quarta-feira, 17 de março de 2010

32º CONGRESSO NACIONAL DO PSD

Não tinha ainda tido a oportunidade de partilhar algumas breves sobre o Congresso, que segui com a máxima atenção no fim-de-semana passado.

Acho que tudo já foi dito, mas não queria deixar de partilhar aqui algumas ideias.

Positivo: o "clima" verificado a fazer lembrar os míticos Congressos do passado que as directas vieram aniquilar; a utilidade, porque me pareceu bem discutir o partido antes das directas de 26 próximo; o reaparecimento das anteriores lideranças - parece-me que Luis Filipe Menezes, Santana Lopes, Marques Mendes e Marcelo Rebelo de Sousa ainda não tinham participado em nenhum após terem liderado o partido - que intervieram com um forte apelo à serenidade, à moderação e à responsabilidade; as candidaturas, que debateram com elevação as suas propostas para o partido e para o País; a primeira parte do discurso de Pedro Passos Coelho; a capacidade de Paulo Rangel para "comícios";

Negativo: o facto de ser o 32º em 35 anos de "vida"; a apresentação da proposta da "lei da rolha" por parte de Santana Lopes; a descabida aprovação da mesma - acho sinceramente que imensos delegados nem tiveram noção do que estavam a aprovar e deram enorme "tiro no pé"; a falta de quorum na votação da proposta para eleição com segunda volta - seria importante para reforço da legitimação de lideranças futuras; o deslize infantil de Pedro Passos Coelho com Alberto João Jardim; Rui Manchete na confusão inicial quanto à duração do Congresso.

Outros relevos: discurso de Fernando Costa - basista, talvez popular mas extremamente eficaz e, já agora, bem disposto; a "ratice" de Alberto João Jardim depois do deslize de Pedro Passos Coelho, quando se sentou junto a Paulo Rangel; sobriedade de Manuela Ferreira Leite, a dar palco a quem tem que o ter; Verticalidade e coerência no discurso de José Pedro Aguiar Branco. E já agora, fidelidade e gratidão.

Genericamente gostei, mas aquele primeiro dia merecia um segundo mais feliz.

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