É oficial. Carlos Simões será o próximo candidato do PSD da Golegã a presidente da Câmara Municipal.
Submetido ao parecer da Assembleia de Secção no passado dia 4, faltará apenas a anuência das estruturas hierarquicamente superiores, cuja decisão se prevê pacífica.
Outra nota marcante, prende-se com mais um abandono de cargo para o qual havia sido eleito do Presidente da Comissão Política de Secção, que, alegando motivos pessoais, deixou a liderança da secção poucas semanas após a sua eleição. E esta questão assume particular importância, naquilo que é a imagem de estabilidade que o principal partido da oposição deve ter, de forma a constituir-se definitivamente como alternativa de poder. Esta decisão, após várias peripécias pelo caminho, não ajuda a essa estabilização e é mais um tiro nos próprios pés. Outra questão que agora se coloca é quem assumirá o cargo de Presidente da CPS, sabendo-se que poderá ser um dos dois vice-presidentes, Joaquim Morgado ou Carlos Simões. A actual Comissão Política (atente-se à sua constituição) pareceu visar claramente uma mudança radical no PSD, diria mesmo, de ruptura com o passado. Agora importa perceber qual deles poderá personalizar essa mudança.
A primeira hipótese não me parece fazer muito sentido, uma vez que Joaquim Morgado havia sido o anterior presidente, estando no cargo cerca de 10 meses numa posição demissionária, além de que se essa fosse a solução encontrada, pouquíssima coisa mudaria no PSD. Acresce que o mandato anterior não foi particularmente feliz sob a liderança do agora vice-presidente.
Carlos Simões parece-me a solução mais indicada, atendendo às circunstâncias, não me parecendo perniciosa a sua exposição pública enquanto candidato e simultaneamente presidente da CPS. Antes pelo contrário, julgo que traria claras vantagens. Em primeiro lugar passaria a imagem de uma mudança de facto na secção; por outro lado concentraria o protagonismo naquele que irá ser sufragado daqui a um ano, não me parecendo que uma estratégia de protecção ao desgaste, a esta distância das eleições, surta mais efeito que o contrário; por último parece-me que Carlos Simões, alheio a algumas questões recentes que levaram a uma divisão clara no seio da militância, terá mais condições de agregar o partido que o ex-presidente. Importante ainda a sua capacidade e qualidade de trabalho, que resultaria certamente numa mais valia para a Secção. Esta é, na minha opinião, a melhor solução para o futuro imediato.
De acordo com notícia difundida por O Riachense on-line, Carlos Simões começou já a adoptar uma posição moderada, procurando fazer incidir as atenções na questão da alternativa de facto. Note-se ainda a diferença abismal do candidato do PSD na abordagem ao próximo acto eleitoral com a assumida pelo anterior Presidente da CPS: enquanto o primeiro afirma “Não podemos esperar por um D. Sebastião que venha derrotar o PS. Sendo realista, seria bom a eleição de mais um vereador e mais deputados para a Assembleia Municipal. Vamos apresentar uma política alternativa de gestão, mas sabemos quais as nossas limitações. Queremos continuar a ser uma oposição fiscalizadora e construtiva”, considerando-se ainda contra a política do bota abaixo; o segundo afirmava "Efectivamente, em Maio de 2005, iniciámos uma caminhada que conduzirá à conquista da Câmara Municipal da Golegã pelo PSD...". É clara a diferença de postura, sendo claro que Carlos Simões, quer na forma, quer no conteúdo, poderá protagonizar uma mudança positiva no PSD local, caso, repito, assuma a sua liderança. Isto revela ainda que (ex-) presidente e vice-presidente não estariam em total sintonia, quanto à estratégia a adoptar na abordagem às próximas eleições autárquicas.
Em meu entender, uma coisa é certa: o PSD apresentará um candidato com forte potencial para ser um excelente Presidente de Câmara. Quanto às condições políticas para poder concretizar as suas ambições, lá iremos mais tarde.
Submetido ao parecer da Assembleia de Secção no passado dia 4, faltará apenas a anuência das estruturas hierarquicamente superiores, cuja decisão se prevê pacífica.
Outra nota marcante, prende-se com mais um abandono de cargo para o qual havia sido eleito do Presidente da Comissão Política de Secção, que, alegando motivos pessoais, deixou a liderança da secção poucas semanas após a sua eleição. E esta questão assume particular importância, naquilo que é a imagem de estabilidade que o principal partido da oposição deve ter, de forma a constituir-se definitivamente como alternativa de poder. Esta decisão, após várias peripécias pelo caminho, não ajuda a essa estabilização e é mais um tiro nos próprios pés. Outra questão que agora se coloca é quem assumirá o cargo de Presidente da CPS, sabendo-se que poderá ser um dos dois vice-presidentes, Joaquim Morgado ou Carlos Simões. A actual Comissão Política (atente-se à sua constituição) pareceu visar claramente uma mudança radical no PSD, diria mesmo, de ruptura com o passado. Agora importa perceber qual deles poderá personalizar essa mudança.
A primeira hipótese não me parece fazer muito sentido, uma vez que Joaquim Morgado havia sido o anterior presidente, estando no cargo cerca de 10 meses numa posição demissionária, além de que se essa fosse a solução encontrada, pouquíssima coisa mudaria no PSD. Acresce que o mandato anterior não foi particularmente feliz sob a liderança do agora vice-presidente.
Carlos Simões parece-me a solução mais indicada, atendendo às circunstâncias, não me parecendo perniciosa a sua exposição pública enquanto candidato e simultaneamente presidente da CPS. Antes pelo contrário, julgo que traria claras vantagens. Em primeiro lugar passaria a imagem de uma mudança de facto na secção; por outro lado concentraria o protagonismo naquele que irá ser sufragado daqui a um ano, não me parecendo que uma estratégia de protecção ao desgaste, a esta distância das eleições, surta mais efeito que o contrário; por último parece-me que Carlos Simões, alheio a algumas questões recentes que levaram a uma divisão clara no seio da militância, terá mais condições de agregar o partido que o ex-presidente. Importante ainda a sua capacidade e qualidade de trabalho, que resultaria certamente numa mais valia para a Secção. Esta é, na minha opinião, a melhor solução para o futuro imediato.
De acordo com notícia difundida por O Riachense on-line, Carlos Simões começou já a adoptar uma posição moderada, procurando fazer incidir as atenções na questão da alternativa de facto. Note-se ainda a diferença abismal do candidato do PSD na abordagem ao próximo acto eleitoral com a assumida pelo anterior Presidente da CPS: enquanto o primeiro afirma “Não podemos esperar por um D. Sebastião que venha derrotar o PS. Sendo realista, seria bom a eleição de mais um vereador e mais deputados para a Assembleia Municipal. Vamos apresentar uma política alternativa de gestão, mas sabemos quais as nossas limitações. Queremos continuar a ser uma oposição fiscalizadora e construtiva”, considerando-se ainda contra a política do bota abaixo; o segundo afirmava "Efectivamente, em Maio de 2005, iniciámos uma caminhada que conduzirá à conquista da Câmara Municipal da Golegã pelo PSD...". É clara a diferença de postura, sendo claro que Carlos Simões, quer na forma, quer no conteúdo, poderá protagonizar uma mudança positiva no PSD local, caso, repito, assuma a sua liderança. Isto revela ainda que (ex-) presidente e vice-presidente não estariam em total sintonia, quanto à estratégia a adoptar na abordagem às próximas eleições autárquicas.
Em meu entender, uma coisa é certa: o PSD apresentará um candidato com forte potencial para ser um excelente Presidente de Câmara. Quanto às condições políticas para poder concretizar as suas ambições, lá iremos mais tarde.
1 comentário:
Só desejo as melhores felicidades ao Engº Carlos Simões, porque de momento é a "única" pessoa capaz de desenvolver um trabalho digno de um candidato a uma camara municipal. É um homem sério e super inteligente. Também sei que não ganhará, mas irá com certeza manter a vereação. É um homem do tereno ao contrário de alguns que só gostam de aparecer quando há vitórias...porque nas campanhas ficam a ver o que a "coisa dá".
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