sábado, 20 de março de 2010

ALTERAÇÕES DE "MEIAS-TINTAS"

MELHORAS LIGEIRAS PARA AUTOMOBILISTAS
TRANSEUNTES QUE SE LIXEM

Já tinha aqui falado na necessidade da reabertura da Travessa da Misericórdia ao trânsito, embora integrada numa alteração substancial da Rua Agostinho Macedo, não apenas na adopção de um sentido único para viaturas, mas também alterando e melhorando as condições de acessibilidade a pedestres, com a eliminação de passeios, ao jeito de resto do que foi feito na Rua D. Afonso Henriques.

O objectivo do conjunto de alterações sugeridas visava o benefício das condições de mobilidade automóvel e, cumulativamente, o benefício das condições para os que andam a pé, numa artéria onde congestionamentos vários são mais que evidentes.

O artigo de que falo data de Junho de 2008. A Travessa da Misericórdia reabriu em finais Fevereiro de 2010.

Mas as alterações na Agostinho Macedo (mais conhecida entre nós pela Rua do Paiva) ficaram pelas "meias-tintas". E quando falo em "meias-tintas" falo no sentido figurado, mas também na sua verdadeira acepção. E porquê "meias-tintas"? Porque se proibiu o acesso a quem vem de Sul (Azinhaga) e de Norte (por detrás do antigo Hospital) mas não se restringiu o sentido Hotel/Praça, para quem vem do lado da Câmara. Em resumo, os problemas na Agostinho Macedo continuam como estavam. Só melhorou um pouco o acesso.

As razões invocadas para a alteração são evidentes. Virar para a Agostinho Macedo era complicado, pela reduzida largura da via, quando nessa estavam viaturas paradas no semáforo. A preocupação foi em relação aos automobilistas. Os transeuntes continuam com os problemas de sempre. As pessoas com mobilidade condicionada foram novamente esquecidas em mais uma demonstração clara de ausência de um plano que vise melhorar as acessibilidades, também na via pública. Foi pena.

E já agora que reabriu, façam lá o favor de colocar a sinalização como deve ser (ver foto no início). É só dar a cambalhota ao sinal... Está assinalado e tudo!

E esta foi de borla...

3 comentários:

José Morgado disse...

Boas Sr. Eng.
Ainda nao me inteirei muito sobre a sinalização em questão, mas acho que quem circula na rua josé relvas tem o sinal de proibição de virar á direita, certo?
Se for o caso o sinal indicado por vós também nao será o adequado ao local, seria sim o de sentido obrigatório.
O sinal que está indica que o transito se faz nos dois sentidos.
Na minha opinião acho que as autoridades deviam dar um parecer quanto á sinalização e o que acontece é que a informação das alterações no transito nem sequer chega ás autoridades policiais...
Talvez por incompetencia dos chefes, ou por má relação entre as entidades...
Cumprimentos,
José Morgado

José Godinho Lopes disse...

Olá Sr. Morgado.

Seja bem-vindo.

É verdade que na José Relvas tem o sinal de proibição de virar à direita. Logo, a Travessa da Misericórdia tem sentido único. Logo o sinal que assinalo na foto está errado. Diria duplamente errado (porque já que lá está, que pelo menos estivesse ao contrário).

Quanto ao facto das autoridades policiais darem parecer sobre a sinalização, acho duas coisas incríveis. A primeira é isso não ser obrigatório. A segunda é não haver o bom senso (mesmo sem obrigação) de as consultar.

Mas você resume isso na perfeição, na parte final.

Cumprimentos e continuação de bom fim de semana.

José Godinho Lopes disse...

Bom dia Sr. Morgado,

Afinal parece que na José Relvas só não podem virar à direita pesados, o que faz com que o sinal identificado no artigo possa fazer sentido. Já lá passei várias vezes e não me lembro de ter visto o adicional, mas ok.

Isto não deixa de me surpreender, porque fazer da Travessa da Misericórdia uma via com dois sentidos não me parece ter qualquer sentido. Além disso contraria o que foi escrito no relatório da actividade municipal, que li com atenção sobre o assunto e que reza assim "Assim,
recria‐se uma nova situação de “shunt”, união, de sentido único entre a Rua José Farinha Relvas e a Rua
José Relvas pela Travessa da Capela de Nossa Senhora dos Anjos, com o objectivo de evitar acidentes", descrição essa onde me baseei para sustentar o conteúdo do artigo em referência.

Mas ao que vejo, parece que já não é assim.