sábado, 31 de maio de 2008

FERREIRA LEITE PRESIDENTE DO PSD

A nova líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, teve 37,66% dos votos, mais 6% do que Pedro Passos Coelho (31,07%). Pedro Santana Lopes, o terceiro mais votado, teve 29,82%, e Mário Patinha Antão ficou abaixo de 1%.

Votaram nas directas 43.900 militantes do PSD, tendo a abstenção atingido os 43%.
«Cessam as minhas funções como líder parlamentar», afirmou Pedro Santana Lopes no discurso da derrota, dizendo-se indisponível para liderar a bancada quando discorda das posições da líder do partido.

«Ferreira Leite tem inteira legitimidade para liderar o partido», afirmou, no entanto, Santana Lopes no discurso de derrota, lembrando que o facto da candidata não conseguir uma maioria absoluta nada interfere com a sua eleição.

Santana Lopes felicitou ainda Passos Coelho, o segundo candidato mais votado, pelo «resultado significativo» e lembrou ainda Mário Patinha Antão, e o «esforço que fez na campanha».

DIA D NO PSD - FERREIRA LEITE OU PASSOS COELHO?

Hoje é o dia D no PSD. Hoje os militantes vão às urnas fazer a sua escolha do próximo líder do partido, aquele que terá que enfrentar os difíceis desafios eleitorais do próximo ano. Não menos importante, o próximo líder deverá ser aquele que demonstrou maior capacidade para agregar um partido dividido, um partido amorfo, um partido que «não passa» para a sociedade civil. Um partido que vem de uma liderança atípica e populista, que condicionou o potencial eleitoral a curto prazo, sendo desejável que não seja mal suficiente para o condicionar a médio e longo prazo.

Por isso continuo a acreditar com toda a convicção que Manuela Ferreira Leite é aquela que reúne mais capacidade para essa tarefa. É a mais respeitável, a que tem mais peso específico político, a que possui um nível mais elevado de credibilidade, mas é acima de tudo aquela que vai mais ao encontro do PSD social-democrata, aquela que mais e melhor se identifica ideologicamente com a génese ideológica do Partido, como aliás demonstrou ao longo desta campanha.

Sob o ponto de vista do idealismo, assistimos na verdade a uma disputa bipartida : por um lado Manuela Ferreira Leite na defesa de uma matriz social-democrata ; por outro Pedro Passos Coelho numa toada mais social-liberal, ainda que com alguns exageros nesse liberalismo confesso. Quanto à candidatura de Pedro Santana Lopes, foi a mais anfíbia, a mais atípica, aquela que tentou ser ideologicamente mais tudo e que foi a mais nada, ao estilo aliás do próprio.

É por isso que hoje ao votarem, será legítima a alguns militantes a dúvida entre a opção por Manuela Ferreira Leite e Pedro Passos Coelho.

INQUÉRITO - ELEIÇÕES NO PSD

É com satisfação que vejo, mais uma vez, que se regista uma assinalável participação nos inquéritos deste blog. Fico contente. Já vem sendo tradicional e tem sido uma falta minha não ter feito qualquer comentário aos inquéritos já fechados. O tempo não dá para tudo e prometo que oportunamente me debruçarei sobre essa questão.

Também me confesso surpreendido pela extraordinária subida de Pedro Santana Lopes nas intenções de voto dos leitores do Golegã XXI. Várias conclusões se poderão retirar de tão súbita e repentina adesão à causa «santanista» (se é que isso existe).

Essas, caros leitores e participantes, deixo-as à vossa consideração.

AS ELEIÇÕES NO PSD E OS TELEMÓVEIS

Assim é.

Associadas às eleições no PSD estão os lucros das operadoras de telecomunicações móveis, tal é a densidade de SMS's e telefonemas de última hora, para garantir mais um voto para a sua candidatura.

Empenhado na eleição da Drª Manuela Ferreira Leite que, espero, saia vencedora das eleições de amanhã, também fiz naturalmente algumas chamadas e alguns contactos com militantes, no sentido de os sensibilizar para a liderança, na minha opinião, que o PSD necessita. Para a importância nevrálgica dessa eleição no futuro próximo daquele que é o «meu» Partido desde 1989.

Presumo que nos outros partidos (aqueles que têm eleições livres) se passe mais ou menos a mesma coisa.

Mas os SMS´s e as chamadas de última hora também têm servido para outro tipo de política, a que não conheço, não pratico e com a qual não pactuo.

Todas as minhas posições, goste-se ou não delas, têm um rosto e uma assinatura. O meu rosto e o meu nome. Tudo o que tenho escrito aqui (pela razão principal de que tenho esse direito e, não menos importante, porque quero) já o disse no local próprio sem qualquer espécie de constrangimento. E não vi, nessa altura SMS´s e chamadas de última hora.

Os telemóveis hoje são muito pequeninos. Mas continua tanta gente a esconder-se por detrás deles...

sexta-feira, 30 de maio de 2008

POLO DA FUNDAÇÃO SARAMAGO EM AZINHAGA

O Pólo da Fundação José Saramago irá funcionar num edifício da Junta de Freguesia de Azinhaga, no Largo da Praça que já foi prisão, registo civil, leitaria e sede da Junta até meados da década de 1980 e será inaugurado amanhã, 31 de Maio, sendo que para o evento está garantida a presença do escritor.

O Pólo irá funcionar como livraria, café, espaço internet e casa-museu com algum espólio do escritor. Por outro lado, irá receber todas as obras de José Saramago e a respectivas traduções nas várias línguas.

A sede da Fundação José Saramago será partilhada por Lisboa e Lanzarote, onde o escritor vive, e terá um Pólo na Azinhaga e um outro em Castril, Granada, terra natal de Pilar del Rio.

A recepção na Junta de Freguesia às entidades oficiais com a presença do Rancho Folclórico “Os Campinos” da Azinhaga e a Sociedade de Recreio Musical Azinhaguense 1º de Dezembro está marcada para as 15h30. Segue-se a assinatura de protocolo de geminação entre a Azinhaga, Tias (Lanzarote) e Castril (Granada). Depois, terá lugar a homenagem da Assembleia de Freguesia com a adopção de Pilar del Rio, como filha da Azinhaga e descerramento da placa toponímica “Rua Pilar del Rio”.

Mais tarde, pelas 18 horas, no Largo do Miradouro, será apresentado o apontamento de teatro “O que fazemos com estes livros José?” e o recital “Herdeiros da voz de Saramago”, pelos alunos da Escola EB Mestre Martins Correia.A inauguração do pólo da Fundação José Saramago está marcada para as 18h45, a que se segue um lanche.

À noite, pelas 22 horas, no Pátio do Arnado, realiza-se uma largada de toiros.

ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA NA GOLEGÃ

Fruto de uma estratégia, em determinado sentido conseguida pelo poder local, foi-se criando um clima saudável e atractivo de captação de algum investimento imobiliário, que é inevitável reconhecer. A estratégia da auto-elevação da Golegã a "Capital do Cavalo" a par do dinamismo promocional do potencial da nossa terra, trouxeram de facto alguns investidores que viram aqui condições para implementar algumas iniciativas. Isso é inegável e mérito de quem promoveu e desenvolveu esta estratégia.

Destaca-se deste investimento o ramo imobiliário habitacional, começando a notar-se, até dado momento, alguma insistência na promoção de habitação colectiva, que entretanto parece esgotada. As habitações de carácter unifamiliar começaram também a aparecer com mais densidade, enquanto obras novas, sendo no entanto muitas destinadas a segunda habitação, tendo por isso um impacto temporal limitado na economia da vila, quer em receita directa e indirecta para o município, empresários da construção, etc. Já as actividades comerciais acabaram por ter ganhos meramente residuais, dado que as ocupações dos imóveis são sazonais e por pouco tempo.

Mas numa terra pouco habituada a variações imobiliárias, rapidamente se induziu a ideia de que tudo na Golegã veria exponencialmente aumentado o seu valor comercial, transportando-nos para uma esfera de especulação, até agora, quase incontrolável.

Até que os primeiros indícios apareceram, com os investidores a procurarem "casas velhas" e pequenas, para poderem ter a sua segunda habitação na Capital do Cavalo a custos bem mais moderados, o que fez disparar também os valores "comerciais" de imóveis altamente desvalorizados, pelas suas características diversas.

O Município decidiu não alterar a sua estratégia, o clima especulativo manteve-se inalterado. Só que o "mercado" na vila é curto, a população não cresce e os activos procuram outras paragens, também devido, diga-se, à actual conjuntura económico-social que se vive no País. Este êxodo não é naturalmente exclusivo ao nosso Concelho, mas a quase todos com caracterização similar, quer económica, quer ao nível da sua interioridade e falta de dinamização empresarial.

O esgotamento do mercado associado a um clima demasiado hostil em termos económicos, em especial num Concelho com uma classe média reduzida, levou a que o investimento imobiliário abrandasse, mantendo-se ainda assim, como quem espera por uma solução salvítica milagrosa, o clima de alta especulação.

"Pedem-se" já hoje valores superiores a 250,00€/m2 por "lotes" altamente limitados sob o ponto de vista da confrontação com edificações existentes, tornando difícil a promoção de habitação com uma integração minimamente cuidada. Sei até das tais "casas velhas" que já se pretendem vender por valores superiores a 500,00€/m2, cujo estado de degradação é tal, que só uma demolição total permite uma qualquer solução para novo aproveitamento.

Mais grave, transaccionam-se terrenos em zona industrial acima dos 50,00€/m2 (!!), que retira a qualquer investidor todas as veleidades que possa ter em instalar aqui o seu negócio.

Este clima de especulação que teima em persistir e que nos retira competitividade em relação aos "mercados" análogos de Concelhos limítrofes, alguns mais dotados de condições de "atracção" de nova população, não só meramente geracional, mas também de carácter migratório.

Hoje e apenas por curiosidade comparativa, fica mais barato adquirir um lote na Urbanização do Bonito no Entroncamento do que na área urbana da Golegã, com todas as condições que um e outro espaço possam proporcionar aos seus novos habitantes, bem como as estruturas diversas de proximidade, como seja acessos rodoviários, ferroviários, comerciais, empresariais, industriais, serviços, etc. Ainda admitiria este clima especulativo, caso fosse provocado por uma redução da oferta e simultânea manutenção dos níveis de procura, relação que normalmente conduz a uma situação dessa natureza. Mas infelizmente não é o caso.

Este "fenómeno" permitirá seguramente dois tipos de leitura sob o ponto de vista político e estratégico: por um lado irão alguns dizer que a especulação é fruto de uma incessante procura e que traduz a valorização da estratégia de desenvolvimento promovida e ainda que aos governos locais não cabe a regulação dos mercados, livres, imobiliários, de iniciativa privada; outros acharão que a estratégia de desenvolvimento seguida nos últimos anos, com charme mas sem um imprescindível suporte ao nível da promoção do tecido económico, estará gasta e necessita de um rápido «redireccionamento» na procura de equilibrar os «pratos da balança».

Cada um terá a «sua verdade».

quinta-feira, 29 de maio de 2008

O INTÉRPRETE. RECOMENDÁVEL.


O passado fim de semana, nas raras oras de ócio, aproveitei para colocar alguma leitura em dia e tive a oportunidade de ler "O intérprete", um magnífico relato de Daoud Hari sobre o genocídio no Darfur.

Um relato arripiante sobre o horrível genocídio no Darfur, por um sudanês que escapou a um ataque à sua aldeia e é intérprete para várias entidades, como o New York Times e a BBC.

Um retrato ainda que ligeiro, que nos faz "voar" ao Darfur e "viver" por umas horas o cenário de horror (des)humano naquelas longínquas paragens.

Altamente recomendável.

MANDATÁRIO ESQUECE-SE DAS QUOTAS

O mandatário da secção da Golegã da candidatura de Pedro Passos Coelho, que confesso desconhecer quem é, sabendo apenas que se chama Armando Rebelo, fez questão de enviar uma carta a todos os militantes desta secção, dando conta da sua função e apresentando as ideias chave do seu candidato.

Ainda num clima de confissão, admito ter ficado surpreendido, por com tantos anos de militância nunca ter conhecido aquele que foi escolhido como mandatário dessa candidatura.

Mas o mais engraçado da questão, é que o mandatário não aparece nos cadernos eleitorais e, por isso, logicamente não vai poder exercer o seu direito de voto, ajudando a eleger o seu candidato!

Ter-se-á esquecido de pagar as quotas?

SONDAGENS "DÃO" VITÓRIA A FERREIRA LEITE

Sondagens recentes apontam para uma vitória clara de Manuela Ferreira Leite no próximo sábado, na corrida à liderança do PSD.

À pergunta «Quem tem mais hipóteses de vencer eleições a Sócrates? (Apenas eleitores do PSD)», o resultado foi o seguinte:

Manuela Ferreira Leite: 64,1%
Santana Lopes: 20%
Pedro Passos Coelho: 5,8%~
Mário Patinha Antão: 1,6%
António Neto da Silva: 0,1%
Outro nome: 0,3%
Indiferente: 1,5%
Sem opinião: 6,6%

Segundo a sondagem, a maioria dos portugueses (total da amostra) também acredita que Ferreira Leite é quem tem mais hipóteses de vencer as legislativas entre os cinco candidatos: 52,5% dos inquiridos apontam o seu nome. Com uma diferença de 29 pontos percentuais está Santana Lopes. Passos Coelho, que tem sido apontado dentro do PSD como um candidato que mobiliza muitos apoios, fica-se pelos 7,8%. Recorde-se que o ex-líder da JSD nunca teve funções em governos. A sua candidatura não comenta esta sondagem.

É importante perceber pois que além da simples escolha do líder do Partido, os militantes poderão também estar a escolher o potencial Primeiro-Ministro de Portugal.

À pergunta «Quem é o melhor candidato? (Nesta pergunta não foi sugerido qualquer nome - Eleitores do PSD), os resultados foram os seguintes:

Manuela Ferreira Leite: 40,8%
Santana Lopes: 13,2%
Alberto João Jardim: 7,5%
Luís Filipe Menezes: 4,5%
Pedro Passos Coelho: 3%
Marcelo Rebelo de Sousa: 2,5%
Cavaco Silva: 1%
Outro nome: 4,1%
Sem opinião: 23,4%

Agora há que concretizar esta projecção. Todos não serão demais na sua contribuição para a eleição de Manuela Ferreira Leite.

Por Portugal. Pelo PSD.

terça-feira, 20 de maio de 2008

MUNÍCIPIOS INVENTAM NOVA TAXA

Foi com satisfação e sensação de justiça, tardia mas com um enquadramento de tolerância no nosso, bem lusitano "antes tarde que nunca", que tomei conhecimento da abolição da tarifa de aluguer do contadores da água, da electricidade e do gás.

Um diploma que foi publicado na edição de 26 de Fevereiro de 2008, do Diário da República veio corrigir uma absurda, incompreensível e injusta situação, uma vez que falamos de serviços de necessidade básica, ainda por cima em mercados sem concorrência. A água paga-se à Câmara, a "luz" à EDP e o gás à concessionária da zona. Ponto.

Como não há bela sem senão, a minha satisfação foi sol de pouca dura. Eis senão quando, a coberto de prerrogativas administrativas discutíveis, é criada uma coisa, acho que chamada de "taxa de disponibilidade da água", que, basicamente deixa tudo na mesma.

Por outras palavras: é ilegal taxar o contador da água (e os outros), devido ao justo entendimento de se tratar(em) de serviço(s) de necessidade básica; solução: chama-se outro nome à taxa e o sentido de ilegalidade fica camuflado; resultado: pagamos todos o mesmo.
Como ver uma luz ao fundo do túnel é aguardar que a legalidade desta medida seja desmontada, "agarrando-me" com fé às palavras do o secretário de Estado da Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro, "A questão que eu coloco é de a mera substituição de uma taxa de aluguer que servia para amortizar o contador por outra taxa que tenha como objectivo amortizar a construção, conversação e manutenção da rede".

Percebo que as Câmaras Municipais se debatam com dificuldades de carácter financeiro e que tenham forçosamente que procurar com criatividade fontes de receita. Mas em nós, os anónimos consumidores, quem pensa? Quem compreende? Não chega já a enorme carga fiscal, contributiva, etc?

Enquanto se continuar a olhar para as receitas como soluções de todos os males (financeiros), e se continuar a desprezar a redução do peso das máquinas administrativas do Estado, há-se sempre sobrar para nós.

Sempre.

BOICOTE A GASOLINEIRAS


Fruto dos sucessivos aumentos do preço dos combustíveis, têm surgido vários movimentos protestativos, mais ou menos institucionais, com maior ou menor peso, mas bastante consonantes relativamente à questão central da subida exponencial dos produtos petrolíferos, que se verificou em 2008, salvo erro, por 19 vezes!

Os portugueses em geral têm sofrido na carteira com estas e outras medidas de austeridade, pese embora sabermos que algumas são acima de tudo introduzidas fruto da conjuntura internacional.

A ANAREC (Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis) fez inclusivamente uma proposta ao Governo, no sentido de promover uma descida no ISP (imposto sobre produtos petrolíferos), que, segundo a mesma, permitiria reduzir entre 21 e 22 cêntimos o preço da gasolina e de dez a 11 cêntimos o preço do gasóleo. Outra razão apontada pela ANAREC para esta sugestão, prende-se com o facto de desencorajar os abastecimentos em Espanha. A associação considera que, se não houver qualquer descida do ISP, este será um ano catastrófico para a economia nacional.

A "talho de foice" e a propósito de Espanha, ouvi recentemente o proprietário da João Pires Internacional Transportes Lda., admitir que mais de 90% dos abastecimentos da sua (grande) frota são efectuados em Espanha, ficando Portugal com um valor meramente residual. Calculou o empresário que só em ISP, o estado Português teria deixado de arrecadar qualquer coisa como dois milhões e meio de euros, apenas com a sua empresa.

Entre os vários movimentos de protesto, surgem agora em circulação e-mails a "convocar" um boicote à Galp, à Repsol e à BP, nos dias 01, 02 e 03 de Junho.

Para todos os que considerarem pertinente este boicote, não se esqueçam das datas !!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

GLOBOS DE OURO 2008 - Show extra


Assistimos recentemente à cerimónia de atribuição dos globos de ouro, promovida pela SIC e por isso todos assistimos também ao show suplementar de Herman José e Jorge Palma.

Terá Herman José apenas procurado ressuscitar num palco com enorme visibilidade, demonstrando toda a sua vitalidade humorística, ou terá procurado somente proteger o seu amigo, percebendo o estado pouco "aconselhável" em que este se encontrava?

PORTUGAL SEM PACIÊNCIA PARA O PSD

Portugal e os Portugueses estão com pouca paciência para os problemas internos no PSD. O partido que teve a responsabilidade de governar Portugal numa esfera de estabilidade política até então inédita na nossa democracia, está agora com os seus níveis de credibilidade bastante baixos. E se pode queixar-se de alguma influência externa, nomeadamente à hostilidade de alguns sectores da comunicação social, também é verdade que se tem posto bastante a jeito.

Os militantes do PSD têm agora a oportunidade de restituir a imagem de credibilidade, de respeito político e de alternativa consistente ao seu partido. Nas próximas directas de 31 de Maio, é da responsabilidade de todos os militantes a escolha do caminho. É de todos que depende o futuro do partido.

Já chega de querelas internas, de bloqueios, de má imagem. Já chega de andar de costas voltadas ao País. Já chega de populismo e de "meninos-guerreiros". Já chega de show-off. O PSD necessita com urgência de se repensar ideologicamente. De se restruturar internamente. De auto-promover uma cultura interna estratégica que defenda verdadeiramente os interesses de Portugal. Sem receio da verdade e sem receio da impopularidade. Comprometer os desígnios programáticos com vista a resultados eleitorais é apenas mais do mesmo.

Imaginem que o PSD tinha para apresentar ao País apenas dois candidatos. Passos Coelho e Santana Lopes. Será que o País levava o partido a sério? É que esta é uma questão fulcral. Portugal não leva o PSD a sério. Quando o PSD fala o País não ouve. Quanto o PSD aje, o País não repara. Quanto o PSD reivindica, o País lembra-o o que tem feito.

É por isso que esta "travessia no deserto" não pode continuar. É por isso que, por Portugal, o PSD tem que reencontrar o seu caminho.

É por isso que é decisivo o voto em Manuela Ferreira Leite.
Por Portugal. Pelo PSD.

NO SMOKERS II


O Sr. Primeiro Ministro, em viagem para a Venezuela, decidiu fumar um cigarro em pleno voo, provavelmente para aliviar o stress que a sua governação lhe tem provocado.

Até sou daqueles que acha que o País tem coisas bastante mais importantes para discutir do que os devaneios dos nossos governantes. Mas meus amigos, um governante tem uma responsabilidade acrescida no cumprimento de determinadas normas de conduta, bem como tem uma responsabilidade acrescida no cumprimento integral das leis.

Choca-me por isso este tipo de comportamento. Mas o que me deixou absolutamente siderado foi o facto do Sr. Primeiro Ministro ter a lata (perdoem-me mas não encontro expressão mais adequada) de dizer ao País e aos Portugueses, que não sabia que era proibido fumar em aviões, num triste e ridículo pedido de desculpas, culminado com a promessa de deixar de fumar. Este episódio bate aos pontos os "bitaites" do Ministro Mário Lino!

Um Primeiro Ministro que afirma publicamente desconhecer a proibição de fumar num avião (algo que presumo que toda a gente saiba) é um atirar de areia aos olhos inadmissível que, além de inconcebível, é de um ridículo sem precendentes.

Parece que os nossos governantes, locais e centrais, têm um certo fetiche de fumar onde não podem.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

MISERICÓRDIA DA GOLEGÃ - informática para seniores

A Santa Casa da Misericórdia da Golegã, a par das inúmeras actividades que vai promovendo, proporciona pelo terceiro ano consecutivo aulas de aprendizagem de Informática na Academia Senior, a funcionar na "ex-Casa Vaz".

A iniciativa foi muito bem acolhida pelos participantes, que demonstram, além de enorme entusiasmo e dedicação, uma impressionante facilidade de apreensão dos conteúdos.

O futuro não se constroi apenas com os jovens e a promoção da possibilidade de aprendizagem da utilização de novas tecnologias, assume uma importância tremenda em termos de valorização pessoal.

SITE DE CAMPANHA DE MANUELA FERREIRA LEITE

Está disponível em www.manuelaferreiraleite.pt o site da candidata a Presidente do Partido Social Democrata.

terça-feira, 6 de maio de 2008

AZINHAGA INDIGNADA COM GALARDÃO ECO XXI

A Assembleia de Freguesia de Azinhaga, aprovou por unanimidade uma moção de indignação pelo facto do município de Torres Novas ter recebido, pelo segundo ano consecutivo, o galardão Eco XXI, atribuído pela Associação Bandeira Azul da Europa como reconhecimento de boas práticas na defesa do ambiente.

"É de lamentar que nada tenha sido feito pelo Município de Torres Novas para erradicar tal foco de poluição deste afluente do Rio Tejo. Pelos vistos tal galardão não é só atribuído a quem, efectivamente se preocupa com as boas práticas ambientais, mas também a quem comete crimes deste género, e que se reflectem nas gentes ribeirinhas", pode ler-se na moção aprovada.

Questionado sobre este assunto na Assembleia Municipal de terça-feira, 29 de Abril, Pedro Ferreira, vice-presidente da Câmara, assumiu que nem tudo vai bem em termos ambientais em Torres Novas, mas que o galardão foi merecido: "Cumprimos todos os itens exigidos, especialmente na parte educacional, para obter o galardão . Não quer dizer que não haja problemas ambientais". Pedro Ferreira mostrou-se também ele indignado com a atitude da Assembleia de Freguesia da Azinhaga e disparou: "Nós é que não queremos fazer o mesmo que fez a Azinhaga, mas poderíamos fazê-lo dizendo o que os campos do concelho da Golegã fazem ao ambiente e ao Rio Almonda. Já todos ouvimos falar em pesticidas. Porque é que a Golegã não assume que também tem problemas". O vice-presidente lamentou, por fim, que não haja uma solução para o problema que o rio atravessa.

Além da compreensível indignação, a Assembleia de Freguesia de Azinhaga coloca a nu os critérios questionáveis da atribuição dos galardões. Um "atentado" desta dimensão contra o ambiente deveria ser condição suficiente para a exclusão imediata dos Municípios candidatos.

Mas não é !

segunda-feira, 5 de maio de 2008

MANUELA FERREIRA LEITE - A preferida para liderar PSD

A atestar pelos resultados do inquérito on-line de O Público, Manuela Ferreira Leite é a preferida dos participantes do mesmo. Repare-se no quadro seguinte, que o segundo melhor "resultado" é obtido por Rui Rio (13%), seguido de Marcelo Rebelo de Sousa (12%), sendo que só depois aparecem Pedro Passos Coelho e Santana Lopes, com 11 e 10%, respectivamente.

Sabendo-se que quer Rui Rio, quer Marcelo Rebelo de Sousa não são sequer candidatos à presidência do PSD e que são apoiantes da candidatura de Manuela Ferreira Leite, parece indicar o resultado deste inquérito que ela está na verdade melhor posicionada para ganhar as eleições internas.

Contudo, registe-se que este inquérito não é exclusivamente destinado a militantes do PSD sendo por isso revelador também da imagem que o partido poderá projectar para o País com a liderança de Manuela Ferreira Leite, em detrimento de outras. Este parece-me aliás um indicador claro de que, além do partido, o País prefere esta liderança.

Mesmo assim e apesar de todos os indicadores positivos, é necessário concretizá-los com votos, para que isto possa passar de possibilidade a realidade.




sexta-feira, 2 de maio de 2008

DECORO, SENHORES!

Vai nivelado por baixo o debate político local. Persiste e vai andando sob uma toada jocosa, atingindo até a indelicadeza e roçando a falta de respeito de uns pelos outros.

Numa fase de plena maturação democrática, assume-se como imprescindível que, de uma vez por todas, os intervenientes políticos saibam respeitar os espaços de intervenção quer das maiorias quer das minorias, sendo que todos devem, desejavelmente, contribuir para a credibilização da classe. Essa fase de maturação deveria ter ensinado já a todos noções básicas de respeito pela divergência, de respeito pela alternativa, de respeito pela crítica. Ao que se assiste hoje é tudo menos isso. A (infeliz) frase do Sr. Ministro Santos Silva "só fazem falta os que estão de acordo", poder-se-ía aplicar um pouco por todo o lado, de norte a sul deste pequeno País. Aqui, no nosso Concelho também.

É notória a "despolitização" das populações, com especial incidência para os jovens. Não será razoável que os intervenientes políticos tomem a necessária consciência de que têm contribuído (quase todos, ou pelo menos em quantidade superior à desejável) para esse afastamento e falta de interesse? É lícito, sob todos os pontos de vista e neste cenário de "divórcio" latente, que aqueles que "ousem" publicitar as suas opiniões individuais sejam de imediato alvo da focalização da mira certeira, em especial dos que detém o poder? Não será desejável que a sociedade civil, manifestando-se de forma individual ou colectiva, constitua uma cada vez mais consistente camada de massa crítica, desde que o faça sustentada em valores que enriqueçam esse espaço de intervenção?

Lembram-se ainda muitos, dos tempos em que os que nos governavam procuravam constranger e condicionar o nosso grau de informação e intervenção. Não aprendemos nada? Esta não será uma das mais importantes portas que Abril nos abriu?

Para aqueles que gostam menos de política e que, talvez por isso, não estejam tão atentos, aconselho uma visita pelos sites dos partidos políticos e por aqueles onde (felizmente) se fala de política, para que se perceba a toada menos feliz com que o confronto vai progredindo. Tirem pois, cada um, as vossas próprias conclusões.

A falta de conteúdo programático das discussões é gritante, resumindo-se quase a citações de uns e de outros, procurando ridicularizá-las com o intuito de retirar aos protagonistas crédito político. Mas quando se atinge a dignidade pessoal, meus caros amigos, é tempo de pedir : "haja decoro".

Continuarei a exprimir as minhas opiniões, as minhas preocupações, dentro da bitola que tem caracterizado o conteúdo deste blog. Não me melindra o desacordo de outrem. Não me melindra a imagem de "adversário". Não me melindra ser confrontado com opiniões divergentes. Nem tão pouco me melindra que sejam colocadas de forma contundente.

Melindrar-me-á sempre que me faltem ao respeito, que me envolvam em "guerras" que não são minhas e que me promovam sob uma imagem distorcida, sob pretexto político.

A minha legitimidade de exigir respeito decorre de um factor bastante simples: pelo respeito que tenho tido por todos, mesmo por aqueles com quem não concordo.

Bom fim de semana.