quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

POLÍTICOS DE PLÁSTICO

Recentemente, foi pública a polémica gerada em torno da Cunha Vaz & Associados, reputada agência de comunicação, contratada pelo PSD, que obrigou já a esclarecimentos diversos do seu Presidente e do líder da bancada parlamentar. Não pela questão em si, mas pela pertinência da introdução dessa variante na política, entendi deixar aqui esta mensagem.
As operações de marketing na política, vieram introuzir algumas nuances positivas, sendo bastante úteis a todos os partidos, transversalmente e em especial na época de campanhas eleitorais. Tal como numa qualquer campanha publicitária, o marketing ajuda claramente a convencer o consumidor, ou eleitor, no mais curto espaço de tempo possível sobre as qualidades de um produto, ou político. Funciona. Fundamentalmente numa época em que a intervenção dos media assume papel tão relevante.
E são os media que vão "fazendo" notícias e imagens. Vão construindo e destruindo em função dos seus critérios editoriais, sabe-se lá com que objectivos. A filtragem por eles imposta é uma realidade e são eles que manipulam as notícias. Podem transmitir a parte mais séria de uma qualquer intervenção, como passar simples fait-divers, muitas vezes descontextualizados, mas que lhes permitam maiores audiências, porque, normalmente, mais polémicos. Emídio Rangel afirmou um dia que a televisão ainda não vende Presidentes, como se de um produto de higiéne se tratasse, mas não tenhamos dúvidas que a sua força é enorme nesse sentido.
O marketing e os marketter's vão fazendo o resto. Vão transformando "produtos" normais em "líderes de mercado", plastificando-os, alterando-lhes os contornos, adulterando-os na sua essência. Corrigindo-lhes os "defeitos técnicos", que não são mais que as suas mais puras características. No fundo, vai "vendendo" o que o povão gosta de comprar. Neste caso, políticos de plástico.

4 comentários:

Anónimo disse...

Essa mania, desgraçadamente, também passou pela Golegã...

Até agora, só vi uma vantagem: aparentemente desapareceram da Golegã os Políticos de Borracha.

Um dia, também desaparecerão os de Plástico.

Até Breve,

Rui Augusto Sardinha

António Manuel Lopes Galrinho disse...

Ao analizar a opínião do Rui, concluo que na Golegã a mania é um facto senão vejamos:
"Sindroma mental caracterizada por uma exaltação eufórica do humor ou uma excitação psíquica com hiperactividade"

É altura de ela desaparecer na Golegã, para que se possa evoluir nos momentos difíceis deste país

Um abraço,

Lopes Galrinho

Anónimo disse...

Galrinho dixit, com muita eloquência!

Três Abraços,

Rui Augusto Sardinha

José Godinho Lopes disse...

Registo com agrado a participaçao do Sr. Lopes Galrinho neste espaço.

Esperando que possa continuar a brindar-nos com a sua participação, estou certo que enriquecerá este espaço.

Um abraço e até breve.

José Lopes