sexta-feira, 27 de novembro de 2009

JORNALISTA DA TSF ACUSA MINISTÉRIO DE ESCUTAS...

MAIS UMA A CONTRIBUIR PARA A CAMPANHA NEGRA

A jornalista da TSF, Ana Catarina Santos, acusa um membro do gabinete da ministra da Educação de ter colocado "um gravador on estrategicamente ao lado dos micros" para gravar as conversas entre os jornalistas ontem à tarde no Ministério. Ana Catarina Santos escreve no Twitter que essa escuta terá sido colocada por António Correia enquanto os jornalistas esperavam pelo final da ronda negocial entre a ministra Isabel Alçada e os sindicatos. "E perguntámos porque gravava as conversas informais dos jornais, e que não tinha autorização. Respondeu-nos: 'Temos as as mesmas armas", escreve a jornalista.

In Sábado On-Line, 26/11/09

ERC VAI AVERIGUAR. E DEPOIS?!

MAIS UM A CONTRIBUIR PARA A CAMPANHA NEGRA

A Entidade Reguladora da Comunicação (ERC) vai “abrir um processo de averiguações tendo como objectivo apurar elementos relativos à situação denunciada publicamente pelo director do jornal Sol”, divulgou hoje este organismo em comunicado, depois de uma reunião do seu Conselho Geral. Esta decisão nasce da denúncia de chantagem que José António Saraiva, director daquele semanário, fez à revista SÁBADO, onde disse: "Uma pessoa do círculo próximo do primeiro-ministro e que conhecia muito bem a situação do jornal e a nossa relação com o banco BCP disse-nos que os nossos problemas ficariam resolvidos se não publicássemos a segunda notícia do Freeport".

A ERC também vai abrir outro processo relativo “a alegadas interferências na independência de alguns órgãos de comunicação social por via do investimento publicitário”, que teve como origem a mesma investigação da SÁBADO. O organismo regulador da comunicação social vai “iniciar um procedimento tendo em vista a análise do cumprimento das regras relativas à publicidade do Estado, identificando eventuais desvios a essas regras”. Todos os partidos da oposição se manifestaram no sentido de a ERC abrir procedimentos sobre estas matérias.

A SÁBADO concluiu no artigo publicado a 19 de Novembro que jornais como o Público e o Sol eram prejudicados nos investimentos publicitários do Governo e de empresas ligadas ao Estado.

In Sábado On-Line, 26/11/09

Agora eu: vai averiguar? Ok. E depois ...?!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

JAS ACUSA GOVERNO DE PRESSÃO SOBRE O SOL

MAIS UM A CONTRIBUIR PARA A CAMPANHA NEGRA

«O director, José António Saraiva, confirmou à SÁBADO as alegadas pressões [políticas sobre o jornal SOL], mas recusou divulgar o seu autor: “Foi alguém muito próximo do primeiro-ministro, mas que não pertence ao Governo.” No dia 15 de janeiro, dois dias antes de o Sol ter publicado a segunda notícia sobre o caso, a direcção do jornal terá recebido o telefonema do alto responsável socialista: “Impressionou-me muito porque a pessoa em causa estava até dentro da situação financeira debilitada do jornal e das negociações que estavam a acontecer com os accionistas”, adianta José António Saraiva. “Disse-me que tudo dependia do que viéssemos a publicar nessa edição”. E se não publicassem nada a situação financeira do jornal ficaria resolvida nesse fim-de-semana. A ameaça, garante, passaria por “estrangular financeiramente o jornal”.»

JÁ TEM SETE MESES. ESTARÁ QUASE A NASCER?

O caso das alegadas pressões de Lopes da Mota, presidente do Eurojust, aos magistrados que investigam o caso Freeport, data de Abril passado, ou seja, tem já sete meses e ultrapassou três eleições.

Parece que deve estar à espera do arquivamento mais do que previsível do caso Freeport, a fim de - que pena! - perder o objecto por inutilidade superveniente da investigação...


In 31 da Armada

Agora sou eu a fazer campanha negra... Ou talvez cabala. Pode ser cabala, gosto mais.

GOLEGÃ EM IMAGEM

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

25 DE NOVEMBRO DE 1975

Faz hoje exactamente 34 anos que Portugal e os portugueses deram um passo decisivo para a instauração da democracia. Faz hoje exactamente 34 anos que a esquerda radical e revolucionária sofreu uma pesada derrota.

No dia 25 de Novembro de 1975, no final do PREC (Processo Revolucionário Em Curso) que se seguiu ao 25 de Abril, Portugal esteve à beira de uma guerra civil. Depois de um período de disputa pelo poder político-militar, que abrange todo o Verão de 1975 (também conhecido como Verão Quente), as forças democráticas (PS, PSD e CDS na esfera partidária, os moderados do MFA (Movimento das Forças Armadas) liderados pelos Grupo dos Nove, e a Igreja Católica), que lutavam por uma democracia tipicamente europeia, e as forças pró-comunistas (PCP, extrema-esquerda e a Esquerda Militar), que procuravam impor ao País um regime autoritário próximo do dos países comunistas, enfrentaram-se em Lisboa.

No fundo, uma luta clara entre a instauração de um modelo de democracia ocidental e o modelo totalitário soviético, num dos períodos mais ricos a agitados da história política portuguesa.

Os vencedores viriam a ser os moderados e o caminho para a democracia foi reaberto, permitindo uma crescente estabilidade assente no reforço do pluripartidarismo e da Assembleia Constituinte, que se tornou visível com a redacção da Primeira Constituição verdadeiramente democrática - a Constituição da República de 1976.

Não podia pois deixar de assinalar a efeméride.

O GOVERNO CONTROLA A COMUNICAÇÃO SOCIAL?

ALGUNS DIZEM QUE SIM

E desses alguns não são uns quaisquer. Foi por exemplo José Manuel Fernandes (director do Público) e agora José António Saraiva (director do SOL). Na última edição do seu jornal, JAS a propósito do controle da comunicação social por parte do governo socialista, diz só isto:
"O SOL foi objecto de chantagem e de uma tentativa de estrangulamento através do BCP (liderado em boa parte por Armando Vara)."
"A TVI, depois de uma tentativa falhada de compra por parte da PT, foi objecto de uma ‘OPA’, que determinou a saída de José Eduardo Moniz e o afastamento dos ecrãs de Manuela Moura Guedes."

"O director do Público foi atacado em público por Sócrates – e, apesar da tão propalada independência do patrão Belmiro de Azevedo, acabou por ser substituído."

"A Controlinvest, de Joaquim Oliveira (que detém o JN, o DN, o 24 Horas, a TSF) está financeiramente dependente do BCP, que por sua vez depende do Governo."
Podem ler o artigo na íntegra.

É evidente que este também entrou na cabala, na campanha negra, na tentativa de decapitação do governo PS.

Porque como todos sabemos, tudo isto é virtual...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

É OU NÃO DA NOSSA CONTA?

Em debate cerrado em tudo o que é órgão de comunicação social está o já famoso caso Face Oculta. Já aqui escrevi que deve ser discutido na justiça o que é da justiça e na política o que é da política. Será porventura ténue a linha que separa ambas, em alguns casos. Mas alguém tem que a encontrar.

As declarações de Francisco Assis e Vieira da Silva não me surpreendem. São do PS e sabe-se como o PS trata destas coisas. Relembremos o caso BPN e o envolvimento de elementos com ligação ao PSD. Não foi assim há tanto tempo e, para aqueles que não se recordam, deixo-vos um pequeno exemplo: "Certamente por acaso e só por acaso todos aqueles senhores são figuras gradas do PSD. Estamos à espera que o PSD se prenuncie sobre a roubalheira do BPN ". Não, a frase não é minha. É de Vital Moreira, então cabeça de lista do PS às "europeias", associando então o PSD aos problemas do BPN, à roubalheira, como fez questão de chamar. Então não era uma questão da justiça. Era um julgamento prévio na praça pública, ao PSD e alguns seus militantes. Nesta matéria, não me parece que o PSD deva alguma coisa ao PS...

À época não ouvi Francisco Assis clamar e denunciar tentativas de decapitação. Não ouvi Vieira da Silva falar de espionagem política, nem José Sócrates de cabalas ou campanhas negras. Nenhum de vós ouviu, certamente. Lembro-me ainda de Paulo Pedroso ter sido recebido na Assembleia da República durante a sua detenção no caso Casa Pia, como se de um exilado político de tratasse. E lembro-me das insinuações da tentativa de assassinato político por quem estaria alegadamente por detrás de tal cabala, de tal campanha negra.

Agora, no Face Oculta, existem dois magistrados que entendem existirem nas escutas feitas a Armando Vara (eventualmente vítima de uma enorme campanha negra) onde José Sócrates foi "apanhado", indícios da prática (pelo primeiro-ministro) de crimes de atentado contra o Estado de direito. E isto, não obstante a minha total ignorância em matérias desta natureza, não me deixa enquanto cidadão de pleno direito, muito descansado.

Quando dois magistrados entendem que o primeiro-ministro pode, eventualmente, ter atentado contra o Estado de direito, isto tem ou não relevância política? Deve ou não deve ser discutido na esfera política? E quando?

Isto é ou não da nossa conta?

P.S.: Se eu quisesse imitar Vital Moreira, poderia dizer agora : "Certamente por acaso e só por acaso todos aqueles senhores são figuras gradas do PS. Estamos à espera que o PS se prenuncie sobre a roubalheira em empresas públicas".
Mas não quero!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

"EL PESETERO", ÉS O MAIOR

Eu que até agora não nutria especial simpatia por "El Pesetero", tenho que dar a mão à palmatória e tirar-lhe o meu chapéu. Alegadamente, "El Pesetero" recebeu 75.000€ de um saco azul, também alegadamente de uma empresa do Estado Português, para apoiar o PS e José Sócrates nas legislativas passadas. E isto meus senhores, é de mestre. Eu, claro, não me choco com nada disto. Afinal estamos perante um procedimento que, segundo as notícias mais recentes e menos recentes, é absolutamente normal em Portugal. Mas confesso-me chocado por terem (alegadamente) pago a "El Pesetero" com dinheiro de um saco azul. Afinal o prestígio do homem aconselhava um pouco mais de cuidado. Podiam ter retirado a massa de um saco verde, a cor do clube do coração de "El Pesetero". Foi pena.
Claro que, como todos teremos oportunidade de constatar, nada disto será verdade. Nada disto passa de uma cabala, de uma campanha negra.

Porque as únicas faces ocultas que conheço, são as daqueles que têm vergonha de ir pedir comida às instituições de apoio, quando ontem tinham condições para a comprar.

É esta "FACE OCULTA" que ficará na triste história deste não menos triste País. Não outra.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

É HOJE OU NUNCA - FORÇA PORTUGAL

É hoje ou nunca. Portugal irá ao Mundial se não perder, ou se perder por um e fizer golo(s) ou se ganhar, evidentemente. Na segunda mão do play-off a nossa selecção tem todas as condições para ir ao Campeonato do Mundo de 2010. Eu diria mais, tem a obrigação de se apurar para o Mundial. Porque joga com uma boa equipa mas não com uma equipa da 1ª linha, porque nem tem forçosamente que ganhar e porque tem melhores e mais reputados jogadores.

Se há dias para se puxar dos galões, hoje é um desses dias.

É que se não formos apurados, será demasiado mau... FORÇA PORTUGAL.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

DIFICULDADES

Tem sido a tónica dominante no Sporting desde o início da época: dificuldades.

Dificuldades financeiras, de ganhar, de jogar bom futebol, de manter um saudável clima interno. Dificuldades em manter o treinador, dificuldades em contratar outro treinador.

A este propósito, quero deixar aqui a minha opinião. Em primeiro lugar dizer que o novo treinador me agrada. Gosto do perfil deste treinador da chamada "nova vaga". Antigo internacional em todos os escalões enquanto jogador (excepto selecção A), acumula essa experiência com a sua formação académica na área, tendo inclusive sido autor de uma obra sobre o treino. É um moderador, aquilo a que gostamos pomposamente de chamar um gentleman. Parece um treinador culto e parece, também por isso, encaixar bem no Sporting. Já teve sucessos e insucessos, destacando-se um título conquistado pelo Vitória de Setúbal - Taça da Liga, justamente frente ao agora seu Sporting - e uma presença notável na final da Taça de Portugal comandando então o Leixões, do 3º escalão do quadro competitivo nacional, justa e curiosamente também contra o Sporting (viria a perder por 1-0, como um golo do inevitável Jardel). Já no 2º escalão, orientou o Leixões na Taça UEFA, proeza não apenas assinalável, como inédita.

Não obstante o exposto, acho que o treinador anunciado deveria ter sido André Villas-Boas. Não pelo seu curriculum como líder de uma equipa (que ainda não tem), não por achar que teria melhores condições para levar o Sporting aos seus objectivos, não por pensar que é melhor treinador que Carvalhal. Por nenhuma destas razões, mas simplesmente porque era esse que o Sporting quis, em primeiro lugar. Porque foi esse o alvo principal desde o início, porque foi com esse que chegou (a fazer fé nas notícias recentes) a haver conversações avançadas.

O Sporting, disse-o no início, tem navegado num mar de dificuldades. Encontrou mais uma. Não teve capacidade para ir buscar um treinador jovem, logo sem história - pese embora poder vir a ser um extraordinário técnico, veremos - à Académica de Coimbra. E quando o Sporting fixa um objectivo de contratar um treinador, numa situação de particular fragilidade, quando pretende dar um sinal de força, quanto mais não seja pela sua mais valia e peso institucional, eis que não consegue contratar o treinador do último classificado da Liga.

Há ainda o facto de Carvalhar "vir" com um contrato de 6 meses. A curto prazo portanto. Foi esta a solução que o Sporting encontrou para motivar as suas hostes. Uma solução do tipo "vamos ver o que dá, porque agora foi o que se pode arranjar". É curto e dá azo a especulações, quando se sabe que afinal Villas-Boas pode sair da Académica para um grande, no final da época, sem qualquer idemnização à Académica. E tudo isto é tão estranho.

Dir-me-ão que é a falta de dinheiro, mas eu não quero acreditar que seja só isso. Espero que o novo team-manager (acho que agora é assim que se chama), o novo director desportivo e a direcção, naturalmente, consigam de vez gerar dinâmicas, também de relacionamento com outros clubes e com o mundo dos empresários, de forma a não assistirmos permanentemente a coisas assim. Porque o que tem sido inacessível para o Sporting, tem sido extraordinariamente acessível para os seus principais rivais.

Porque será?

APENAS UM DESEJO

E é bem simples. Pois que se destruam escutas, mas que alguém evite a destruição de um conceito sem o qual não há modelo de sociedade que resista: a conceito de justiça, na plenitude do seu significado mais puro e mais lato.

Façam-nos só esse favor.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

GOLEGÃ DE VOLTA À NORMALIDADE

A Golegã começa a voltar à normalidade, finda mais uma edição da sua sempre concorrida feira anual. Para quem cá vive, este é sempre um dia algo melancólico, típico dia de fim de festa.

O dia de hoje contrasta naturalmente com os da última semana. O peculiar som dos cascos dos cavalos nas ruas empedradas e no asfalto deu hoje lugar ao barulho das máquinas de limpeza; o largo do Arneiro, então engalanado para recepção a cavaleiros e visitantes é hoje uma azáfama terrível de desmontagens e cargas das estruturas provisórias da feira; os equinos que ficaram alojados para hoje são carregados e transportados para os seus locais de origem; vêm-se ainda alguns resistentes, regra geral mais jovens mostrando no rosto sinais de noites longas, carregando mochilas e sacos-cama, também eles de volta à sua normalidade; o fumo dos assadores de castanhas já não se difunde na névoa das noites frias; a mescla dos "cheiros a feira", os pregões dos feirantes, a música nas ruas, já nada é igual a "ontem".

Hoje já todos temos lugares para estacionar. Os constrangimentos excepcionais ao trânsito já quase desapareceram, as ruas já estão, a esta hora, quase desertas como é habitual por aqui. As garagens já deixaram de ser restaurantes e tascas e já servem novamente para guardar os carros. Nos cafés, os cavaleiros e amazonas que "ontem" ostentavam os seus trajes tradicionais deram lugar às pessoas que agora trabalham para acabar de vez com a feira de 2009. Muitos goleganenses já cuidam das limpezas das suas casas, que converteram provisoriamente em alojamentos alugados. Muitos deles suspiram de alívio, outros já de nostalgia.

Hoje já nos cumprimentamos todos na rua, porque quase já não há rostos desconhecidos. Milhares daqueles que vêm "à Golegã", não imaginarão como é de facto a Golegã, despida do buliço típico da época, da inquietude do São Martinho.

A Golegã é assim. É uma terra de tal ordem encantadora que mesmo perdendo em poucas horas tanto encanto, continua sempre... encantadora.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

FEIRA NACIONAL DO CAVALO - GOLEGÃ 2009

Aqui ficam algumas informações úteis sobre a XXXIV Feira Nacional do Cavalo - XI Feira Internacional do Cavalo Lusitano e Feira de São Martinho, edição de 2009, que tem início justamente hoje, dia 06/11/2009.

Além disto,

Vêr Mapa da Golegã
Como chegar à Golegã

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

GOLEGÃ XXI - MAIS DE MIL VISITAS NUM SÓ MÊS !

Em Outubro, o Golegã XXI - Um Olhar Atento, registou mais de mil acessos, no seguimento aliás da tendência verificada em Setembro, onde havia já registado cerca de 900. Só nestes dois meses foram visitadas praticamente 3.700 páginas!

Este "boom" não foi alheio à realização das eleições autárquicas, facto que registo com agrado e que demonstra o interesse despertado em torno deste espaço.

Agradeço por isso a todos os visitantes, dos mais habituais aqueles que aqui vêm esporadicamente, sendo certo que procurarei continuar a tentar dinamizar o Golegã XXI, já uma referência da blogosfera local.

A recente ausência de artigos deveu-se essencialmente a manifesta falta de tempo e à necessidade de algum descanso, depois de tantas semanas de publicações quase diárias e por vezes multi-diárias.

Conto convosco para que este espaço continue a ter razão de existir.