quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

AUTARQUIA "FECHA CAMPO" DURANTE A NOITE

"A medida é inédita e talvez mesmo insólita. Mas é caso para dizer que para grandes males, grandes remédios.

Na Golegã, com base numa deliberação da autarquia, as estradas dos campos passam a ser encerradas durante a noite e madrugada. Tudo por causa dos roubos nos campos.

Assim, 50 quilómetros de estradas passam a ter o trânsito proibido durante as horas em que os assaltos têm sido mais frequentes."

In TVI24 on-line, 08/01/2012



segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

UM SANTO NATAL PARA TODOS



Que todos o possamos passar com saúde, junto daqueles de quem gostamos e que gostam de nós.
Desta vez é que já não consigo desejar um próspero 2012 !!!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A TRETA





Jorge Jesus, à época treinador do Belenenses, celebrizou a frase "O fair-play é uma treta".

Não é, de facto, se considerarmos a ética desportiva aplicada ao jogo, na tentativa de potenciar a sua verdade, a sua lealdade de o restringir à tentativa da supermacia de um oponente face ao outro, sem subterfúgios menos lícitos ou habilidades eticamente questionáveis.
Por essa razão e procurando preservar a verdade desportiva, as instâncias internacionais do futebol (neste caso) têm-se preocupado em fomentar os valores do respeito e da lealdade inerentes ao “fair-play” entre todos os agentes envolvidos na prática desportiva.

Na prática, sabemos que o bem português adágio popular "faz o que eu digo, não faças o que eu faço" fala muitas vezes bem mais alto que a teorização da verdade e lealdade desportivas. Não, não vou falar do apito dourado ou de casos de corrução em vários organismos, nacionais e internacionais. Vou apenas falar de Jorge Jesus.
E tenho que lhe dar meia-razão em relação ao facto desta coisa ser uma treta. Pela simples razão de, com persistência, veriricarmos que o fair-play se resume aos momentos de mandar a bola para fora quando um adversário está no chão e mesmo assim depende das circunstâncias desses momentos. É uma treta realmente.

E vai continuar a ser uma treta por muitos anos, tantoS mais quantos "Jorges Jesuses" forem aparecendo e proliferando por aí.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

1º CONGRESSO DISTRITAL DO PSD

Vasco Cunha


Realizou-se no passado sábado em Santarém o 1º Congresso Distrital do PSD, organizado pela Comissão Política Distrital liderada por Vasco Cunha, em colaboração com todas as 21 Comissões Políticas Concelhias do distrito, bem como com todas as suas estruturas autónomas, a Juventude Social Democrática (JSD), os Trabalhadores Sociais-Democratas (TSD) e os Autarcas Sociais-Democratas (ASD).

Durante mais de um ano e após 21 sessões Concelhias e 7 sessões de natureza supra-municipal, com 2 reuniões organizadas em Fátima e no Cartaxo e dezenas de reuniões informais com os 21 Grupos de Trabalho, contando com a presença de mais de 600 militantes e cidadãos independentes, esta iniciativa inédita e pioneira na vida do PSD culminou neste Congresso Distrital, que viria a aprovar por unanimidade a moção apresentada pela CPD.

Seria injusto não realçar o trabalho de Vasco Cunha, na qualidade de presidente da Distrital e de todos os que o acompanharam neste trajecto. Esta é uma forma séria de fazer política, diagnosticando problemas, abrindo as estruturas intermédias do Partido às Concelhias e independentes, promovendo o diálogo, a discussão e o estudo sobre o estado da nossa região em geral e de cada um dos nossos Concelhos, em particular.

Como referiu o Presidente da Mesa da Assembleia Distrital, o também Ministro Miguel Relvas, a tendência dos partidos que estão no poder tem sido, ao longo dos anos, a de se fecharem sobre si mesmo. Esta iniciativa representa também a inversão dessa tendência.

A moção aprovada aponta caminhos que visam solucionar as situações diagnosticadas, numa lógica integrada e também isso representa uma mais valia desta iniciativa. Espero e desejo que este trabalho não se tenha esgotado com a realização do Congresso e que possa ser aproveitado pelas concelhias, que dispõem agora de um auxílio precioso para elaboração das suas estratégias e das suas propostas, elevando certamente o nível do debate político local na substância e na pertinência. Sai a ganhar o Partido mas também cada um dos municípios do nosso Distrito.

Este trabalho constituiu na minha opinião um marco político relevante na história do PSD Distrital, que o futuro se encarregará certamente de confirmar.

PERDER CUSTA SEMPRE...

Mas nem sempre custa o mesmo.


Longe de ser apologista das chamadas vitórias morais, o desempenho demonstrado pelo Sporting na Luz este fim-de-semana evidencia o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido desde o início da época pela estrutura do futebol e, por consequência, a qualidade dos jogadores e treinador, num claro rompimento com o passado recente.

É diferente claro ter Pongolle ou ter Van Wolfswinkel, como é diferente ter Maniche ou Elias, Onyewu ou Torsiglieri, Diego Capel ou Vukcevic e por aí fora. Ter Domingos como treinador também não será o mesmo que ter Paulo Sérgio, como ter Carlos Freitas não é a mesma coisa que ter Costinha. Tudo mudou, para melhor.

Usando a velha frase feita, "se houvesse justiça no futebol, o Sporting não teria perdido na Luz". Mas os resultados fazem-se de golos e o adversário marcou e nós não. A diferença mais marcante foi essa, os três pontos ficaram nos da casa e a distância aumentou para 4. Mas isso, sendo o mais importante, não apaga a forma determinada e organizada como o Sporting jogou na Luz. Não apaga a qualidade demonstrada, obrigando o Benfica a abdicar dos seus princípios de jogo e a alterar a sua estrutura táctica habitual, também motivada pela expulsão de Cardozo.

E é importante reforçar que defrontámos em sua casa um adversário que atravessa um momento de elevado rendimento, sem esquecer a qualidade do seu plantel e do seu treinador.

Ainda assim e depois de um início de época conturbado, a equipa encontrou um modelo, um rumo, uma estratégia, personificada por jogadores de grande qualidade, como são (além dos que referi em cima) Schaars, Insúa, Polga, João Pereira, Carrillo, Rinaudo, Matias Fernandes e Rui Patrício.

Resolvendo os problemas clínicos (crónicos?) de Izmailov, Rodriguez e Jeffren, o treinador ficará com um plantel à disposição que lhe dará certamente garantias de uma boa época, que, desejamos, seja traduzida em títulos quando se fecharem as contas.

Aliás, a comunicação social deu antes do derby eterno muito mais enfoque ao facto do Benfica não ter Luisão, do que ao facto do Sporting não ter, além dos três que acima refiro, também Rinaudo, todos potenciais titulares na equipa, que lhe confeririam certamente mais soluções, designadamente nos processos ofensivos.

Perdemos o jogo, é certo, e perdemos (outra vez) Matias Fernandez - lesão muscular - e Schaars - 4º cartão amarelo -, que eleva provavelmente para 6 o número de indisponíveis para o próximo jogo do campeonato. Cerca de meia equipa de jogadores de qualidade indiscutível. Por muita criatividade e competência que Domingos tenha, não será fácil manter o nível elevado com tanta mão-de-obra tão valorosa de fora.

Em relação à "gaiola", ao penalti de Jardel sobre Onyewu ou aos critérios que determinaram a expulsão de Cardozo, não tenho muito a dizer já que vêm no seguimento das características dominantes do futebol português, sempre muito cheias destes detalhes.

Desejo apenas que, quando nos voltarmos a encontrar e Alvalada a história se possa repetir (em termos de desempenho) mas que o resultado nos seja favorável, como pode ser.

sábado, 15 de outubro de 2011

OE MAIS DURO DE SEMPRE !

Parece reunir consenso esta observação.
Como parece reunir consenso a prespectiva da uma fortíssima contracção do consumo e da economia.
Não há um só português que possa ter ficado indiferente ao recente anúncio de Pedro Passos Coelho sobre as medidas de austeridade, nem um apenas que tenha ficado contente com elas.
São medidas duríssimas, penalizadoras para funcionários e pensionistas da função pública como julgo que jamais foram.

Mais do que relembrar o buraco imenso cavado pelo anterior governo - duplicou a dívida soberana em apenas 6 anos - ou recordar como em 2009 se aumentaram irresponsavelmente esses mesmos funcionários públicos em 3% - que ao que parece o estado não sabe bem quantos são ao certo - e que se reduziu o IVA para ganhar eleições, ou ainda questionar para que servem os mais de 30 milhões gastos no aeroporto de Beja, que ainda nem sequer atingiu a marca de 800 passageiros, importará procurar alternativas diferentes das agora anunciadas.

Todos percebemos que temos objectivos a atingir para garantir a continuidade do financiamento acordado com a troika, sem o qual não nos sustentávamos. Todos já percebemos que na Madeira afinal não haviam só túneis nas estradas, mas também nas finanças regionais. Todos já entendemos que também por cá, pelo continente, haviam um conjunto de despesas não quantificadas que desagravavam e mascaravam o défice.

É líquido também que estas medidas vão ter efeito recessivo. Preocupa-me o facto de ser eminente uma redução substancial da receita fiscal prevista - por redução no consumo e aumento da economia paralela - que possa obrigar a um orçamento rectificativo ainda mais austero e assim sucessivamente.

E a banca. A banca que não tem liquidez para financiar a economia, facto que me preocupa na mesma medida. Milhares de micro, pequenas e médias empresas estão já a cumprir planos de amortização de dívida à banca - por ela impostos - porque ficaram entretanto numa situação difícil. Isso mesmo. Já não se trata apenas de não ter acesso ao crédito, como de devolver o crédito acordado, numa fase de declínio gritante de actividade, o que acarreta problemas acrescidos aos que a conjuntura actual por sí já impõe. Antevejo mais uns milhares de falências e outros tantos milhares a engrossarem as filas do desemprego.

Tinha a expectativa de que medidas austeras viriam. Estavam de resto anunciadas como tal desde a concretização do acordo de financiamento com a troika. Mas tinha também a expectativa de que a redução da despesa fosse de ordem tal que atenuasse a austeridade do lado da receita. Não foi bem assim, apesar de terem sido dados passos nesse sentido. Também percebo que em 3 ou 4 meses não se podem fazer milagres.

Sabemos que temos um financiamento acordado e que a sua concretização dependerá do cumprimento dos objectivos. Sabemos que temos que os cumprir porque o seu contrário fará com estas medidas de austeridade pareçam afinal soft se comparadas com o que aí viria.
O problema está nas alternativas às medidas para atingirmos os rácios negociados. Ainda não vi ou ouvi alternativas de facto que viablizem uma solução interna que permitam atingir os objectivos sem que tão violentas medidas sejam necessárias. Questiono até se elas existirão, no plano interno nacional.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

E AGORA VAMOS TIRAR UM VEREADOR - Pode ser?

A austeridade chegou ao nosso município, como haveria de chegar. Eles diziam que não, mas cá chegou.

Reduzidas algumas receitas importantes, nomeadamente ao nível das transferências da administração central, a CMG não teve outro remédio senão emendar a mão e apertar o cinto.
Se já eram desaconselháveis gastos excessivos em quadros a óleo, ou coisa que o valha, agora nem se fala. Se já teria sido prudente avaliar o impacto de alguns investimentos, nomeadamente em património edificado, agora não há nada p´ra ninguém. Muitos deles estão lá, com muitos custos para suportar, durante muito tempo. Ao ponto de aparentemente termos que entalar o novo Centro de Saúde num beco de um estacionamento.
A redução de custos parece agora ter chegado ao pessoal, atendendo às pessoas que têm vindo a sair no terminus dos seus contratos, dando mais um empurrãozinho à taxa de desemprego.

E as receitas. Não parece haver margem para reduções. Nem no IMI, nem na derrama, nem no IRS, nem em lado nenhum. Sabemos que uma gestão prudente não deve ser populista mas antes realista e rigorosa. Sabemos que atravessamos tempos difíceis e que medidas austeras são necessárias para garantir o necessário equilíbrio financeiro, de forma a não comprometer a sustentabilidade.

Mas mesmo a ter essa noção perfeita, não posso deixar passar sem que fique aqui esta questão: se saem trabalhadores para redução de custos; se não há margem para aliviar receitas - algumas com possibilidades de terem impacto directo na carteira dos munícipes - não seria uma boa oportunidade para reduzir os custos com o executivo municipal?

É que se já era escandalosa a quantidade de vereadores a tempo inteiro - máximo absoluto da história da nossa democracia local - é agora um atentado moral que o executivo rosa se vire para todos os lados, menos para dentro de si mesmo. Existe aqui um claríssimo controle partidário da instituição local e parece que isso nos passa ao lado, como senão andássemos todos a dar para esse peditório.

E seria importante que o PS/Golegã clarificasse a sua posição: está a favor ou contra esta enormidade? Estará apenas sujeito à vontade do líder da autarquia, independente, como se sabe, ou corrobora desta situação? É que como diz o povo, quem cala consente e nem que seja por omissão, a ideia que fica é que os socialistas locais nada têm contra o facto, estando por dedução, a favor.

Se existem momentos em que os políticos devem dar exemplos, não encontro nenhum melhor que este para que o PS assuma de vez o seu erro e reduza rapidamente os custos com o executivo municipal. Por uma questão de solidariedade política e social, para com aqueles que também contribuem para alimentar este "badocha" que é o Estado Português e, como se vê, os seus tentáculos locais.

Se vier, a medida vem tarde. Mas antes tarde que nunca.

RESULTADOS ELEITORAIS - GOLEGÃ

Aqui ficam os resultados das Eleições Legislativas de ontem, no Concelho da Golegã.


Ao nível do Concelho o PSD saiu vencedor, registando a subida mais significativa relativamente aos resultados obtidos em 2009, ainda assim abaixo dos resultados nacionais, o que não é de estranhar, dado o seu "tendão de Aquiles", Azinhaga.
PS com pior resultado dos últimos 24 anos, foi o grande derrotado.
CDS com boa votação, acima dos seus resultados nacionais e a melhor de sempre no Concelho.
CDU manteve praticamente o seu eleitorado, como é habitual.
BE também perde mais de metade dos votos obtidos em 2009.

Na freguesia da Golegã PSD acentuou a sua supremacia, crescendo mais de 13% face a 2009 e é o grande vencedor.
PS com perde mais de 8% em relação a 2009.
CDS cresce relativamente às eleições anteriores e obtém muito bom resultado.
CDU mantém praticamente o seu eleitorado, perdendo apenas cerca de 1.5%.
BE perde mais de 50%.

PS vence em Azinhaga, com apenas mais 3 votos que a CDU, caindo quase 7%. Na desgraça que foram os resultados salva aqui a "honra do convento".
CDU igual a si própria em Azinhaga onde faz a mesma percentagem que em 2009.
PSD é o partido que mais cresce em Azinhaga (5.6%) mas ainda assim não consegue descolar do 3º lugar.
CDS também cresce (4.3%) e faz um bom resultado num eleitorado que também lhe é hostil.

Assim e resumindo, por aqui nada de novo:
PSD é o claro vencedor;
CDS a seguir;
CDU fica praticamente igual;
PS com queda estrondosa;
BE com maior perda de votos de todos.

PS EM OPOSIÇÃO - Como será agora?

Portugal unido e forte é justamente o que todos nós desejamos e, mais importante, necessitamos. Portugal unido passará desde logo pela abordagem política no parlamento ao nível da concertação social, fundamental para a estabilidade de qualquer governo.

Eu tenho receio que tal não seja possível nesse âmbito. Já nem falo da colaboração do PS em matérias carentes de alteração, algumas que necessitarão claramente de revisão constitucional. Olho o PS e lembro-me do partido da última metade da década de 80 e primeira metade dos anos 90. Lembro-me bem da sua participação na contestação social ao então governo de Cavaco Silva. Lembro-me bem do aproveitamento do caso das portagens da ponte 25 de Abril, dos acontecimentos na fábrica Pereira Roldão e muitos outros casos.

As cúpulas do PS bem avisaram na campanha que PSD e CDS terão mais dificuldade em conter a contestação social que se avizinha num futuro próximo. Imagino que João Proença e a socialista UGT não terão a partir de agora mãos a medir, imaginando ainda o corropio que deve andar por ali.

Estou expectante quanto à posição do PS oposição vs. PS governo em relação ao cumprimento do acordo que o próprio PS assinou com a troika estrangeira. É que esse acordo assume que Portugal terá que assumir medidas de austeridade no sentido de alguma liberalização em matéria económica, do emagrecimento do Estado e do controle das finanças públicas também pelo lado da receita, leia-se provável aumento de impostos. Segundo julgo saber, o PS assumiu ainda com a troika rever a lei laboral, desagravando por exemplo os valores das indemnizações nos despedimentos. Entre muitos objectivos constantes do memorando de entendimento, aguardemos pela diferença do antigo PS para o novo PS.

Não espero ainda assim uma transformação imediata. O PS vai necessitar de algum tempo. Tempo para eleger a nova liderança; tempo para que essa liderança vença o fantasma de Sócrates; tempo para digerir uma derrota mais substancial que esperava; tempo para adaptar o aparelho partidário à nova realidade; tempo para deixar esquecer que foi o outro PS que assinou o acordo de ajuda externa. Esse será também o tempo do estado de graça de Passos Coelho e do PSD, que antevejo mais curto que o normal.

A partir daí teremos um renovado PS, firme na contestação social, agressivo na crítica ao governo, procurando demonstrar que não teve nada que ver com a governação dos últimos 15 anos. Teremos um PS que irá contradizer muito daquilo que defendeu na campanha eleitoral no que diz respeito ao diálogo partidário e à necessidade premente da estabilização do ambiente político pela supremacia do supremo interesse nacional.

Digo-vos com a mesma sinceridade que espero estar enganado, porque Portugal precisa de um PS forte e responsável, actuando no sentido de dar a sua colaboração de grande partido que é ao desenvolvimento do País.

AÍ ESTÁ A MUDANÇA



Passos Coelho e o PSD protagonizaram ontem a tão desejada mudança, através do voto inequívoco dos portugueses.
Numa vitória que apesar de não ter sido de maioria absoluta - faltaram 8 deputados, prevendo o que pode vir de fora ainda - foi expressiva o suficiente para clarificar o peso político que o PSD deverá assumir na governação de Portugal, juntamente com o CDS que obteve igualmente um bom resultado.
A propósito, deixem-me sublinhar o facto pouco habitual de ambos os partidos terem crescido na mesma eleição, facto esse que explicará quase na totalidade o porquê do PSD não ter obtido a maioria absoluta.
Aí está pois a mudança.
Espero agora que além daquilo em que não tenho muitas dúvidas que irá mudar - um conjunto de políticas em sectores nevrálgicos da nossa sociedade - o PSD tenha também o mérito de conseguir mudar algo fundamental no nosso sistema: resistir à tentação do aparelhismo partidário, dos jobs for the boys e do controle da sociedade pela via da intervenção do e no Estado.
É pois de extraordinária importância conter o apetite de todos aqueles que do interior do partido, se aprestam para espreitar qualquer oportunidade que possam vislumbrar para o tal exercício de aparelhismo.
Se Passos Coelho conseguir orientar o seu partido e o País para esse rumo, poderá escrever na história uma página importante, que a própria história tratará de perpetuar.
Espera-se que Passos Coelho não falhe, pela razão simples de que não tem margem para falhar. Espera-se do PSD a prática do que defendeu em teoria nos últimos anos.
Espera-se que Portugal encontre agora nos seus governantes uma postura de verdade e honestidade política, mas também competência e coragem para mudar efectivamente em Portugal muitas coisas que devem ser rapidamente alteradas.
Eu tenho esperança que tal possa suceder, mais do que o receio de que tal não seja possível.