. O restante executivo apenas poderá ser arrolado como testemunha.

No final da sessão, Vera Monteiro era uma mulher descontraída e despreocupada, “Não tenho receio das ameaças do presidente. Sou goleganense e sei bem o que disse e a que me referia na assembleia, vou aguardar com serenidade a chamada a tribunal”, afirmou."

In O Mirante, Maio 2011

TROIKA TAMBÉM FAZ PARTE DA CAMPANHA NEGRA?!

Foi moda durante algum tempo, a teoria da conspiração e da campanha negra. Foi por isso que se despediram pivôs de informação televisionada, que se aliciaram directores de jornais, que se ameaçaram outros, que se despediram comentadores políticos da tc do Estado em nome da isenção, num fernesim nunca antes visto na história da democracia portuguesa, operado pela máquina ao serviço do corporativismo socialista.

Sempre que vinham más notícias de fora, era porque não conheciam todos os indicadores. Se se aconselhava internamente um travão aos investimentos públicos desadequados à situação, era porque se tratavam de mentes mesquinhas, sem capacidade de ver o futuro. Quando se falava de uma crise anunciada, era porque ninguém sabia nada de coisa nenhuma. Quando se procuraram modelos alternativos de sustentabilidade do Estado, eram os liberais a pretender desmontar o estado social, bastas vezes (auto) confundido com o estado socialista. Eram também agentes da campanha negra, os que ousavam tecer críticas.

A negação da realidade e um optimisto totalmente desproporcionado, tiveram como efeito respostas tardias e consequências nefastas para Portugal e para os portugueses. Fez por exemplo com que sejamos o único País da zona euro em recessão em 2011 e 2012.

O Ministro das Finanças, acredito que num suspiro técnico, impôs um limite para o pedido de ajuda externa. Diz-se que Sócrates não deixou. Sócrates afirmou depois que com FMI jamais. Em pouco tempo o Estado português dependeria de um entendimento para poder satisfazer os seus compromissos e não entrar em insolvência. E Sócrates fez o acordo.

O representante da Comissão Europeia na troika afirmou que "medidas seriam mais leves se ajuda tivesse sido pedida mais cedo.", enquanto que o repreentante do FMI disse " atraso complica sempre as coisas e torna-as mais dolorosas. O desemprego acabou por subir mais do que o necessário". Devem ser mais dois que fazem parte da campanha negra!

Deixo-vos um artigo de ontem, do Jornal de Negócios:

"Corte nos subsídios não esteve em discussão mas medidas seriam mais leves se ajuda tivesse sido pedida mais cedo.

O representante da Comissão Europeia na troika esclareceu hoje que nunca chegou a ser discutida a possibilidade de cortar nos subsídios de férias e Natal, nem substitui-los por certificados do Tesouro.

Questionado directamente sobre estas duas vias de poupança, noticiadas nalguma imprensa portuguesa, Jürgen Kröger negou que tivessem sido discutidas.

E disse que se Portugal tivesse pedido ajuda mais cedo, a cura de austeridade poderia ter sido mais leve.

A mesma tese foi defendida pelo seu colega do FMI. "O atraso complica sempre as coisas e torna-as mais dolorosas. O desemprego acabou por subir mais do que o necessário", exemplificou Poul Thomsen.

"Isto não será fácil"

Ambos, a par do representante do BCE, Ramus Rüffer, negaram a mensagem que havia sido transmitida por José Sócrates de que este programa seja mais leve do que o exigido à Grécia ou à Irlanda.

Falando na apresentação das condições que acompanharão o empréstimo de 78 mil milhões de euros, Jürgen Kröger frisou que o programa de austeridade e de reformas que terá de ser seguido pelo país é “duro”. “Isto não é fácil. É um programa duro, mas necessário”, alertou.

O representante da Comissão chamou especialmente a atenção para o “ajustamento orçamental muito ambiciosos” que está previsto e que não permitirá “qualquer abrandamento no calendário previsto para as medidas e consolidação orçamental”.

O programa português é “ousado”, “severo” e “exigente”, disse, por seu turno, Poul Thomsen do FMI, precisando que a receita de austeridade, mas também de reformas económicas, não foi imposta de fora.

PEC IV : "boa base, mas insuficiente"

“O Governo já tinha tomado estas medidas antes de chegarmos aqui”, disse, depois de o representante da Comissão Europeia, Jürgen Kröger, ter também passado a mesma mensagem que já Teixeira dos Santos frisara: “Este é um programa português que merece o apoio da UE e do FMI”.

Kröger precisou, no entanto, que o PEC IV, chumbado pela oposição, foi um "bom ponto de partida, mas não era suficientemente abrangente". "Tinha elementos muito positivos em termos orçamentais, mas não era suficientemente profundo em termos de reformas estruturais”, acrescentou.

Taxa de juro começa em 3,25%

O representante do FMI esclareceu, por seu turno, que a instituição fornecerá cerca de 26 mil milhões de euros – um terço do empréstimo, que poderá totalizar 78 mil milhões – a uma taxa de juro que rondará 3,25% nos primeiros três anos e 4,25% a partir do quarto.

Já a taxa que será cobrada pela União Europeia (que assegurará dois terços do empréstimo) é mais difícil de antecipar, já que depende da taxa de juro que os fundos europeus pagarão aos mercados para angariar verbas para Portugal.

Ainda assim, Jürgen Kröger, da Comissão Europeia, deu como referência o caso da Irlanda – que pagará uma taxa acima de 5,5%, mas por um empréstimo a sete anos e meio - admitindo no entanto que o prémio de 200 pontos base, que é somado em regra às taxas de captação de fundos, venha a ser “um pouco inferior”.

MAIS UM CAPÍTULO DO CONTO DO VIGÁRIO

In Diário de Notícias, 29/04/11 :

"Sócrates diz que o "País ainda terá saudades" do PEC IV. Apesar disso, pouco o usou no programa eleitoral. As medidas difíceis que propunha foram suavizadas no documento eleitoral do PS.

O programa eleitoral do PS recusa assumir como propostas as medidas mais duras que o Governo propôs no PEC IV - o mesmo de que "o País terá saudades", segundo disse ontem José Sócrates na TSF. Omissões relevantes, por exemplo, na chamada "reforma do mercado laboral".

Mais pormenores no e-paper do DN ou na versão impressa
.

Vamos ver se entendi:Sócrates afirma que ao pé das medidas que por aí virão impostas pela troika o PEV IV seria um mar de rosas; Entretanto já afirmou que o programa do PS seria o PEC IV. Até aqui, coerente;

Mas o programa do PS "esqueceu-se" de duras e impopulares medidas previstas no PEC IV, nomeadamente no que diz respeito às alterações em matéria laboral, tributação fiscal nas reformas, etc, etc, etc.Isto para dizer o quê?Que afinal o programa do PS não é igual ao PEC IV - é mais soft, mais rosa.

Percebemos pois que o programa que o PS propõe não vai ser executado porque estará dependente do acordo a assumir com o FMI e restantes elementos da troika. Em resumo, que o programa do PS é apenas mais um capítulo do maior conto do vigário da democracia cá do burgo.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

ULRICH ESTÁ AGRADECIDO A QUEM FEZ CAIR O GOVERNO

"Estou agradecido a todos os que fizeram com que o Governo caísse e o PEC IV fosse chumbado", disse hoje Fernando Ulrich, na conferência sobre Administração Pública na Universidade Católica no Porto.

O presidente do BPI disse estar muito contente com o programa que foi apresentado pela troika por este ser muito "mais abrangente e completo".

"Foi comovente, ainda ontem, ver na televisão o Dr. Silva Pereira a pedir aos partidos da oposição para defender o memorando de entendimento, quando este tem pouco a ver com as ideias que levaram o Dr. Silva Pereira e Eng. José Sócrates ao poder e são muito mais próximos do que o PSD e PP defendem. Se agora estão contentes com estas medidas, melhor", afirmou o presidente do BPI.

Fernando Ulrich defendeu que esta ajuda externa a Portugal é extremamente vantajosa, porque será monitorizada pelas instituições internacionais e vangloriou o facto de a oposição poder ter sido ouvida, sem ser "em encontros à noite, ou [através de] telefonemas".

O banqueiro falou ainda, e com estranheza, de no último ano e meio raramente ter conseguido reunir com Governo e Banco de Portugal. "Não me lembro de ter estado numa reunião em que estivesse o governo e o Banco de Portugal, exceptuando esta última, em que o ministro disse que com ele Portugal não entraria em 'default', mas alguém lhe disse, que não eu, que isso não chegava, que era preciso pedir ajuda externa amanhã ou de preferência hoje", revelou.

Na véspera do pedido de ajuda por Portugal, os banqueiros reuniram com o Governo e o Banco de Portugal, tendo manifestado a posição de que era inevitável Portugal pedir ajuda. "No último ano e meio só me lembro de falar com o Ministério das Finanças para coisas ridículas. Estou a criticar o ministro? Não. Penso que ele só fazia o que lhe deixavam fazer", concluiu. "

In Jornal de Negócios, 05/05/11

CÁ ESTÁ A FACTURA

"Casas mais caras, salários estagnam, impostos sobem, Saúde e Educação emagrecem, despedir será mais fácil.

O plano de intervenção da troika irá emagrecer a economia - alimentada a crédito nas últimas décadas -, limitar o crescimento dos salários mais baixos, desincentivar fortemente o consumo, obrigar pessoas e bens a circularem mais no território. O desemprego será um problema sério nos próximos anos, admite o próprio FMI.

O programa, do qual se conheceram ontem os detalhes, avança com medidas duríssimas que obrigam os desempregados a regressar mais rápido ao mercado de trabalho, cortando a direito nos subsídios de desemprego e prometendo uma redução ampla do valor das indemnizações. De acordo com cálculos do DN, as perdas no subsídio podem superar os 60% no caso dos trabalhadores mais velhos, com mais de 45 anos e mais anos de casa."

In Diário de Notícias, 05/05/11

O CONTO DO VIGÁRIO

Em 2009 o Governo decidiu reduzir o IVA de 21% para 20%, contrariando a opinião de alguns especialistas em finanças públicas. Estávamos já em plena crise e as eleições legislativas seriam para breve. Hoje já vai em 23% e vai aumentar.
O então ministro da economia Manuel Pinho, decretava o fim da crise na TV, algo que entrou no anedotário da política nacional.
Entretanto vieram os aumentos de 3% na função pública, novamente contrariando uma forte e tecnicamente sustentada opinião de especialistas vários, dos mais variados quadrantes políticos. Isto, claro, antes das eleições. Depois tiveram que os reduzir em maior percentagem.
Mesmo sem os 150.000 novos empregos, antes prometidos e depois de um conjunto de peripércias nunca antes vistas por parte de um primeiro-ministro em Portugal, Sócrates foi reeleito, formando governo com base numa maioria relativa parlamentar. Crise era coisa da Grécia, da Irlanda, da Islândia. Por cá, tudo rosa.
O desemprego subia, as falências de empresas multiplicavam-se e eis que surge uma nova vitamina propagandística. Contra tudo e contra todos, havia que avançar para o TGV e para um novo Aeroporto Internacional. Mais que muitos alertavam para os perigos de tão inconsciente aventura atendendo às circunstâncias. Mas Sócrates não queria saber de desgraças. Legitimado por todos aqueles que nele votaram, continuou firme nos disparates. A coisa foi entretanto piorando. Vieram vários PEC's e no III havia a necessidade de acalmar os mercados com a adopção de medidas de austeriade que, segundo o Governo, seriam suficientes para colocar em ordem as contas públicas. A oposição fez-lhe a vontade e estariam assim reunidas condições para nos governarmos sozinhos. Mentira, como hoje se mostra. Os juros da dívida soberana não pararam de crescer e o ministro das finanças impõem o tecto de 7% de taxa para pedir ajuda externa. Pouco tempo depois - com os mercados ainda nervosos - aí estão os 7%. Mas como o que hoje é verdade amanhã pode ser mentira, Texeira dos Santos desdisse o dito e afinal teríamos capacidade para reagir a essa escalada dos juros. Como é lógico o governo percebeu para onde caminhava e que o fim desse caminho seria inevitavelmente o pedido de ajuda externa. Pelo caminho sabe-se ainda que o défice está mascarado e á afinal bem maior do que afirmara o Governo.
Havia então que arranjar um bode expiatório, para quem pudessem ser canalizadas todas as responsabilidades. Arranjaram-se vários. PSD, Passos Coelho e o Presidente da República foram, como se previa, os primeiros alvos.
É de mestre, este conto do vigário.
Elabora-se um PEC IV, criam-se condições políticas para acirrar os ânimos e a oposição - leia-se PSD - não terá senão outra forma de recusar o PEC IV. E sem PEC, meus amigos, não há governo. Foi o que se passsou. A sorte que Sócrates teve por não ter maioria absoluta, ou por o PSD não aprovar o bendito PECIV! Depois, uma estratégia perfeita de responsabilização do PSD pela crise política, que fez cair o rating do País, que fez subir ainda mais os juros da dívida pública e que fez, finalmente, chegar a Portugal a troika do FMI. Teixeira dos Santos diz agora que só há dinheiro até Maio, mas a culpa é do PSD. O resgate que antes era tabú, passou agora a ser a nossa única forma de substistência! A nossa tábua de salvação.
Este é o maior conto do vigário da democracia Portuguesa.
E choca-me pensar que exista um só português que aceite que o Governo e o PS, que governaram Portugal em 12 dos últimos 15 anos, não tenham responsabilidade alguma na situação por que passamos.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

CUBA LIBRE?

Para já parece que ainda não totalmente.Mas Raul Castro não deixou de surpreender com as propostas renovadoras apresentadas recentemente no Congresso do Partido Comunista Cubano e aprovadas no geral, não sem uns necessários retoques.Os comunistas aprovaram 300 medidas, entre elas a abertura ao sector privado, corte de empregos, redução de subsídios, autogestão empresarial, criação de impostos e descentralização do aparelho estatal.A limitação de mandatos para 10 anos, para funções de altos cargos do Estado, foi outra medida apresentada e aprovada pelo agora novo líder do Comité Central do PCC. Para quem aguardava sangue novo na gestão de Cuba, terá que se contentar com o irmão do mítico líder Fidel Castro, que apesar de mais novo que o seu irmão, conta já com 79 primaveras. A este propósito refira-se que para segundo secretário do partido foi eleito José Machado Ventura, de 80 anos.Não deixa de ser um sinal positivo, mas ainda insuficiente.O sistema eleitoral de Cuba continuará a assentar numa lógica de partido único, sendo então certo que o Comité Central do PCC continuará a escolher as lideranças futuras e não o povo cubano. Mas lá chegarão.Para já e até ver a marca ideológica do sistema socialista continuará bem evidenciada, ainda contra um sistema pluripartidário e representativo que (na visão dos ortodoxos) traria como conseqüência a dependência externa, a corrupção, o analfabetismo e a pobreza de amplos setores da população. Em suma, a completa negação dos mais elementares direitos individuais e colectivos.Espero, desejo e acredito que esta Primavera de Havana seja bem mais duradoura que a Primavera de Praga.

terça-feira, 3 de maio de 2011

MAIS CAMBALHOTAS

"José Sócrates deixou ontem de fazer apelos à negociação e entrou em modo de campanha eleitoral, declarando "não estar disponível para governar com o FMI". Na apresentação da sua moção ao congresso, o líder socialista reafirmou que Portugal "não precisa de ajuda externa" e aproveitou para lembrar a disponibilidade manifestada pelo PSD de Passos Coelho em chegar ao Governo com o FMI. "

In Diário de Notícias On-Line, 21/03/2011

AINDA ACREDITAM ?!?!?

BARÓMETRO POLÍTICO MARKTEST - Abril 2011



Em matéria de projecções para as legislativas de Junho, o normal seria discutir-se hoje se o PSD ganhará ou não com maioria absoluta.
O que acontece é que já aparece atrás do PS.
Nas actuais circunstâncias e depois de um Governo e Primeiro-Ministro que têm mentido aos portugueses de uma forma escandalosa e depois de nos levarem à (ainda quase) insolvência, é impressionante o facto das projecções darem estes resultados.
Se forem realistas, é imperativo para o PSD fazer uma pausa, respirar fundo e reajustar-se com Portugal e os portugueses. Agora ainda é tempo disso.