quarta-feira, 14 de outubro de 2009

FECHO DO CAPÍTULO AUTÁRQUICAS

Julgo já ter ficado escrito aquilo que havia para escrever. Mas eu não queria deixar terminar este capítulo das eleições autárquicas sem deixar uma palavra de felicitação para os vencedores e naturalmente também para os eleitores que decidiram eleger de forma tão clara os nossos governantes locais para os próximos 4 anos. Nesta matéria o povo é quem mais ordena, e ordenou de uma forma que não deixa dúvidas.

Uma palavra de apreço para todos os que não atingiram os seus objectivos e também para os seus eleitores. Numa missão difícil, numa luta complicada, cada um à sua maneira ajudou a reforçar aquilo que temos de mais importante: a democracia.

Aqueles que se constituiram como oposição irão seguramente fazer um exercício de reflexão sobre os resultados obtidos, tirando concerteza ilacções que poderão ser úteis no futuro, aquando de novas abordagens a processos eleitorais.

Resta-me desejar a todos os eleitos, poder e oposição, a realização de um bom trabalho e que esse se reflicta num benefício das nossas terras e das nossas gentes, esperando por medidas que ajudem de alguma forma a resolver os problemas de hoje e criar condições de antecipação para vencer os de amanhã.

Sobre as implicações deste acto no modelo de organização da nossa comunidade, falarei no artigo seguinte.

4 comentários:

Anónimo disse...

Sabes que eu até acho esta história do monopartido positiva.
Antes tinhas 1 contra 4, ou 4 contra 1, é indeferente, onde acredito que os 4, mesmo não estando de acordo uns com os outros, apresentavam sempre uma ideia comum, de forma a eliminar aquele que está sózinho.
Agora tens 5 que mais livremente podem discutir as ideias que têm...

Um Abraço
Jaime Rosa

José Godinho Lopes disse...

Olá Jaime,

Eu não tenho uma ideia pré-concebida contra executivos monocolores. Há até quem tenha publicamente sugerido essa ideia - Marques Mendes, por exemplo, foi um deles - mas assente na revisão do modelo actual da Assembleia Municipal, com atribuição de mais competências e mais poderes. Se quiseres, fazer da A.M. para a C.M. como está a Ass. da República para o Governo, com as devidas diferenças de contexto. Discutiu-se então até a alteração da forma de eleição e constituição dos dois órgãos. Nesta conjuntura talvez concorde, no modelo actual é tendencialmente perigoso.

Irá sair aliás um artigo aqui no Golegã XXI que aborda um pouco dessa matéria.

O que está em causa são os equilíbrios de poder, no sentido de salvaguardar a democraticidade dos órgãos.

E concordarás comigo concerteza, que preparar uma reunião de câmara e gerir o próprio município, tendo alguém no próprio executivo com uma função fiscalizadora a quem temos que prestar esclarecimentos, tendo alguém a quem dar satisfações, ter alguém que contraponha e sugira outra coisa promovendo a discussão, não é a mesma coisa.

E nem está em causa a votação das decisões: 4-1 é praticamente o mesmo que 5-0. Estão em causa outras coisas bastante mais importantes.

Anónimo disse...

Mas essa discussão era positiva se nós tivéssemos uma sociedade equilibrada racionalmente, o problema é que os nossos políticos, na sua maioria são desonestos (intelectualmente).

"eu até gosto daquela parede branca, mas como não foi uma ideia minha, tenho que a pintar de amarelo"

É disto que nós comuns cidadãos estamos fartos.

Um Abraço
Jaime Rosa

José Godinho Lopes disse...

Ah pois é!

Mas quanto a isso batatas.