quinta-feira, 4 de junho de 2009

SPORTING DECIDE FUTURO

Disputam-se amanhã eleições no Sporting, sabendo-se finalmente o resultado da "luta" entre José Eduardo Bettencourt ou Paulo Pereira Cristóvão para Presidente do clube.

Os sócios, atentos ao que tem sido difundido pelos órgãos de comunicação social, estarão nesta altura conscientes da sua intenção de voto numa eleição que se deseja participada, visando legitimar ainda mais a posição do futuro Presidente.

Parece consensual, atendendo à frequência com que foi utilizada a máxima "devolver o clube aos sócios", que ambos os candidatos têm essa preocupação, matéria sobre a qual o ainda Presidente Soares Franco já admitiu ter sido o maior fracasso do seu "reinado".

De tudo o que vi, li e ouvi, relativamente ao reforço na ligação com os Núcleos e na sequência de algumas opiniões que já aqui (e no blog do Núcleo) deixei, considero importante reforçar algumas ideias que reputo de pertinentes e carentes de discussão alargada. (1) que as eleições passem a ser feitas nos Núcleos e não exclusivamente em Lisboa; (2) que TODOS os sócios possam exercer o seu direito de voto, independentemente do valor da sua quota, resultante da sua condição de "efectivo" ou "correspondente", porque este sistema é acima de tudo discricionário, catalogando os sócios do Sporting em 1ª e 2º categoria em função do valor da quota que pagam, motivado na maioria dos casos pela sua localização geográfica (residência) - até agora só os sócios efectivos podem votar; (3) que cada sócio valha um voto (atingida claro, a maioridade e reunindo os requisitos necessários para eleger e ser eleito) ao contrário do modelo vigente em que, pelo tempo de filiação, existem sócios que "valem" dezenas de votos e outros apenas um; (4) que a organização em torno dos Núcleos seja alterada, de forma a criar estruturas intermédias (Regionais, Distritais ou outras), optimizando a relação e o "diálogo" com o clube, garantindo a representatividade de cada núcleo integrado nessas estruturas; (5) que essas "associações de Núcleos" tenham eventual representatividade em órgãos sociais do clube, por exemplo consultivos ou outros, cuja elegibilidade carecerá naturalmente de análise aprofundada. Estas são algumas ideias base que julgo importantes na relação Sporting / Sócios, sabendo-se o papel determinante que os Núcleos poderão assumir como veículos dessa ligação.

O que refiro em (3) coloquei de resto à consideração dos presentes na minha intervenção aquando do último aniversário do Núcleo, que motivou uma reacção de Dias Ferreira, potencial Presidente da Assembleia Geral, refutando veementemente a minha sugestão de que essa teria que ser, mais cedo ou mais tarde, uma discussão a ter no seio do clube, afirmando então que esse passo poderia ser "a morte" do Sporting, porque se tornaria eminente o risco de "entregar" o clube a aventureiros, abrindo-se essa porta. Com imenso respeito e admiração que tenho por Dias Ferreira enquanto sportinguista, mantenho firme a ideia que a discussão desta questão é essencial, até porque os riscos que referiu poderão ser facilmente evitados com constrangimentos estatutários, impondo por exemplo um prazo mais dilatado como "período de carência" em termos de condições de elegibilidade de cada novo associado. O problema hoje é que "controlando" uma percentagem moderada de associados antigos, sabe-se que se pode ser eleito com relativa facilidade, atendendo ao número de votos que cada um vale. Aceito porém que esta seja uma questão merecedora de discussão, admitindo até mudar de opinião se me demonstrarem que esta alteração traria mais malefícios que benefícios nesta aproximação clube / sócios. E digo isto, porque "devolver o clube aos sócios" deve merecer todo o qualquer tipo de discussão.

Entretanto, aguardo expectante o resultado eleitoral de amanhã.

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