terça-feira, 29 de julho de 2008

O CAVALO E O TOIRO JUNTOS NA PROMOÇÃO DO CONCELHO?


Inaugurado recentemente, o monumento ao toiro, da autoria do escultor Rui Fernandes e localizado na Av. D.João III, mais conhecida entre nós pela "variante", pretende ser, segundo a autarquia, mais um marco dos nossos costumes e identidades.

Apraz-me registar com sinceridade a associação do toiro ao cavalo e à lezíria, porque na verdade esse acaba por ser um elemento simbólico mas vivo da nossa identidade cultural e das nossas tradições.

Mas desta iniciativa, importará de futuro perceber se se trata apenas de mais um monumento - e aí a questão que se poderá discutir é se o mesmo é bonito ou feio, está bem ou mal integrado, está melhor ou pior localizado, se foi barato ou foi caro, se é prioritário ou não - ou se se trata de um reforço estratégico na promoção da identidade do Concelho, para juntar à feliz concepção e promoção da "marca" Golegã - Capital do Cavalo.

Teremos que esperar naturalmente para ver. Porém, numa terra com tantos aficionados pela festa brava - aqui discordo do Sr. Presidente da Câmara quando defendeu que, ao contrário, existem poucos, justificando até com isso o facto de não fazer sentido podermos equacionar termos uma praça de touros - e geograficamente colocados no coração do Ribatejo, seria interessante ver aparecer na promoção do Concelho "extra-muros", a figura do toiro, o seu simbolismo das nossas tradições e costumes. O executivo ficará assim de alguma forma refém da sua própria criação, porque se não passar de um monumento, vale apenas o que vale.

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