segunda-feira, 6 de junho de 2011

AÍ ESTÁ A MUDANÇA



Passos Coelho e o PSD protagonizaram ontem a tão desejada mudança, através do voto inequívoco dos portugueses.
Numa vitória que apesar de não ter sido de maioria absoluta - faltaram 8 deputados, prevendo o que pode vir de fora ainda - foi expressiva o suficiente para clarificar o peso político que o PSD deverá assumir na governação de Portugal, juntamente com o CDS que obteve igualmente um bom resultado.
A propósito, deixem-me sublinhar o facto pouco habitual de ambos os partidos terem crescido na mesma eleição, facto esse que explicará quase na totalidade o porquê do PSD não ter obtido a maioria absoluta.
Aí está pois a mudança.
Espero agora que além daquilo em que não tenho muitas dúvidas que irá mudar - um conjunto de políticas em sectores nevrálgicos da nossa sociedade - o PSD tenha também o mérito de conseguir mudar algo fundamental no nosso sistema: resistir à tentação do aparelhismo partidário, dos jobs for the boys e do controle da sociedade pela via da intervenção do e no Estado.
É pois de extraordinária importância conter o apetite de todos aqueles que do interior do partido, se aprestam para espreitar qualquer oportunidade que possam vislumbrar para o tal exercício de aparelhismo.
Se Passos Coelho conseguir orientar o seu partido e o País para esse rumo, poderá escrever na história uma página importante, que a própria história tratará de perpetuar.
Espera-se que Passos Coelho não falhe, pela razão simples de que não tem margem para falhar. Espera-se do PSD a prática do que defendeu em teoria nos últimos anos.
Espera-se que Portugal encontre agora nos seus governantes uma postura de verdade e honestidade política, mas também competência e coragem para mudar efectivamente em Portugal muitas coisas que devem ser rapidamente alteradas.
Eu tenho esperança que tal possa suceder, mais do que o receio de que tal não seja possível.

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