terça-feira, 8 de julho de 2008

SEDES ACUSA GOVERNO DE ELEITORALISMO

A SEDES, Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, acusou recentemente o Governo de tomar decisões tendo como fim as próximas eleições de 2009. Para a organização, o ênfase excessivo na publicitação de grandes investimentos públicos, a cedência à agitação social, as recentes baixas de impostos e a frustrada declaração do fim da crise, são pontos susceptíveis de crítica ao Governo de José Sócrates.

Na opinião da SEDES, agora liderada pelo ex-ministro do PS Luis Campos e Cunha, o Governo induziu agora uma inversão no reformismo, considerando esse facto como um risco para o País e um defraudar de expectativas. Para os responsáveis da associação, é justamente no momento em que o Governo inicia uma aparente suspensão do processo de reformas que a opinião pública parece virar-se contra ele.

A liderança de Manuela Ferreira Leite pode indiciar, segundo a SEDES, o início de um ciclo de estabilidade favorável à afirmação de uma verdadeira alternativa.

Refira-se a propósito que a SEDES é uma organização cívica, apartidária, onde na sua génese prevalecem o humanismo, o desenvolvimento sócio-cultural e a democracia. Fundada em 1970, em plena primavera Marcelista, com a anuência (a custo) de Marcelo Caetano, a SEDES é olhada, sob o ponto de vista ideológico, como tendo um posicionamento ao centro. Muitos dos seus elementos desempenharam já cargos de alta responsabilidade política, quer no PSD quer no PS.

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