segunda-feira, 28 de novembro de 2011

1º CONGRESSO DISTRITAL DO PSD

Vasco Cunha


Realizou-se no passado sábado em Santarém o 1º Congresso Distrital do PSD, organizado pela Comissão Política Distrital liderada por Vasco Cunha, em colaboração com todas as 21 Comissões Políticas Concelhias do distrito, bem como com todas as suas estruturas autónomas, a Juventude Social Democrática (JSD), os Trabalhadores Sociais-Democratas (TSD) e os Autarcas Sociais-Democratas (ASD).

Durante mais de um ano e após 21 sessões Concelhias e 7 sessões de natureza supra-municipal, com 2 reuniões organizadas em Fátima e no Cartaxo e dezenas de reuniões informais com os 21 Grupos de Trabalho, contando com a presença de mais de 600 militantes e cidadãos independentes, esta iniciativa inédita e pioneira na vida do PSD culminou neste Congresso Distrital, que viria a aprovar por unanimidade a moção apresentada pela CPD.

Seria injusto não realçar o trabalho de Vasco Cunha, na qualidade de presidente da Distrital e de todos os que o acompanharam neste trajecto. Esta é uma forma séria de fazer política, diagnosticando problemas, abrindo as estruturas intermédias do Partido às Concelhias e independentes, promovendo o diálogo, a discussão e o estudo sobre o estado da nossa região em geral e de cada um dos nossos Concelhos, em particular.

Como referiu o Presidente da Mesa da Assembleia Distrital, o também Ministro Miguel Relvas, a tendência dos partidos que estão no poder tem sido, ao longo dos anos, a de se fecharem sobre si mesmo. Esta iniciativa representa também a inversão dessa tendência.

A moção aprovada aponta caminhos que visam solucionar as situações diagnosticadas, numa lógica integrada e também isso representa uma mais valia desta iniciativa. Espero e desejo que este trabalho não se tenha esgotado com a realização do Congresso e que possa ser aproveitado pelas concelhias, que dispõem agora de um auxílio precioso para elaboração das suas estratégias e das suas propostas, elevando certamente o nível do debate político local na substância e na pertinência. Sai a ganhar o Partido mas também cada um dos municípios do nosso Distrito.

Este trabalho constituiu na minha opinião um marco político relevante na história do PSD Distrital, que o futuro se encarregará certamente de confirmar.

PERDER CUSTA SEMPRE...

Mas nem sempre custa o mesmo.


Longe de ser apologista das chamadas vitórias morais, o desempenho demonstrado pelo Sporting na Luz este fim-de-semana evidencia o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido desde o início da época pela estrutura do futebol e, por consequência, a qualidade dos jogadores e treinador, num claro rompimento com o passado recente.

É diferente claro ter Pongolle ou ter Van Wolfswinkel, como é diferente ter Maniche ou Elias, Onyewu ou Torsiglieri, Diego Capel ou Vukcevic e por aí fora. Ter Domingos como treinador também não será o mesmo que ter Paulo Sérgio, como ter Carlos Freitas não é a mesma coisa que ter Costinha. Tudo mudou, para melhor.

Usando a velha frase feita, "se houvesse justiça no futebol, o Sporting não teria perdido na Luz". Mas os resultados fazem-se de golos e o adversário marcou e nós não. A diferença mais marcante foi essa, os três pontos ficaram nos da casa e a distância aumentou para 4. Mas isso, sendo o mais importante, não apaga a forma determinada e organizada como o Sporting jogou na Luz. Não apaga a qualidade demonstrada, obrigando o Benfica a abdicar dos seus princípios de jogo e a alterar a sua estrutura táctica habitual, também motivada pela expulsão de Cardozo.

E é importante reforçar que defrontámos em sua casa um adversário que atravessa um momento de elevado rendimento, sem esquecer a qualidade do seu plantel e do seu treinador.

Ainda assim e depois de um início de época conturbado, a equipa encontrou um modelo, um rumo, uma estratégia, personificada por jogadores de grande qualidade, como são (além dos que referi em cima) Schaars, Insúa, Polga, João Pereira, Carrillo, Rinaudo, Matias Fernandes e Rui Patrício.

Resolvendo os problemas clínicos (crónicos?) de Izmailov, Rodriguez e Jeffren, o treinador ficará com um plantel à disposição que lhe dará certamente garantias de uma boa época, que, desejamos, seja traduzida em títulos quando se fecharem as contas.

Aliás, a comunicação social deu antes do derby eterno muito mais enfoque ao facto do Benfica não ter Luisão, do que ao facto do Sporting não ter, além dos três que acima refiro, também Rinaudo, todos potenciais titulares na equipa, que lhe confeririam certamente mais soluções, designadamente nos processos ofensivos.

Perdemos o jogo, é certo, e perdemos (outra vez) Matias Fernandez - lesão muscular - e Schaars - 4º cartão amarelo -, que eleva provavelmente para 6 o número de indisponíveis para o próximo jogo do campeonato. Cerca de meia equipa de jogadores de qualidade indiscutível. Por muita criatividade e competência que Domingos tenha, não será fácil manter o nível elevado com tanta mão-de-obra tão valorosa de fora.

Em relação à "gaiola", ao penalti de Jardel sobre Onyewu ou aos critérios que determinaram a expulsão de Cardozo, não tenho muito a dizer já que vêm no seguimento das características dominantes do futebol português, sempre muito cheias destes detalhes.

Desejo apenas que, quando nos voltarmos a encontrar e Alvalada a história se possa repetir (em termos de desempenho) mas que o resultado nos seja favorável, como pode ser.