sexta-feira, 22 de outubro de 2010

PRESSÃO ALTA

Termo vulgarmente aplicado no futebol, mas perfeitamente aplicável ao momento político actual. No recente Conselho Nacional, o PSD tomou final e oficialmente posição relativamente ao orçamento de Estado para 2011. Julgo que a tomou no timing correcto, e essa posição tem desde logo alguns indicadores positivos, especialmente sob o ponto de vista dos benefícios partidários.

Pedro Passos Coelho (PPC) conseguiu aliviar a enorme pressão que sobre ele recaíra face à expectativa criada em torno da abstenção ou do voto contra, transferindo-a directamente para o Governo, para José Sócrates e para o PS. É deles que estamos agora à espera, expectantes sobre a sua capacidade negocial. Digo a propósito que não tenho memória de um líder da oposição estar sob tanta pressão como esteve PPC; sob pressão de alguns quadrantes do próprio partido; sob pressão da comunicação social; sob pressão de um grupo de banqueiros (melhor, um banqueiro e três bancários, como alguém disse há dias); sob pressão de organismos internacionais e mais alguns, que não tardaram.

A pressão está agora "de lá". E depois de ter escolhido o caminho que escolheu, foi na verdade a melhor estratégia que podia ter arranjado.

Falta saber se José Sócrates quer realmente o orçamento aprovado...

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