Nos vaticínios e opiniões que por aqui tenho partilhado sobre a realização de eleições locais, tive sempre o cuidado de referir que os cenários equacionados previam as candidaturas tradicionalmente concorrentes, acrescidas da do CDS-PP, anunciada ainda em 2008.
Como é do conhecimento geral, essas circunstâncias podem ter-se alterado significativamente com o aparecimento de um movimento apartidário de cidadãos que anunciou já a sua candidatura a dois órgãos, Câmara Municipal e Assembleia Municipal, estando ainda tanto quanto sei em aberto a Assembleia de Freguesia da Golegã. CIGA, Cidadãos Independentes de Golegã e Azinhaga, é a denominação desse movimento, cujos intervenientes até agora conhecidos são Vitor da Guia, actual presidente da Junta de Freguesia de Azinhaga e candidato ao mesmo órgão e Conceição Contente, candidata à presidência da Câmara Municipal.
Não se lhes conhecem propostas políticas a pouco mais de dois meses das eleições nem existe histórico na Golegã (concelho) em termos de resultados eleitorais que permitam aferir sobre as reais possibilidades deste movimento. Tudo o que se possa dizer a propósito é meramente intuitivo e a sentimento, dado o conhecimento que temos do eleitorado de cá.
O CIGA deve à partida pretender jogar com a influência de Vitor da Guia em Azinhaga, esperando naturalmente que daí venham votos suficientes para garantir representatividade nos órgãos de poder local, sendo que me parece de todo inverosímil augurar outras ambições ao CIGA que não estas. A influência de Azinhaga pode então ser decisiva no novo cenário político local pós-Outubro. Sabe-se que o PSD, tendo um Azinhaguense (Carlos Simões) como cabeça de lista à Câmara, facto de resto inédito, deposita igualmente grandes expectativas nesse eleitorado afim de conseguir manter o vereador (que é o próprio actualmente), procurando com os votos dali compensar aqueles que terá porventura mais dificuldade de captar aqui (GLG).
E essa será uma disputa interessante, porque a vantagem de ter Vitor da Guia do lado do CIGA poderá igualmente trazer o desconforto a este de explicar aos Azinhaguenses porque devem votar em Conceição Contente, que não parece à primeira vista ter grande "cartel" em Azinhaga, em detrimento de um Azinhaguense, talvez o primeiro a ter, potencial e teoricamente, possibilidades de ser presidente da CMG.
O eleitorado de Azinhaga representará cerca de 30% do eleitorado total do Concelho, o que poderá não servir para vencer eleições mas poderá determinar a eleição de um vereador e representação na Assembleia Municipal.Salvo melhor opinião, teremos então nesta nova conjuntura de política local, objectivos definidos para cada concorrente à Câmara e Assembleia Municipal.
(... continua)
Como é do conhecimento geral, essas circunstâncias podem ter-se alterado significativamente com o aparecimento de um movimento apartidário de cidadãos que anunciou já a sua candidatura a dois órgãos, Câmara Municipal e Assembleia Municipal, estando ainda tanto quanto sei em aberto a Assembleia de Freguesia da Golegã. CIGA, Cidadãos Independentes de Golegã e Azinhaga, é a denominação desse movimento, cujos intervenientes até agora conhecidos são Vitor da Guia, actual presidente da Junta de Freguesia de Azinhaga e candidato ao mesmo órgão e Conceição Contente, candidata à presidência da Câmara Municipal.
Não se lhes conhecem propostas políticas a pouco mais de dois meses das eleições nem existe histórico na Golegã (concelho) em termos de resultados eleitorais que permitam aferir sobre as reais possibilidades deste movimento. Tudo o que se possa dizer a propósito é meramente intuitivo e a sentimento, dado o conhecimento que temos do eleitorado de cá.
O CIGA deve à partida pretender jogar com a influência de Vitor da Guia em Azinhaga, esperando naturalmente que daí venham votos suficientes para garantir representatividade nos órgãos de poder local, sendo que me parece de todo inverosímil augurar outras ambições ao CIGA que não estas. A influência de Azinhaga pode então ser decisiva no novo cenário político local pós-Outubro. Sabe-se que o PSD, tendo um Azinhaguense (Carlos Simões) como cabeça de lista à Câmara, facto de resto inédito, deposita igualmente grandes expectativas nesse eleitorado afim de conseguir manter o vereador (que é o próprio actualmente), procurando com os votos dali compensar aqueles que terá porventura mais dificuldade de captar aqui (GLG).
E essa será uma disputa interessante, porque a vantagem de ter Vitor da Guia do lado do CIGA poderá igualmente trazer o desconforto a este de explicar aos Azinhaguenses porque devem votar em Conceição Contente, que não parece à primeira vista ter grande "cartel" em Azinhaga, em detrimento de um Azinhaguense, talvez o primeiro a ter, potencial e teoricamente, possibilidades de ser presidente da CMG.
O eleitorado de Azinhaga representará cerca de 30% do eleitorado total do Concelho, o que poderá não servir para vencer eleições mas poderá determinar a eleição de um vereador e representação na Assembleia Municipal.Salvo melhor opinião, teremos então nesta nova conjuntura de política local, objectivos definidos para cada concorrente à Câmara e Assembleia Municipal.
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