sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

RUA JOSÉ RELVAS - CADA TIRO, CADA MELRO

Já me tinham perguntado se não tinha nada para dizer sobre a recente alteração na Rua José Relvas, eu que tenho sido crítico da solução encontrada, nomeadamente para a ciclovia, se assim lhe podemos chamar. Respondi que não. Que na realidade não tinha nada para dizer porque ainda não percebera o objectivo das alterações, que teria que esperar para ver. Já tinha tentado, mas ainda não me tinha ocorrido qualquer benefício com isto. Agora está claro porque não me ocorreu. Porque na realidade não existem. Nem um!

Até a informação veiculada no "Golegã em Notícia" emanado da CMG (e único "jornal" do Concelho) tem dificuldade em explicar esta intervenção. Começa pelas fotos do antes e do depois que elucidam coisa nenhuma; passa pela explicação de que o aumento do passeio foi para protecção dos peões; passa ainda por aquilo que é no entender do executivo um melhor ordenamento do estacionamento e do trânsito, terminando naquele que me parece o ponto essencial, a protecção da ciclovia. Li e reli. Vi e revi. Observei o trânsito e reobservei. Mas não encontro nenhum destes benefícios, antes pelo contrário só vejo prejuízos. Quais?

1 - O passeio foi alargado onde já era largo. Não foi mexido onde era (é) estreito. Portanto, protecção dos peões, ZERO.
2 - O ordenamento do estacionamento representa a supressão de cerca de 4 lugares, numa via onde este começa a ser escasso. Perdeu-se estacionamento, ganhou-se ZERO.
3 - Não há protecção alguma à ciclovia, porque toda ela continua a ser um erro. Porque ao longo de todo o seu percurso os pesados (nomeadamente de transportes colectivos) continuam a invadi-la, porque não têm outro remédio. A Ciclovia não não protecção, porque nem sequer aqui devia existir nestes moldes. De protecção a essa, resulta ZERO.
4 - Porque a proibição de ESTACIONAR E PARAR prejudica claramente o estabelecimento em frente à zona alterada, que até vende mobiliário e vê anulada a possibilidade de cargas e descargas à entrada da loja! Mais, cria uma situação de desigualdade face à zona de cargas e descargas do "Café Central", onde SE PODE PARAR NA CICLOVIA !! Na "EscopiOffice" nem se pode parar na faixa de rodagem! A solução é carregar às costas uns bons pares de metros! Boa iniciativa! Na protecção à actividade comercial do dito, ZERO. Vamos estar atentos para ver se vislumbramos alterações. Será?!
5 - Eliminação de barreiras urbanísticas totalmente esquecidas e criação de novas! Tinha custado 0,00€ a mais criar condições de acesso ao espaço comercial, mas neste aspecto, ZERO.
6 - Era para proibir o estacionamento? Não bastava um sinal e a linha contínua amarela junto ao passeio? Com menos de 100,00€ ter-se-ía chegado ao mesmíssimo resultado. Na contenção de custos, ZERO!
7 - Como se as 6 últimas razões não chegassem, gastou-se dinheiro do erário público, não apenas para ter como resultado um grande e redondo ZERO, mas para tornar tudo pior do que antes.

Cá voltaremos, com fotos e vídeos para documentar devidamente a coisa.

Até breve.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

ESCUTAS NO YOUTUBE

Como já todos devem saber, estão no youtube as escutas efectuadas a Pinto da Costa no caso Apito Dourado. Tive já a oportunidade de as ouvir. A "fruta p´ra dormir", as escolhas dos árbitros, a marcação de encontros de árbitros com o "gerente da caixa" ou com o "nº1", o ex-vocalista dos BAN a escolher fiscais de linha, Pinto da Costa e pedir sumaríssimo para Liedson e a referir-se ao roupeiro do Sporting como o "atrasado mental" e ao actual presidente como "o do cabelo branco". Está lá tudo.

Aconselho uma visita. É giro de se ouvir.

Mas não é verdadeiramente o que ouvi que me indigna. Indigna-me o facto dos malandros da PJ terem feito escutas ilegais a estes pobres e desinteressados agentes desportivos, que com toda a sua entrega, a sua paixão e a sua dedicação têm vindo a promover o desenvolvimento do desporto-rei, o maior ópio deste povo nesta cada vez mais depauperada Nação! Lamentável, senhores PJ's!

Se não quiserem perder tempo na pesquisa, podem ouvir a partir daqui.

domingo, 17 de janeiro de 2010

DOIS ANOS DE GOLEGÃ XXI

Passa rápido o tempo. Esse incessante e cadenciado tic-tac que tantas e tantas vezes nos faz desesperar por nunca parar, ou por nunca regredir para que possamos ajeitar coisas que não ajeitámos, para fazermos coisas que não fizemos ou simplesmente para dizermos coisas que tínhamos vontade de dizer que nunca dissemos.

E já passaram dois anos da criação do Golegã XXI - Um Olhar Atento. Justamente para que mais tarde não sinta vontade que o tempo volte atrás para dizer coisas que tinha vontade de dizer e não disse.

E como ele não para, o tempo, cá continuarei para dizer coisas que me apetece dizer.

Ainda assim, isto sem vocês não tinha piada nenhuma.

Grande abraço a todos e obrigado por fazerem disto o que é.

sábado, 9 de janeiro de 2010

NÃO MUDAMOS PORQUE NÃO QUEREMOS

NEM SEMPRE É QUANDO NÃO PODEMOS

Não foi assim há tanto tempo que O Mirante publicou uma notícia que não deixou de me chocar como por certo chocou muitos de vós. Um homem, portador de deficiência física e por isso auxiliando-se numa cadeira de rodas para sua locomoção, havia sido ouvido num processo judicial, no tribunal de Abrantes se a memória não me falha, na rua porque o edifício não estava preparado para acessibilidades daquele tipo. Choquei-me e indignei-me porque achei o facto atentatório à dignidade do homem, que ainda assim teve o "privilégio" de ser recebido na rua por juiz, advogados e afins. Pena não se ter recusado a depor, ou a fazer o que lá ia fazer.

A falta de acessibilidades a pessoas portadoras de deficiência física (ou com mobilidade condicionada) é um dos maiores factores de exclusão social no nosso País, espalhado naturalmente quase equitativamente por todas as nossas terras. Num momento que tanto se discute o casamento e a adopção por parte de casais homossexuais, tema da moda pois, em nome da redução dos factores de exclusão todos parecem esquecer este flagelo, próprio de países em subdesenvolvimento.

Considero à muito que este é um problema cultural, de mentalidades e de sensibilidades, ou falta delas. Não é um problema técnico nem tão pouco um problema de vazio legislativo e nem sempre é um problema de falta de dinheiro. Como aqui demonstrei e continuarei a demonstrar, muitas coisas não se fazem porque não se querem fazer, porque ninguém se lembra de fazer, porque ninguém admite que há lacunas que devem ser colmatadas. Mais, que há irregularidades e, porque não dizê-lo, ilegalidades que devem ser corrigidas.

Indignei-me com o caso de Abrantes, mas mais indignado fico com múltiplos casos na minha terra. A Golegã está pejada de barreiras arquitectónicas e sobretudo urbanísticas. Perdem-se oportunidades de ouro para com parcos custos ir progredindo neste capítulo e não parece existir um plano verdadeiramente sistémico para correcção das anomalias corrigíveis. Recentemente percebi porque não o há. Porque não há sensibilidade nem vontade política. Porque há recusa em assumir que existem lacunas, porque assumi-las evidenciaria a inoperância quase total no combate às barreiras.

Sim, falo naturalmente de uma notícia de ontem no Jornal Torrejano, onde se pode ler que, após recomendações do CDS-PP/Golegã em sede de Assembleia Municipal, evidenciando a falta de um elevador no edifício dos Paços do Concelho, o responsável máximo pelo executivo respondeu que pessoas que não consigam acesso podem ser recebidas no r/chão, porque a equipa fará o obséquio de atender aí os deficientes. E acho mais chocante a resposta, que considero uma enormidade incomensurável, do que propriamente o facto do edifício não possuir elevador. Pode não tê-lo porque não houve ainda disponibilidade para o colocar, porque não há verbas, porque há dificuldades técnicas e mais um milhão de razões. Mas esta não!

Porque temos que entender que é justamente essa diferenciação que está na base da alteração da mentalidade e foi justamente para eliminar essa visão discricionária e redutora que o legislador elaborou a lei vigente. Ninguém tem que vir cá abaixo atender um deficiente, porque esse tem o direito de chegar onde chegam os outros. Ponto final.

Mas a fragilidade do argumento não acaba aqui. Afirma o nosso edil que o piso superior não é de acesso ao público. Mas as Assembleias Municipais não se realizam no Salão Nobre? E este não fica no primeiro piso? Ou se de repente houver um impertinente deficiente que se lembre de ir à reunião? A mesma far-se-á no hall? E as reuniões de Câmara públicas? Realizam-se onde? E se o impertinente insistir? P'ro hall, outra vez?

Não custava nada admitir que o deputado que colocou a questão tinha razão. Simples e inquestionavelmente porque tinha.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

LA BELLE ET LA BÊTE

Tenho tido nos últimos anos, por circunstâncias menos felizes, a oportunidade de conhecer de perto o serviço nacional de saúde. E por isso também a oportunidade de lidar com vários profissionais e ainda com outros que, usando um eufemismo, poderia apelidar de menos profissionais.

Nesses vastos e desgastantes contactos com hospitais tenho também conhecido muitos médicos. Hoje acabei de conhecer mais dois. Um Homem, que por acaso, ou não, também é médico... e uma besta.

Mais uma...

P.S.: Para quem é visitante relativamente assíduo do Golegã XXI sabe que não uso por aqui este tipo de linguagem pejorativa. Mas é que o saco às vezes enche...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

GOLEGÃ É NOTÍCIA...

"O presidente da Câmara da Golegã, José Veiga Maltez (PS), é um autarca preocupado com a segurança e que gosta de ajudar as autoridades a tomar conta do território. A sua preocupação é tanta que até se deu ao trabalho de ter ao serviço da autarquia um veículo que, nas cores, é uma réplica dos carros-patrulha da PSP. Uma situação que, no mínimo, alguma estranheza. Tendo em conta as características da Golegã e o facto de Veiga Maltez a ter baptizado como “Capital do Cavalo”, não seria mais curial apostar numa réplica da polícia montada?"

In O Mirante On-Line, "Cavaleiro Andante"

DIA DA SOLIDARIEDADE

UM GESTO DOCE PARA UM NATAL MAIS SOLIDÁRIO

A pensar nas pessoas que diariamente lidam com a solidão e o isolamento social, a Santa Casa da Misericórdia da Golegã, em parceria com as escolas da Golegã, promoveu pelo segundo ano consecutivo a campanha “O dia da Solidariedade”, um gesto doce para um Natal mais solidário.

Ao longo de duas semanas, os alunos do 1º Ciclo e da escola Básica 2, 3 /S Mestre Martins Correia, reuniram cerca de 30 kg de chocolates, que posteriormente foram entregar às pessoas, cuja a vida, sombriamente permanece marcada por dificuldades, com destaque para o problema da solidão.

De referir que a distribuição do resultado da generosidade dos alunos da Golegã, teve lugar na semana que antecedeu o dia de Natal. Para os alunos que participaram na entrega dos chocolates, foi sem dúvida uma experiência enriquecedora, dado que lhes permitiu sentir e testemunhar a dimensão humana e social que um simples gesto de solidariedade pode alcançar.

Na maioria das situações, é através dos pequenos gestos, que se conseguem verdadeiros “prodígios”, deste modo, a Santa Casa da Misericórdia da Golegã, agradece o empenhamento do órgão de gestão da escola, professores e alunos.

A todos, muito obrigado!

Fonte: Santa Casa da Misericórdia da Golegã